sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CASAL IMPORTA MÉTODO DE REABILITAÇÃO PARA PESSOAS COM LESÃO NA MEDULA

Fernanda e Felipe se conheceram durante tratamento nos EUA que já fez deficientes voltarem a andar

por Regiane Teixeira

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Felipe Costa e Fernanda Fontenele se conheceram durante tratamento nos EUA

Em 2003, aos 17 anos, Fernanda Fontenele sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica.Felipe Costa foi diagnosticado paraplégico em 2008, aos 20 anos, depois que capotou seu automóvel. Decidido a voltar a andar, ele procurou diversos tratamentos até conhecer o Project Walk, um centro de reabilitação avançada na Califórnia, Estados Unidos. Lá, Felipe viu pacientes com lesões medulares voltarem a andar e se tornou o primeiro brasileiro a fazer o tratamento na instituição, assim como uma fonte de informações para compatriotas que vivem a mesma situação.

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Felipe conheceu Fernanda por meio dos vídeos que ela colocou na internet no intuito de conseguir dinheiro para viajar e fazer o tratamento. “Os vídeos me comoveram bastante porque as nossas histórias eram parecidas. Começamos a trocar e-mails e eu mandava informações sobre moradia e coisas que poderiam ajudá-la na Califórnia”, conta. Fernanda convocou os amigos, organizou uma campanha e conseguiu o valor necessário. “Quando ela chegou aos EUA, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. Tínhamos muitos sonhos e gostos em comum”, diz ele.

Casal inagura centro de tratamento neste mês em São Paulo

Os dois passaram cerca de um ano nos EUA. Fernanda já recuperou 100% dos movimentos dos braços e um parte dos movimentos das pernas e Felipe já consegue se sustentar em pé. “Foi muito importante termos passado pelo tratamento juntos. A cada movimento novo que eu consegui fazer, mostrava para ela e vice-versa”, conta Felipe. De volta ao Brasil, eles ficaram noivos e agora pretendem terminar o tratamento em um centro que os dois irão inaugurar no dia 16 de novembro em São Paulo. Batizado Centro de Recuperação de Lesão Medular AcreditANDO, a instituição é baseada no Método Dardzinski, desenvolvido no instituto Project Walk, que foi criado há cerca de dez anos, com o objetivo de fazer com que pacientes com lesão medular possam voltar a andar.

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O centro será o único da América Latina a utilizar o método e terá capacidade para atender até 15 pessoas ao mesmo tempo. Segundo Fernanda, o método é aplicado em cinco fases, sendo as primeiras dedicadas ao estímulo para criação de massa muscular. “As duas últimas fases são para pessoas que têm o movimento, mas não têm a coordenação para voltar a andar”, diz. “Os exercícios são repetitivos e o clima é de academia.” A área de cerca de mil metros quadrados tem todos os equipamentos importados e duas instrutoras que passaram pelo treinamento na Califórnia. “Já tivemos mais de 100 inscrições”, conta Fernanda. Uma hora de tratamento deve custar entre R$ 100 e R$ 150, sendo que o indicado são três horas da fisioterapia diariamente. No futuro, a instituição deve oferecer também hidroterapia. Já o casamento de Fernanda e Felipe tem data definida: sai no ano que vem.

A partir do dia 16 de novembro. De segunda à sexta, das 9h às 19h. Centro de Recuperação de Lesão Medular AcreditANDO: Rua Alvarenga, 1.700, Butantã, São Paulo, tel.: 2389-6522. E-mail: acreditando@acreditando.com.br

Fonte: revistaepocasp.globo.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PESSOAS QUE NASCEM SURDAS ENXERGAM MELHOR

11/11/2010 - 19h56

Adultos que nasceram surdos podem enxergar melhor do que pessoas com boa audição, segundo uma pesquisa divulgada na terça-feira. A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Independent".

O estudo da Universidade de Sheffield revelou que os adultos e adolescentes surdos reagem com mais rapidez a objetos em sua visão periférica em comparação às pessoas que não têm problemas de audição.

Joanna Robinson, líder da pesquisa realizada pelo Royal National Institute for Deaf People (Instituto Nacional de Pessoas Surdas), disse que os resultados podem trazer consequências positivas àqueles que nasceram surdos.

"Por exemplo, os surdos poderiam ser mais hábeis em empregos que dependem da capacidade de ver uma ampla área de atividades e de responder rapidamente a situações, tais como árbitros esportivos e professores", disse ela.

Fonte: Folha

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