sábado, 15 de novembro de 2014

Deficiente auditivo cria projeto para ouvir “canção” dos sinais Wi-Fi

O projeto chamado tem como objetivo dar volume a algo que, apesar de estar sempre a nossa volta, está geralmente invisível aos nossos olhos e ouvidos

Deficiente auditivo cria projeto para ouvir “canção” dos sinais Wi-Fi

Deficiente auditivo cria projeto para ouvir “canção” dos sinais Wi-Fi

O poder da tecnologia realmente nos surpreende a cada dia. Prova disso foi a invenção do escritor de ciência Frank Swain, que começou a perder progressivamente a audição aos 20 anos. Foi então que se juntou ao engenheiro de software Daniel Jones para produzir uma ferramenta capaz de fazê-lo captar ainda mais sons: ouvir a melodia do Wi-Fi. E foi assim que tudo começou.

O projeto chamado de Phantom Terrains (Terrenos Fantasmas), tem como objetivo dar volume a algo que, apesar de estar sempre a nossa volta, está geralmente invisível aos nossos olhos e ouvidos.

A plataforma experimental traduz as ondas Wi-Fi para a linguagem sonora, atribuindo tons específicos a cada tipo de característica dessa tecnologia, como força do sinal, direção, nome de identificação e nível de segurança. Os dados são transferidos para o aparelho auditivo do usuário, que pode, então, “sentir” a rede através da música criada.

Para exemplificar o que é possível produzir com o experimento, o idealizador Swain caminhou em volta dos estúdios da BBC, captando o cenário Wi-Fi do local, moldando uma canção própria para aquela área.

Assim foi possível também criar um mapa visual do trajeto baseado nos sinais da vizinhança, com as cores, denotando cada um dos canais usados pelos roteadores ou a potência exercida por eles, com as marcas brancas indicando aparelhos funcionando na faixa dos 5 GHz.

Fonte: http://www.otempo.com.br/interessa/tecnologia-e-games/deficiente-auditivo-cria-projeto-para-ouvir-can%C3%A7%C3%A3o-dos-sinais-wi-fi-1.946636

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Aplicativo que dá independência a deficientes visuais no cinema

28.out.2014 - Aguinaldo Pestana testa aplicativo com audiodescrição disponível para o filme "A Despedida" Reinaldo Canato/UOL

Aguinaldo Pestana, 52 anos, é deficiente visual desde 1997, quando levou um tiro durante um assalto em São Paulo. A bala, que atravessou sua cabeça, danificou seu nervo óptico e lhe tirou totalmente a visão. Depois de 17 anos, o contabilista diz ser 95% independente, graças à tecnologia. Com seu smartphone, ele consegue escolher a roupa, acertar o caminho de casa, conversar com os amigos por mensagem de texto, pagar contas, fazer compras...
Nesses 5% de dependência está a tarefa de ir ao cinema. Para entender o que está na tela, além dos diálogos dos personagens, é preciso contar com a boa vontade de quem está ao lado para descrever o contexto das cenas. "É muito difícil que a pessoa ao seu lado tenha paciência de te contar o que está se passando na tela", diz ele ao UOL. Mesmo quando há vontade do acompanhante, corre-se o rico de ouvir muitos "shius" e "psius".
O problema de Aguinaldo e de outros deficientes visuais, no entanto, está mais próximo de ser resolvido, pois já há aplicativos que permitem que a audiodescrição do filme seja baixada em smartphones e tablets antes da sessão. O UOL convidou Aguinaldo para testar o MovieReading, em uma sessão do filme brasileiro "A Despedida", de Marcelo Galvão, presente na programação da Mostra de São Paulo. O recurso ainda está em fase de testes e o filme de Galvão foi o único do evento a aderir à novidade. Disponível para as plataformas Android e iOS, o aplicativo e o áudio podem ser baixados gratuitamente.

Como funciona
Recomenda-se que o download do aplicativo e da audiodescrição do filme seja feito em casa para não depender da conexão da sala do cinema. É aconselhável ainda um teste simples de compatibilidade, que deve ser feito em frente a um computador com auto-falantes. Para a sessão, o usuário precisará de fones de ouvido com microfones. As instruções acompanham o aplicativo.
Desenvolvido na Itália, o programa tem o mesmo princípio do Shazam, que reconhece músicas gravadas e que, em alguns casos, reproduz a letra das canções. No caso do MovieReading, a audiodescrição é sincronizada à obra assim que o microfone do dispositivo reconhece o áudio do filme.

