sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UM FILHO COM SÍNDROME DE DOWN - COMO AGIR?



Todos os bebês são lindos, porém, alguns além de lindos são especiais. Estatísticas dizem que um em cada 800 (aproximadamente) recém-nascidos são portadores de trissomia 21, conhecida como Síndrome de Down.

A Síndrome de Down não é uma doença – é um acidente genético que acontece durante a formação do feto. Ela é causada pelo excesso de material genético do cromossomo 21, sendo que ao invés de apresentar dois cromossomos 21, o portador da síndrome possui três. As crianças com Síndrome de Down estão presentes em todas as etnias e grupos sócio-econômicos.

Uma criança com a síndrome é especial e precisa de “mais” atenção, já que normalmente ela está associada a dificuldades no desenvolvimento físico, raciocínio, diferenças na aparência facial e corporal.  A primeira coisa a ser assumida pelos responsáveis por uma criança com Síndrome de Down é aceitar que ele ou ela são pessoas, e não deficientes que só dão trabalho!

Foi comprovado que os portadores são intelectualmente diminuídos, isso não quer dizer que são menos inteligentes, o que significa apenas que a sua capacidade de aprendizagem é mais lenta do que a de uma pessoa “normal”.

A Saúde
A aparência diferente não afeta sua saúde, mas todos os cuidados precisam ser tomados.  Como a escolha de um bom pediatra, atitude que interfere no crescimento de um bebê especial, porque os portadores da Síndrome de Down podem ter problemas congênitos do coração (a principal causa de morte nas pessoas com esta condição). As diferenças estão susceptíveis a alguns problemas de saúde como: dificuldades alimentares, falta de força muscular, doenças do aparelho respiratório, arcada dentaria sensível, atraso no crescimento e problemas de visão. Quando a família tem confiança no profissional médico que auxilia no tratamento tudo pode ser entendido e administrado facilmente.

Além desses cuidados essas crianças precisam de apoio extra, como a psicologia clínica e educacional, a pediatria do desenvolvimento, a saúde mental, a fisioterapia, a terapia da fala e a terapia ocupacional.

A Educação
Já a educação é um passo extremamente necessário, toda pessoa tem direito de aprender. O comparecimento das crianças em escolas regulares ou especiais, públicas ou privadas deve ser continuo e monitorado por pais ou responsáveis.  A experiência escolar leva as crianças com Síndrome de Down a aprender a viver em comunidade e fortalece o desenvolvimento de sua identidade; a autoconfiança é criada e os medos ou preconceitos da sociedade se amenizam. Ela pode aprender a ler, escrever, desempenhar outras atividades como qualquer outra criança, daí a importância da dedicação dos professores, dos pais ou responsáveis.

A Família
O ambiente familiar deve ser estável, tratar as crianças com naturalidade, ela deve participar de forma normal das atividades, respeitando as regras como qualquer outro membro da família. Essa atitude leva ao portador opções de escolha e, além disso, ajuda a criança a evoluir, sem que ela se torne dependente, criando melhores condições para enfrentar o futuro. As comemorações e agradecimentos por tarefas desempenhadas com sucesso estimulam o aprendizado.

A Alimentação
As crianças com trissomia 21 tem maior tendência para a obesidade, sua dieta precisa ser equilibrada e rica em fibras e a sua ingestão diária de calorias deve ser menor do que a de crianças da mesma idade e altura sem a síndrome. Deve-se também sempre estimular a prática de exercício físico.

O Fortalecimento como Pessoa!
Os desafios para essas crianças são maiores, se os responsáveis começarem desde cedo a estimular a aprendizagem, convívio social, exercícios, mais cedo ela vai aprender a lidar mais facilmente com os problemas que possam surgir e vai conhecer suas verdadeiras capacidades.

O instinto natural de qualquer ser humano é de proteger de tudo e de todos, mas vai chegar uma hora que essas pessoas especiais vão resolver seus problemas sozinhos. Muitos portadores que tiveram um acompanhamento dedicado ao decorrer de seu crescimento, quando adultos tem uma vida semi ou até totalmente independente: vivem sozinhos, tem um emprego e muitas vezes encontram suas “almas gêmeas” e se casam.

Acima de tudo ame seu bebê, ele sendo especial ou não! O amor fortalece e cura!

Interessante: 
- A probabilidade de uma mulher de 20 anos ter um filho com trissomia 21 é de 1 (um)  para 1600.
- As mulheres de 35 anos tem probabilidade de ter um bebê com a síndrome é de 1 (um) para 370.
- Algumas pesquisas indicam que a Síndrome de Down é responsável por 15% dos portadores de retardo mental que freqüentam escolas para crianças especiais.
- A expectativa hoje em dia para uma pessoa com trissomia 21 é de uma vida longa e saudável.
- Inscreva a criança de acordo com seu interesse em equipes desportivas, grupos de corais, aulas de teatro, pintura ou natação.
- Em cada atividade ou atitude correta, não se esqueça de comemorar cada uma das suas conquistas!
- Incentivar sempre para a felicidade e a realização pessoal. Desistir jamais!
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