quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CRIANÇAS ESPECIAIS - REFLEXÕES


Quando uma criança nasce com problemas inevitavelmente passa a ser um estranho na família, até que se assimile a situação. Fazer o luto pelo filho ideal significa que todo aquele investimento imaginário em relação a uma pessoa que está a caminho cai por terra! Uma decepção! Neste processo de entender que aquela criança não atenderá o desejo dos pais e familiares é que se estruturam fantasmas. É preciso refazer a vida acolhendo este novo ser. O problema não é exatamente ser deficiente ou ter alguma síndrome, mas sim a fantasmática que se constrói em torno disto.


No entanto , as crianças especiais a exemplo das que possuem síndrome de Down, ou com retardo mental são crianças amáveis e que possuem um lugar definido na sociedade, nas adaptações curriculares, na cultura em geral. À parte o preconceito de alguns, não há mistério em trabalhar e incluí-los, já que há um número imenso de técnicos e técnicas capazes de orientar os familiares e acolher estes pequenos. Assim, as síndromes não apresentam maiores problemas além da lentidão na aprendizagem e de serem crianças diferentes, uma vez que possuem um lugar definido na cultura. A dificuldade maior, segundo estudiosos do assunto, é quando estas crianças apresentam uma psicose associada ao problema genético.

A criança que apresenta psicose possui atitudes radicalmente diferentes associadas a uma incontrolável agressividade. Diante destes quadros, equipes de profissionais e pais caem numa perplexidade paralisante. Se já é difícil elaborar um luto de um filho ideal, pior ainda quando a elaboração do mesmo fica interditada por alguma razão. Inúmeras vezes, os pais prostrados diante dos diagnósticos catastróficos, ficam impedidos de elaborar o luto do filho idealizado, de aceitá-lo como ele é , e então sem poder falar do afeto, estabelece-se a psicose. O caos familiar se instala!.Quantas famílias se desestruturam neste momento! O sentimento de fracasso e impotência impedem o acesso afetivo ao filho deficiente e vice-versa. Construída a fantasmática aterrorizante e persecutória, o mundo parece pesado demais !


É comum na nossa cultura valorizar os técnicos e o diagnóstico, dando um peso exagerado a isto e desvalorizando os pais enquanto seres humanos. Os pais passam a ser pais de manual. Perdem a capacidade de acessar os sentimentos e deixar circular o amor entre eles e o filho que nasceu com dificuldades. Assim, faz parte da luta pensar em quais são os efeitos nos pais em relação ao confronto constante com uma realidade que ao mesmo tempo atordoa e surpreende? Quais os efeitos na criança do olhar que por vezes denuncia os sentimentos dos adultos? O que significa mesmo a inclusão? A inclusão na vida deve obedecer a lei fundamental da alteridade ou seja, deve assegurar o direito que regulariza a convivência das diferenças.


Não se pode perder as possibilidades de criar alternativas para incluir este sujeito que impõe a diferença por si só. Abrir espaço dentro de nós mesmos para entender e aceitar! Aí está a verdadeira inclusão: dentro do coração!


Dra. Magda Mello
Supervisora do Núcleo de Estudos Sigmund Freud

CRIANÇAS ESPECIAIS - PERCEPÇÃO VISUAL E DO GRAFISMO


O contato com a literatura especializada e os aspectos controvertidos sobre a criação, manutenção e desenvolvimento das chamadas “classes especiais”, foram os principais motivadores para a realização deste estudo.

Vivemos atualmente em meio a uma grande discussão sobre qual deve ser a melhor forma de atendimento educacional a crianças portadoras de deficiências e que demandam atendimento especial. As conhecidas classes de educação especial são criticadas por muitos autores que as vêem como um meio que, paradoxalmente, acaba por induzir a segregação de seus freqüentadores.

Segundo Celso Oliveira (1998), estabelecendo uma comparação entre os alunos que freqüentam escolas especiais e outros alunos que, embora tendo problemas idênticos, permaneceram nas classes de ensino regular, observamos que os primeiros sofrem as mesmas agressões verbais que outras crianças, não progridem mais do que estas e, ainda, apresentam níveis de auto-estima muito inferiores, fato que concorre para dificultar ainda mais a sua adaptação ao meio social.

As classes especiais surgiram para "proporcionar ao educando meios para desenvolver habilidades e atitudes escolares e também, conhecimentos preliminares das matérias acadêmicas do ensino regular" (Queiroz, 1976, p. 115), porém estas classes podem estar sendo mal utilizadas, resultando daí o seu caráter segregativo, pois nenhum recurso pode ser considerado eminentemente segregativo ou integrador. (Omote, 1999 citado por Manzinni, Brancatti, 1999).


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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SHANTALA PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN




Os resultados benéficos da Shantala em crianças portadoras da Síndrome de Down, podem ser lidos no material de mestrado de Patricia Luciane Santos de Lima, segue abaixo o resumo do trabalho.


O estudo pesquisou a criança normal e seu desenvolvimento motor e sensorial; estudou a etiologia e desenvolvimento biopsicossocial da criança com Síndrome de Down e detalhou a técnica de Shantala, com o objetivo de verificar quais os benefícios que a Shantala proporcionou para o desenvolvimento destas crianças. A metodologia consistiu em utilizar por 120 dias a técnica de massagem denominada Shantala. Para a obtenção dos resultados, foi realizado um check list, aplicado no início, 60 dias após e no término do tratamento. Também foram realizadas visitas domiciliares e consideradas as observações da pesquisadora.
 