Quando fiquei cego, percebi que outros cegos deixavam de estudar por não saberem lidar com computadores e celulares. Sempre que eu posso, ajudo cegos a aproveitarem a tecnologiaAguinaldo Pestana

O narrador descreve o que é importante para cena e perceptível apenas aos olhos, como "ela acende um cigarro e se senta perto da janela", ou "ele amarra o cadarço do sapato preto e caminha até a porta". A audiodescrição não é novidade no Brasil, mas sua inclusão em sessões de cinema ainda é pouco prática. Antes do aplicativo, um narrador precisava de um espaço para narrar o filme ao vivo, com transmissão para fones de ouvidos distribuídos antes da sessão.
Avaliação do aplicativo

Aguinaldo permaneceu calado durante toda a sessão, mas reagiu assim que o letreiro subiu pela tela grande da sala 3 do Espaço Itaú, no Shopping Frei Caneca. "Decidi que ia avaliar o aplicativo de acordo com o número de perguntas que precisaria fazer para entender o filme. Não precisei fazer nenhuma", explicou ele.
Mesmo interessado em falar do aplicativo, ele também quis comentar a obra. "Eu achei o filme picante". No filme, vencedor de quatro prêmios no Festival de Gramado deste ano, Nelson Xavier vive Almirante, um homem com mais de 90 anos que decide levantar da cama e se despedir da vida e da amante, Morena (Juliana Paes).
Na mesma sessão ainda estavam outros três deficientes visuais. Entre eles, Paulo Romeu Filho, que cuida do Blog da Audiodescrição. "As pessoas que nos acompanham nas sessões – amigos, familiares – também querem prestar atenção no filme. Muitas vezes pergunto o que está acontecendo e recebo como resposta: 'peraí que já te conto'. Sem a audiodescrição, provavelmente sairia irritado do filme".

Olhos para o produtor de "A Despedida"

Como acontece com a maioria dos filmes nacionais da Mostra, a exibição de "A Despedida" contou com a presença do diretor, Marcelo Galvão, e foi encerrada com perguntas do público. Apesar da qualidade do longa, a plateia, formada por maioria vidente, fez perguntas somente sobre a eficiência e funcionamento do aplicativo.

Trabalhando com audiodescrição desde "Colegas", filme que venceu o Festival de Gramado de 2012, Galvão disse que foi atrás do recurso em função do produtor e amigo Marçal Souza, que perdeu a visão em 2007.  "Queria que o Marçal 'visse' os filmes que ele faz, mas também queríamos um jeito mais fácil de fazer isso. Em contato com o Maurício [Santana], fiquei sabendo do aplicativo e fizemos essa parceria".

Maurício Santana está à frente da Iguale, empresa que trabalha com audiodescrição desde 2008. "Além de mais prático, por não exigir estrutura da sala, o áudio do aplicativo tem mais qualidade por ser previamente gravado e não receber interferências de ruídos exteriores", disse Maurício. O projeto para "A Despedida" foi feito em parceria com Mimi Aragón e Kemi Oshiro. O aplicativo também conta com legendas acessíveis para pessoas com deficiência auditiva.
Ensinando independência

Quando Aguinaldo perdeu a visão, seus dois filhos eram pequenos --Bárbara tinha quatro anos e Bruno Rafael, um ano e meio. "Meu maior medo era ficar dependente das pessoas", diz o contabilista.

O período da adaptação foi sofrido, até porque há pouco apoio mesmo de quem está mais próximo. "Quando você fica cego, todos acham que morreu e não te chamam para mais nada".
Com mais um ponto positivo para a independência, Aguinaldo diz que vai contar a experiência para outros deficientes visuais. Aposentado, ele se dedica há três anos, por meio de um webcast, a ensinar deficientes visuais a mexerem em smartphones táteis.
"Quando fiquei cego, percebi que outros cegos deixavam de estudar por não saberem lidar com computadores e celulares. Sempre que eu posso, ajudo cegos a aproveitarem a tecnologia. Hoje, há mais de mil aplicativos que podem ajudar os cegos". Seu programa, "
Contraponto", vai ao ar todas as segundas-feiras, às 20h, e é uma iniciativa da Associação dos Ex-alunos do Instituto Benjamin Constant.

Fonte: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2014/10/30/uol-testa-aplicativo-que-da-independencia-a-deficientes-visuais-no-cinema.htm

AUDIÊNCIA SOBRE ESCOLARIZAÇÃO DE PESSOAS COM AUTISMO

Audiência pública no Ministério Público do Estado de São Paulo
Ocorrerá nos dias de novembros 25 e 26 de novembro, no Auditório do Tribunal de Justiça - MMDC - Hilton - Ipiranga.
Inscrições até o dia 31 de outubro.

