segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vítima da Síndrome de Asperger, Messi derrota a doença para vencer na vida

 

Craque argentino tem gestos repetidos em campo, por conta da doença

ALYSSON CARDINALI

Espanha - Craque, superdotado, menino prodígio e... autista. Diagnosticado aos 8 anos de idade como portador da Síndrome de Asperger, também conhecida como “fábrica de gênios” — os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o naturalista Charles Darwin e o pintor renascentista Michelangelo, entre outros, seriam portadores — Messi é a prova viva de que a doença, uma forma branda de autismo, não impede ninguém de brilhar e, no caso do argentino, ser eleito o melhor jogador do mundo quatro vezes seguidas.

Apesar de leve autismo, craque não tem problemas dentro de campo

Foto:  Reuters

Embora o diagnóstico do autismo de Messi, que na infância também sofreu de nanismo e foi tratado no Barcelona, tenha sido pouco divulgado para protegê-lo de qualquer discriminação, seus inúmeros fãs não devem se assustar. A Síndrome de Asperger, diferentemente do autismo clássico, não acarreta em nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo — a doença afeta geralmente pessoas do sexo masculino com dificuldades de socialização, gestos repetitivos e estranhos interesses.

A fixação de Messi pela bola explicaria um pouco sobre o assunto. Apesar de seu talento inegável, o comportamento do camisa 10 argentino dentro de campo é revelador sobre o aspecto de sua doença. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente. Messi sempre faz os mesmos movimentos, quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, afirma Nilton Vitulli, no site Poucas Palavras, do jornalista Roberto Amado.

Vitulli, que é pai de um portador da síndrome de Asperger e membro da ONG Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde (reúne pais e familiares de ‘aspergianos’), acrescenta que como a maioria dos autistas tem memória descomunal, Messi provavelmente conhece muito bem todos os movimentos que precisa executar na hora de balançar a rede.

“É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está aliviado”, diz Nilton, que enaltece a qualidade do chute de Messi, a sua habilidade com a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, mas ressalta se tratar “apenas” de padrões de repetição comuns aos portadores da Síndrome de Asperger. Mesmo no caso do gênio Messi.

Personalidade pouco sociável fora de campo

Messi sofre com os sintomas da Síndrome de Asperger. Principalmente fora de campo — a dificuldade de interação social é o maior adversário. É o que garante Giselle Zambiazzi, presidente da Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Santa Catarina.

“O gestual, o olhar e o comportamento do Messi são típicos. Na premiação da Bola de Ouro ele ficou incomodado, pois não sabe lidar com o bombardeio de informações do mundo externo”, diz.

Ela leu a biografia de Messi e detectou traços marcantes da doença. “Na infância ele só saía de casa com uma bola de futebol. Mesmo que fosse ao médico”, diz Giselle, que espera que o craque não seja discriminado: “Acham que o autista é um débil mental. Não é isso. Messi é um exemplo de superação”.

Fonte: http://odia.ig.com.br/esporte/2013-08-28/vitima-da-sindrome-de-asperger-messi-derrota-a-doenca-para-vencer-na-vida.html

Reunião Clínica dos Distúrbios do Aprendizado

Basta comparecer no dia da reunião,  ou seja, dia 25 de setembro, às 8h, Sala de Telemedicina do Hospital Samaritano, à Rua Cons. Brotero, 1486, no bairro de Higienópolis, aqui em SP; interessante levar caderno e caneta para anotações e assinar a lista de presença, colocando seu e-mail (em letra legível) para receber a aula que será ministrada e também o convite dos próximos eventos

Um forte abraço, com afeto,

Nazareth

O Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa conta com a sua participação na Reunião Clínica dos Distúrbios do Aprendizado, que ocorrerá no próximo dia 25/09/2013, quarta-feira, às 08h, excepcionalmente na Sala de Telemedicina do Hospital Samaritano, 1º andar, sob coordenação da Dra. Saada Resende de Souza Ellovitch.

Atenciosamente.

Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesquisa.

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Clay Marzo – Surfista autista

Clay Marzo – Surfista autista, especificamente síndrome de asperger. Clay Marzo – Surfista autista é um jovem havaiano com bastante talento para o surf.

Clay Marzo – Surfista autista

Com apenas 10 anos de idade, Clay Marzo ganhou a prova de natação de 200m no Havai. Aos 11 anos ficou em terceiro lugar na NSSA, uma prova para surfistas estudantes dos Estados Unidos. Desde então tem participado em várias provas e recebido diversos prémios pela sua performance no surf.

Durante a sua adolescência foi-lhe diagnosticado síndrome de asperger, transtorno que se enquadra no DSM-IV-Tr, fazendo parte do espectro autista.  No entanto, isto não foi impeditivo de seguir o seu talento e o seu sonho.

Normalmente crianças e jovens com autismo são fascinadas por um interesse em particular, por exemplo, códigos postais, comboios, etc. Para Clay Marzo o surf é a sua fascinação.

Mas nem tudo é fácil para Clay, ele tem dificuldade em manter uma conversa e faltam-lhe habilidades sociais, por exemplo conhecer pessoas novas e conversar com elas. Também apresenta défice de atenção e dificuldade em pensar rapidamente. De acordo com sua mãe, apenas quando está dentro de água é que se sente realmente realizado, focado no seu objetivo.

Este jovem surfista está envolvido com a organização Surfer’s Healing, uma fundação formada por um casal, Isreal and Danielle Paskowitz cujo filho foi diagnosticado com três anos.

Mais sobre Clay Marzo.

Fonte:http://educamais.com/clay-marzo-surfista-autista/

10 coisas que uma criança com Sindrome de Asperger gostaria que você soubesse!

 

Messi e o aspeger

Como o autismo ajudou Messi a se tornar o melhor do mundo

por : Roberto Amado

Os sintomas da Síndrome de Asperger trabalharam a seu favor.

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Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.

Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.

É possível identificar, pela experiência, como o autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de “aspergianos”.

“O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que jogou futebol e quase se profissionalizou. E explica que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar em gol. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está  aliviado”.

A qualidade do chute, extraordinária em Messi, e a habilidade de manter a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, são provavelmente, segundo Vitulli, também padrões de repetição, aliados, claro, à grande habilidade do jogador. Ele compara o comportamento de Messi a um célebre surfista havaiano, Clay Marzo, também diagnosticado com a síndrome de Asperger. “É um surfista extraordinário. E é possível perceber características de autista quando ele está numa onda. Assim, como o Messi, ele é perfeito, como se ele soubesse exatamente o comportamento da onda e apenas repetisse um padrão”. Mas autistas, segundo Vitulli, não são criativos, apenas repetem o que sabem fazer. “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”, diz ele.

Autistas podem ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em 1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.

Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi uma revelação observar certas atitudes de Messi.

“A começar pelas entrevistas: é  visível o quanto aquele ambiente o incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma objetividade que vejo em meu filho”.

Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:  “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.

Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama, dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha muito a meu filho”.

Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa. E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.

A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional. Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mas arredio às badalações, às entrevistas e aos eventos.  “Ele precisa e quer que sua condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo, certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela.

Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-o-autismo-de-messi-o-ajudou-a-se-tornar-o-melhor-do-mundo/

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