Constatou-se através da análise dos dados, que a Shantala beneficiou as crianças com Síndrome de Down, alcançando o aperfeiçoando dos movimentos num tempo menor do que o esperado. Por outro lado, as mães destas crianças aprenderam a aceitar melhor as limitações de seus filhos e a manuseá-los adequadamente. Houve maior interação com os demais membros da família e maior facilidade de proporcionar a estimulação. 


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terça-feira, 22 de setembro de 2009

BRAILLE VIRTUAL


Uma das dificuldades do deficiente visual é que os demais à sua volta não conhecem o sistema Braille de leitura para cegos. O Braille Virtual é um curso on-line baseado em animações gráficas e destinado à difusão e ensino do sistema Braille a pessoas que vêem.


Sobre o Sistema Braille


O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas. Foi desenvolvido na França por Louis Braille, um jovem cego, a partir do sistema de leitura no escuro, para uso militar, de Charles Barbier. 

Utilizando seis pontos em relevo dispostos em duas colunas, possibilita a formação de 63 símbolos diferentes, usados em literatura nos diversos idiomas, na simbologia matemática e científica, na música e mesmo informática. 

A partir da invenção do sistema em 1825, seu autor desenvolveu estudos que resultaram em 1837 na proposta que definiu a estrutura básica do sistema, ainda hoje utilizada mundialmente. Por sua eficiência e vasta aplicabilidade, o sistema se impôs como o melhor meio de leitura e de escrita para as pessoas cegas. 

Porém o cego enfrenta a dificuldade de não encontrar ao seu redor pessoas que conhecem Braille, o que dificulda sua comunicação escrita. Como ação afirmativa para a inclusão dos deficientes visuais na sociedade, a Universidade de São Paulo desenvolveu o Braille Virtual, com o qual pessoas que veêm poderão rapidamente aprender o sistema e estabelecer uma comunicação completa com os deficientes visuais.


RESPEITO À DIVERSIDADE


A INFORMAÇÃO é fundamental para vencermos as barreiras do preconceito e da discriminação. Ao buscarmos a INFORMAÇÃO, exercitamos o respeito à diversidade humana.
 
MUNIDOS DE INFORMAÇÃO, descobrimos que a maior barreira em relação às pessoas com deficiência é a nossa própria atitude!


Por isso, a SECRETARIA MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA, apresenta o “Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência”, com informações sobre os tipos de deficiência, a evolução das terminologias e alguns mitos e verdades sobre o tema.

 
Respeito à Diversidade
Devemos respeitar as pessoas exatamente como elas são. O respeito à diversidade humana é o primeiro passo para construirmos uma sociedade inclusiva!


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SHANTALA EM CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL


APLICAÇÃO DO MÉTODO SHANTALA EM CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL

Paralisia cerebral é a designação dada ao quadro clinico apresentando pelos indivíduos que sofreram uma lesão no encéfalo imaturo, de caráter não progressivo, nas áreas que controlam os movimentos e a coordenação do tono. É freqüente, ao lado dos distúrbios da motricidade, encontrarmos desordens sensoriais, intelectivas, afetivas e emocionais.A definição mais aceita da espasticidade é que se trata de um aumento da resistência ao alongamento passivo dependente da velocidade do alongamento, e que esta associada a exacerbação dos reflexos tendinosos, sendo uma das seqüelas mais comuns presentes em lesões do SNC. A Shantala é uma massagem milenar do sul da Índia, cuja tradição é passada oralmente de mãe para filha, em qual apenas as mulheres executam as massagens nos bebês, por uma razão exclusivamente cultural. A massagem Shantala produz benefícios diversos sobre o sistema nervoso da criança: assim, quando se aplica ligeiros beliscões na pele, uma pressão ou uma fricção com movimentos circulares, estes podem gerar tanto efeito estimulante ou relaxante , agindo assim sobre o sistema nervoso podendo se adquirir diversos efeitos. Juntamente com o sistema nervoso, atua sobre o sistema circulatório e linfático da criança, pois ativa a circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos, promovendo um melhor aporte sanguíneo e o retorno de sangue das veias para o coração, regulando a pressão arterial e aumentando a distribuição de sangue para os órgãos internos, músculos, tecidos e as partes do corpo manipuladas. Fortalece o sistema imunológico aumentando o numero de plaquetas, de hemoglobinas e das células vermelhas e brancas. Além de agir sobre o sistema respiratório, digestivo e para o metabolismo da criança.Sabendo-se destes fatos buscamos conseguir através da Shantala uma redução do tônus e um maior relaxamento muscular, resultando em um melhor desenvolvimento físico e mental.Tendo em vista os benefícios acima descritos, enfocaremos nesse estudo os efeitos da massagem sob uma criança com Paralisia cerebral espástica moderada de 1 ano e 8 meses que apresenta em seu quadro clinico hipertonia, acarretando desta forma um atraso ainda maior no desenvolvimento motor normal. A técnica esta sendo aplicada em atendimento domiciliar, no qual já forao realizados 10 sessões de fisioterapia, em dias intercalados com uma duração de 50 minutos.Tendo como resultado obtido relaxamento muscular, sendo assim o trabalho esta em andamento.

Palavras-chave: Massagem shantala, paralisia cerebral, relaxamento muscular.


Por: SCHEREMETA, Tatiana de Paula
Fisioterapia; CESCAGE; tatischeremeta@yahoo.com.br

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