Formulário para inscrição: http://www.esmp.sp.gov.br/Esmp_Online/Formulario_AUD_PUB_2511_2014.php
Vejam detalhes na mensagem abaixo


URGENTE: AUDIÊNCIA SOBRE ESCOLARIZAÇÃO DE PESSOAS COM AUTISMO

Escrevo porque vai haver uma audiência  promovido pelo Ministério Público, entre 25 e 26 de novembro, cujo tema nos é muito, muito caro: a educação inclusiva.

Farei um breve relato da situação que constrói a audiência:

Em 2001, uma juíza do MP sentenciou a Fazenda Pública do estado de São Paulo a custear integralmente os atendimentos em educação e saúde para pessoas com autismo em instituições especializadas privadas ou do terceiro setor. A justificativa, á época, residia na compreensão da juíza de que o estado não oferecia serviços públicos que fossem adequados e suficientes para esse segmento populacional.

Desde então, a família de uma pessoa com autismo, pode ter os atendimentos da pessoa com diagnóstico de autismo custeados pelo estado de São Paulo, bastando recorrer ao MP, indicando, inclusive, em que instituição deseja ser atendida. (a sentença segue anexada)

Neste ano, houve condições de a sentença ser colocada em questão pelos(as) próprios(as) operadores(as) da Justiça.

Por esse motivo, haverá uma audiência em 25 e 26 de novembro, a fim de discutir a pertinência ou não da continuidade da vigência da sentença, tanto no que concerne ao custeamento dos atendimentos educacionais, quanto os atendimentos em saúde.

Segue anexada a programação dos dois dias: 25, discutindo-se Educação; 26, discutindo-se Saúde.

Haverá falas de juízes(as); promotores(as), representantes das Secretarias Estadual e Municipal da Educação/Saúde de SP; profissionais e pesquisadores(as) da área. No dia 25, eu serei uma das pessoas a falar.

Haverá também a possibilidade de falas da pessoas da plateia, porém, é preciso inscrever-se até o dia 31 de outubro, por email, para solicitar direito à fala. As pessoas inscritas, serão divididas em áreas de representação (familiares, profissionais, etc.) e haverá sorteio de 2 ou 3 pessoas que, aí sim, poderão falar.  (email para CintiaASilva@mpsp.mp.br)

Não temos informações sobre o número de famílias que tem utilizado esse recurso, assim como não temos acesso ao valor dispendido pelo estado de São paulo em razão de tal sentença. Tampouco temos acesso à lista de instituição de educação e saúde que vêm sendo utilizadas pelas famílias. Da mesma maneira, não sabemos se, em outro estado da Federação, há sentença similar. Solicitei atis informações ao MP, hoje, e estou aguardando.

Entendo que alguns princípios fundamentais estão em jogo, os quais nomeio brevemente aqui:

geral: defendemos que as verbas públicas sejam utilizadas em políticas, programas e ações públicas, gratuitas e laicas; defendemos que o atendimento às pessoas com diagnóstico de autismo, seja na Educação, seja na Saúde, deve estar orientado por princípios de inclusão, participação social e em serviços de base comunitária; defendemos que os serviços especializados não podem se caracterizar como a única porta de entrada para a atenção à pessoa com diagnóstico de autismo e que tais serviços, mesmo sendo especializados, devem estar orientados pelo princípio da inclusão e estarem articulados aos demais serviços de base comunitária.

- em relação à educação: a política nacional é de inclusão, sendo garantido o atendimento educacional especializado; as práticas institucionais e processos formativos de profissionais devem se orientar no sentido de permitir o desenvolvimento do trabalho com toda e qualquer pessoa humana; a história nos revela que é a pressão do movimento social e o contínuo questionamento sobre o funcionamento escolar que possibilitam a produção de transformações que permitam a escolarização de segmentos populacionais tradicionalmente excluídos da escola;

- em relação à saúde: existe uma política nacional de atenção em saúde mental e existe uma política nacional de atenção à pessoa com deficiência, tais políticas integram diferentes serviços, com diferentes recursos e níveis de complexidade, bem como a articulação com as demais políticas setoriais. As práticas institucionais e a educação permanente de profissionais estão orientadas pelos princípios da participação social, da preservação de vínculos e da atenção integral.

Enfim, entendo que temos aqui uma oportunidade para, mais que discutir a sentença, debater sobre a atenção às pessoas com autismo e seus/suas familiares, buscando produzir avanços tanto por parte das diferentes políticas estaduais (que não têm se orientado pelas diretrizes nacionais), quanto por parte dos(as) familiares, posto que as contínuas experiências de discriminação fazem recrudescer a perspectiva de convivência social a partir de instituições inclusivas.

