O contato com a literatura especializada e os aspectos controvertidos sobre a criação, manutenção e desenvolvimento das chamadas “classes especiais”, foram os principais motivadores para a realização deste estudo.
Vivemos atualmente em meio a uma grande discussão sobre qual deve ser a melhor forma de atendimento educacional a crianças portadoras de deficiências e que demandam atendimento especial. As conhecidas classes de educação especial são criticadas por muitos autores que as vêem como um meio que, paradoxalmente, acaba por induzir a segregação de seus freqüentadores.
Segundo Celso Oliveira (1998), estabelecendo uma comparação entre os alunos que freqüentam escolas especiais e outros alunos que, embora tendo problemas idênticos, permaneceram nas classes de ensino regular, observamos que os primeiros sofrem as mesmas agressões verbais que outras crianças, não progridem mais do que estas e, ainda, apresentam níveis de auto-estima muito inferiores, fato que concorre para dificultar ainda mais a sua adaptação ao meio social.
As classes especiais surgiram para "proporcionar ao educando meios para desenvolver habilidades e atitudes escolares e também, conhecimentos preliminares das matérias acadêmicas do ensino regular" (Queiroz, 1976, p. 115), porém estas classes podem estar sendo mal utilizadas, resultando daí o seu caráter segregativo, pois nenhum recurso pode ser considerado eminentemente segregativo ou integrador. (Omote, 1999 citado por Manzinni, Brancatti, 1999).
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