Fiquem à vontade para divulgarem a audiência, caso considerem relevante.

Espero que possam estar lá e, principalmente, inscreverem-se para solicitar direito à fala.

Abraço fraterno,

_____________________
Profa. C. Biancha Angelucci
Universidade de São Paulo - USP
Faculdade de Educação - FE
Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação - EDF
Tels:
55 11   3091 8275
55 11 99172 1257
Skype - bianchaangelucci
Av. da Universidade, 308  bl. A.  sl 214
Cidade Universitária. São Paulo/SP
CEP 05508- 040

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Pessoas com deficiência: Fiscalização será intensificada em 2015, segundo MTE

Publicada em: SINAIT - 30/09/2014

A fiscalização de pessoas com deficiência no mercado de trabalho será intensificada em 2015. O Ministério do Trabalho e Emprego – MTE vai implantar a fiscalização da substituição do empregado com deficiência ou reabilitado demitido sem a contratação previa de um substituto em condições semelhantes.

De acordo com a Auditora-Fiscal do Trabalho, Fernanda Maria Pessoa di Cavalcanti, responsável pelo Projeto de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho da DEFIT/SIT/MTE, a intenção é coibir os abusos cometidos pelos empregadores que infringem a Lei nº 8.213/1991. A lei trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social, incluindo-se aí a questão da habilitação e reabilitação profissional de pessoas portadoras de deficiência.

Pela lei, a empresa só pode demitir trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado nas seguintes situações: se estiver com a cota completa e a demissão não implicar em descumprimento da cota legal; por término de contrato por prazo determinado de noventa dias, por justa causa e por pedido de demissão.

“A nova modalidade de fiscalização vai evitar que as empresas dispensem os trabalhadores com deficiência ou beneficiário logo após o termino da fiscalização”, explica Fernanda di Cavalcanti.

Dados da RAIS-2013 mostram que houve um aumento de 8,33% de PcD/ reabilitado no mercado de trabalho, comparado com o ano de 2012, enquanto que para o mercado total de trabalhadores com deficiência esse aumento foi de 3,10%. “A expectativa da fiscalização trabalhista é que esse número aumente mais ainda depois da implantação da nova modalidade de fiscalização, em 2015”, informou Fernanda di Cavalcanti.

Dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho-SIT também revelam que nos últimos três anos os Auditores-Fiscais do Trabalho registraram aproximadamente 95 mil trabalhadores com deficiência durante as ações de fiscalização. Este valor representa quase um terço do total de trabalhadores com deficiência inseridos no mercado de trabalho brasileiro.

Fiscalização indireta eletrônica

O modelo de fiscalização indireta eletrônica implantado para o FGTS também está sendo adequado para a fiscalização deste benefício para a pessoa com deficiência. O novo serviço ainda não tem data prevista para ser implementado

“A ideia é alcançar um número maior de empresas que serão notificadas eletronicamente para comprovarem o cumprimento da cota legal para pessoas com deficiência e beneficiário reabilitado da Previdência Social”, explica Fernanda di Cavalcanti.

Segundo ela, as empresas encaminharão eletronicamente os documentos exigidos pela fiscalização, pois além dos Auditores-Fiscais do Trabalho terem competência para fiscalizar o cumprimento das cotas, têm a obrigação legal de verificar o enquadramento da PcD/beneficiário reabilitado na norma legal.

“Não é toda deficiência que é alvo da ação afirmativa do Estado brasileiro, daí a necessidade da atuação da fiscalização trabalhista para aquelas PcD que, sem essa “ajuda”, não teriam lugar no mercado de trabalho”.

Além de alcançar um número bem maior de empresas, a nova modalidade de fiscalização vai dar mais condições de os Auditores-Fiscais do Trabalho verificarem “in loco” as condições de trabalho da PcD

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Site ‘mapeia’ pessoa com deficiência

POR JAIRO MARQUES site http://assimcomovoce

Meu povo, a contribuição hoje é para os intelectuais, pesquisadores, gestores públicos, ‘ongueiros’ e desenvolvedores de projetos que envolvam o mundo os “malacabados”.

Uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto de Economia da Unicamp, com o esforço do professor Waldir Quadros, com apoio de Vinicius Garcia, doutor em economia, é capaz de traçar perfis regiões é locais do público com deficiência.

É preciso que se divulgue muito esse instrumento, que pode ajudar na confecção de propostas e políticas mais representativas, mais úteis e mais objetivas para cadeirantes, cegos, surdos…
“Tio, tá complexo pra mim entender isso, heim?”
Pois bem, o próprio Vinicius elaborou um texto que explica melhor as dimensões do site e como manejá-lo! É fácil, útil e “bacanudo”!

Toda época de eleição, a história se repete: proliferam candidatos que se dizem defensores dos “deficientes”, dos “portadores de deficiência”, daqueles com “necessidades especiais” e outros termos utilizados. Alguns de maneira oportunista, outros com melhores intenções e até mesmo boa vontade, mas a grande maioria sem conhecimento sobre a realidade social e econômica em que estão inseridas as pessoas com deficiência – terminologia correta – no Brasil.

Para piorar a situação, a falta de conhecimento e informação não é privilégio somente daqueles que estão concorrendo, mas atinge também boa parte dos que já ocupam cargos e funções públicas. Nos últimos anos, em diferentes níveis de governo, foram criados órgãos, departamentos e até mesmo Secretarias com a finalidade de tratar a temática das pessoas com deficiência. Infelizmente, porém, parece prosperar a falta de qualificação e capacidade técnica para construção de políticas públicas inclusivas.

A reversão deste quadro dependeria, dentre outros fatores, de que os gestores públicos (e não só eles) tivessem acesso a informações como: quantas são as pessoas com deficiência no meu município? Existe um tipo de deficiência ou incapacidade funcional que predomina? Qual a distribuição etária deste contingente populacional? Tais pessoas frequentam a escola, estão ocupadas trabalhando ou desempregadas? São perguntas, desculpem pela obviedade, fundamentais para que as ações e programas possam ser corretamente pensadas e executadas.

Mas como conseguir tais informações? Ao contrário do que se possa talvez imaginar, não é tão difícil. O Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, incluiu variáveis relacionadas à aferição da população com deficiência. Na verdade, foram questões relativas ao grau de dificuldade para andar, ouvir e/ou enxergar, além de uma pergunta específica sobre a deficiência intelectual. Sendo que esses resultados podem ser cruzados com os dados sobre gênero, cor, faixa etária, escolaridade, ocupação, rendimentos e outros.

É verdade que o IBGE, em seu site, divulga apenas os resultados principais do Censo e o acesso ao, digamos, “núcleo” dos dados é restrito aos pesquisadores com conhecimento técnico na área. Pois para facilitar este processo é que foi desenvolvido o site Perfil Social das Pessoas com Deficiência no Brasil. Trata-se de uma iniciativa do professor Waldir Quadros, do Instituto de Economia da Unicamp e atualmente na Facamp.

De maneira direta, podem ser tabuladas informações e gerados gráficos sobre a condição social e econômica das pessoas com deficiência, pelo tipo de limitação funcional, em cada um dos municípios brasileiros. Espera-se, com isso, que as iniciativas que envolvam este segmento populacional nas mais diferentes áreas, mas sobretudo no campo governamental, possam estar mais bem qualificadas e preparadas para levar cidadania para milhões de pessoas que, historicamente, foram marginalizadas ou apenas amparadas pela caridade privada.

Para acessar o site entre no link abaixo e selecione “Busca Simples” e depois “Censo”:

http://www.perfilsocial.com.br/dologin.php?superacesso=DEFIC-1234

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ambulatório de Deficiências das Casas André Luiz

10565065_10204181467118058_767508263956434290_n

O novo ambulatório está pronto e do jeitinho que a gente sonhou

A inauguração da nova unidade que aconteceu nesta terça-feira, 22, é mais uma grande vitória conquistada pela Direção, junto colaboradores, empresas iluminadas, voluntários, celebridades e principalmente da população que se uniu com o ideal da Casa e a seriedade do trabalho da Instituição para ajudar na construção.

Na solenidade, representantes da Secretaria da Saúde, do Governo do Estado de São Paulo e a Sra. Norma Haddad, hmãe do atual Prefeito de São Paulo, estiveram presentes para prestigiar essa obra que é um grande presente para a Cidade de São Paulo.

O Coral Nosso Lar, que faz parte da Unidade Doutrinária Nosso Lar Casas André Luiz, emocionou a todos com as canções que abriram a cerimônia de inauguração.

Entre centenas de convidados, os pacientes, as grandes estrelas das Casas André Luiz, participaram desse momento em que o sonho se tornou realidade.

 

AMBULATÓRIO DE DEFICIÊNCIAS

A nova Unidade, contará com uma estrutura moderna nas áreas médico-hospitalar, odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. O objetivo das Casas André Luiz é de auxiliar na reabilitação e proporcionar aos pacientes o convívio em seu ambiente sócio familiar.

Terá capacidade de atender 2 mil novos pacientes, triplicando a capacidade atual com a expectativa de realizar 300 mil atendimentos anuais.

 

CAMPANHA EU AJUDO A CONSTRUIR

Lançada em 2010, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção de uma nova unidade e aumentar o número de pacientes atendidos, a campanha durou 4 anos.

Contou com a participação de colaboradores e personalidades como Regina Duarte, Daniel, Leonardo, Paula Fernandes, Peninha, Paulo Ricardo, Túlio Dek, Otávio Mesquitas, Ana Rosa, entre outros que se engajaram na causa e apoiaram a campanha.

 

MADRINHA REGINA DUARTE

Em 2011 a atriz Regina foi escolhida pelos pacientes para ser madrinha do Ambulatório. Regina se entregou pela causa dos deficientes intelectuais e no mesmo ano, comovida com a Campanha da Construção, a atriz foi pessoalmente ao gabinete do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab levar o projeto para que ele conhecesse.

Em 2012 a estrela se engajou na campanha “Doar Faz Bem mas em bom estado faz bem mais” para o Mercatudo, o bazar das Casas André Luiz e, no ano passado, doou figurinos usados em suas novelas e algumas pinturas para um leilão que também arrecadou fundos para o ambulatório.

 

CAMPANHA EU AJUDO A MANTER

Durante o evento de inauguração foi lançada a nova Campanha “Eu ajudo a manter”.

Com a Unidade em funcionamento e a capacidade máxima de atendimento serão necessários R$300.000,00 para a manutenção de todos os atendimentos.

Para se tornar um colaborar basta entrar em contato através do (11) 0800119012

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Cientistas identificam o que pode ser o primeiro marcador biológico do TOC

Publicação: 20/05/2014 13:55 Atualização:

A descoberta de fatores genéticos relacionados a doenças mentais é constante entre os cientistas. Um ramo da pesquisa pode ajudar no diagnóstico de transtornos como depressão e esquizofrenia. Inspirado nele, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, identificaram um marcador ligado ao risco de desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo, o TOC.

Segundo Gerald Nestadt, líder do estudo divulgado na revista Molecular Psychiatry, o único fator de risco já conhecido para o TOC é a questão hereditária. Em busca de influências biológicas, ele e a equipe analisaram cerca de 500 mil marcadores no genoma de 1.065 famílias. “Tivemos resultados que aproximaram alguns marcadores do distúrbio. Um deles, relacionado ao gene PTPRD, foi o que se mostrou mais próximo”, conta.
O gene identificado produz uma proteína vinculada à regulação do crescimento e da diferenciação neuronal. “Deficiências nele estão relacionadas a problemas cognitivos por interferirem na neurotransmissão gabaérgica, que é uma via relacionada a alterações cognitivas em vários transtornos mentais, como o de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a esquizofrenia”, explica Antônio Geraldo da Silva, psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Nestadt afirma que os resultados evidenciam a região genética que deve ser estudada para compreender melhor o transtorno. Segundo ele, o PTPRD já foi analisado em animais e se mostrou eventualmente envolvido no processo de aprendizagem e na memória, traços influenciados em seres humanos diagnosticados com o TOC, que afeta 1,5% da população mundial.

Novas abordagens
Mil quatrocentos e seis voluntários do estudo tinham sido diagnosticados com TOC. Entre os dados apresentados por Nestadt, estão a identificação da prevalência do transtorno em parentes de primeiro grau, sendo que 11,7% dos casos se enquadram nessa classificação. “Além das alterações neuroquímicas do cérebro, existe uma predisposição genética para a doença”, reforça Silva. De acordo com o especialista, por isso, os estudiosos da Universidade Johns Hopkins estudaram também o genoma de familiares dos pacientes.

O psiquiatra brasileiro ressalta ainda que é preciso levar em consideração que, apesar de a pesquisa apontar um provável marcador biológico, não se trata ainda de um resultado definitivo. “Ela indica agrupamentos promissores para futuras pesquisas, mas não pode ser considerada uma associação permanente”, ressalta.

Nestadt reconhece que há mais trabalho a fazer, mas ressalta ter descoberto um caminho para entender o distúrbio e intervir melhor contra ele. “Nós podemos finalmente ser capazes de identificar novas drogas que ajudarão as pessoas com esse transtorno muitas vezes incapacitante. Os medicamentos atuais funcionam em apenas 60% a 70% do tempo”, reforça. Os tratamentos atuais para o TOC envolvem a ingestão de antidepressivos e a terapia comportamental. “O marcador em si ainda não muda esse quadro, mas sugere que estamos no sentido certo para novas descobertas”, aposta.

De acordo com Frederico Dib, do Hospital Universitário de Brasília (HUB), a psiquiatria é o único ramo da medicina que não realiza exames como comprovação de diagnósticos devido à falta de evidências concretas. Nesse contexto, ele considera que o estudo americano é capaz de abrir portas para novas pesquisas que auxiliem no compreendimento de doenças mentais.

Debilitante
As causas e os mecanismos do TOC estão entre os menos entendidos no quadro de doenças mentais. Um dos fatores mais alarmantes do distúrbio é que ele pode ser crônico, com episódios recorrentes e até incapacitantes, sendo classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das condições mentais mais desabilitantes no mundo.

O transtorno é caracterizado pela obsessão e pela compulsão. A primeira se manifesta por meio de pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos, recorrentes e persistentes que causam sofrimento, aflição e ansiedade. “Esses sintomas invadem a mente da pessoa contra a vontade dela. Normalmente, quando isso acontece, há uma necessidade do próprio indivíduo de tentar suprimir essas ocorrências ou tentar neutralizá-las com outro pensamento”, explica Dib.

Já a compulsão se apresenta por meio de comportamentos repetitivos, como lavar as mãos, checar se o gás está desligado e a porta trancada ou por atos mentais — repetir palavras e fazer contas, por exemplo. “Esse sintoma funciona como uma resposta à obsessão ou de acordo com as regras estabelecidas rigidamente pelo paciente. O comportamento é feito com intuito de diminuir o sofrimento ou prevenir algum evento catastrófico.”

Diagnósticos precisos
“A busca por marcadores biológicos para os transtornos mentais é constante na psiquiatria. Achá-los finalmente aproximará o nosso trabalho a outras especialidades médicas. Somos a única área que ainda não conta com exames ou procedimentos que confirmem nossos diagnósticos. Solicitamos exames para descartarmos alguma patologia que possa ter sintomas semelhantes, mas nunca para confirmarmos nossas hipóteses diagnósticas. Marcadores como o sugerido pelo estudo da Universidade Johns Hopkins levariam a um maior entendimento dessas patologias, além de abrirem espaço para diagnósticos cada vez mais claros e precisos, com possibilidade de avançarmos para tratamentos específicos e individualizados”

Frederico Dib, psiquiatra do Hospital Universitário de Brasília (HUB)

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2014/05/20/internas_cienciaesaude,505086/cientistas-identificam-o-que-pode-ser-o-primeiro-marcador-biologico-do-toc.shtml

Servidor que tem filho com deficiência mental tem direito a carga horária menor

Criança sindrome de down [Reprodução]

Uma vez comprovado que o filho de um servidor tem grave deficiência mental, exigindo assistência diuturna, ele faz jus à concessão de horário especial sem necessidade de compensação. O entendimento, pacificado na jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, foi usado para garantir a uma servidora pública federal o direito de ter sua carga horária de trabalho reduzida de 40h para 20h semanais para cuidar de seu filho, portador da síndrome de Down. A decisão foi do desembargador federal Néviton Guedes.


Em primeira instância, o juiz condicionou a alteração do horário à redução proporcional de sua remuneração. Ele embasou a decisão no argumento de que a redução da jornada de trabalho sem a redução da remuneração não tem amparo legal.

Entretanto, ao recorrer ao TRF-1, a servidora afirmou ter comprovado no processo que seu filho, menor de idade, é pessoa com deficiência física e necessita de acompanhamento constante. Essa condição asseguraria o direito a obter redução da jornada laboral sem a redução da remuneração. Ela ampara seu pedido no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e proteção à família.

O Decreto Legislativo 186 aprovou a “Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência”, assinada em 30 de março de 2007 e ratificada pelo Brasil em agosto de 2008. O documento, entre outros pontos, destaca a preocupação com o respeito pelo lar e pela família e, sobretudo, da criança com deficiência, exigindo um padrão de vida e proteção social adequados. Os direitos assegurados pela Convenção passaram a gozar do status de direitos fundamentais, pois o documento equivale a uma emenda constitucional.

O artigo 98 da Lei 8.112/1990 concede horário especial para o servidor com deficiência física sem a necessidade de compensação. Entretanto, quanto ao servidor que tenha filho com deficiência física, a legislação autoriza o horário especial à condição de haver compensação de horário. Assim, o desembargador federal Néviton Guedes ressaltou a necessidade de questionar se a Lei 8.112 ainda é compatível com o que estabelece a Convenção. “Esse regime diferenciado parece não atender ao escopo de diversas normas constitucionais e àquelas veiculadas na Convenção internacional sobre os direitos dos portadores de deficiência, à medida que confere tratamento menos abrangente ao portador de deficiência sob os cuidados do servidor do que ao servidor quando ele próprio é o portador da deficiência. Com isso, estabelece injustificável tratamento preferencial ao adulto com deficiência em relação à criança com deficiência”, afirmou.

O desembargador afirmou que a Lei 7.853/1989 já assegurava à servidora o direito requerido, pois garante a pessoas com deficiência, entre outros direitos, o tratamento prioritário da Administração Pública federal, ao estabelecer que esta mesma Administração conferirá aos assuntos relativos às pessoas com deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração social.

Néviton Guedes entende que a redução de horário mediante compensação remuneratória seria uma resposta ainda mais prejudicial aos interesses da família da criança com deficiência e, certamente, não atenderia constitucional e legalmente aos objetivos traçados, seja na Lei 9.853/1989, seja na Convenção ou na Constituição Federal. “A criança portadora de síndrome de Down necessita de cuidados especializados que lhe permitam desenvolver, ao máximo, suas capacidades físicas e habilidades mentais. Obviamente, esse tratamento tem custo elevado, sendo inviável impor à recorrente redução de seus rendimentos, considerando que tal ônus poderia, até mesmo, inviabilizar a continuidade desse tratamento”, concluiu o desembargador. Ele concedeu à servidora a redução de horário para 20h semanais, sem compensação de horário ou redução remuneratória. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-1.

Processo 513163320134010000
(Revista Consultor Jurídico)

Cientistas fazem apelo à OMS em defesa dos cigarros eletrônicos

Em carta aberta, mais de 50 pesquisadores e profissionais de saúde estão apelando à Organização Mundial de Saúde (OMS) para que “resista à ânsia de controlar e suprimir o uso de cigarros eletrônicos”.

A carta diz que os aparelhos “podem ser uma “inovação significativa para a saúde”.

Mas instituições ligadas à saúde, entre elas a Faculty of Public Health – a Faculdade de Saúde Pública da Grã-Bretanha – dizem que ainda é cedo demais para sabermos se os benefícios da tecnologia superam os possíveis riscos.

A OMS disse que ainda não decidiu que recomendações fazer a governos sobre a questão.

O cigarro eletrônico é uma engenhoca que substitui a combustão do tabaco e de outras substâncias pela queima de nicotina líquida, transformando-a em vapor. O usuário pode escolher o nível de concentração da substância e os ingredientes que quer misturar ao produto.

No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária, Anvisa, proíbe, desde 2009, a venda e importação do cigarro eletrônico. A proibição se baseia na ausência de comprovação científica a respeito da qualidade e dos possíveis efeitos do produto sobre a saúde.

Carta Aberta – A carta foi divulgada em antecipação a importantes negociações internacionais sobre políticas em relação ao tabaco que devem acontecer neste ano.

Grupos favoráveis ao cigarro eletrônico argumentam que o produto oferece uma opção de baixo risco para fumantes. Eles temem que os aparelhos sejam alvo de controle excessivo e que sejam excluídos de campanhas publicitárias.

Na Grã-Bretanha, houve grande crescimento no mercado de cigarros eletrônicos, mas autoridades de saúde no país dizem que eles não são isentos de riscos.

Um relatório encomendado recentemente pela Saúde Pública da Inglaterra disse que cigarros eletrônicos requerem “monitoramento cuidadoso e controle de riscos” para que seus benefícios sejam maximizados.

A carta foi assinada por 53 pesquisadores – entre eles, especialistas em políticas de saúde pública e especialistas como Robert West.

West publicou um estudo na semana passada que concluiu que cigarros eletrônicos têm mais probabilidades de ajudar uma pessoa a abandonar o fumo do que alguns métodos convencionais.

Outros especialistas que assinam a carta trabalham em pesquisas sobre a ciência do tabaco e a supressão do hábito de fumar.

‘Efeito perverso’ – A carta diz: “Estes produtos podem estar entre as mais significativas inovações para a saúde do século 21 – salvando, talvez, milhões de vidas”.

“Se os reguladores tratarem produtos de nicotina de baixo risco da mesma forma como tratam produtos de nicotina tradicionais (…) estarão, erroneamente, definindo esses produtos como parte do problema”.

“Os reguladores deveriam evitar dar apoio a medidas que poderiam ter o efeito perverso de prolongar o consumo de cigarros”.

“A classificação desses produtos como tabaco nos preocupa bastante e pode trazer mais danos do que benefícios”.

“O potencial de produtos que diminuem os efeitos danosos do tabaco na redução do do fardo de doenças associadas ao fumo é muito grande”.

Os envolvidos na elaboração da carta citam um documento interno da OMS que se refere a cigarros eletrônicos como uma “ameaça (…) que pode resultar em uma nova onda da epidemia de tabaco”.

O tratado da OMS para o controle do tabaco cobre atualmente 178 países e 90% da população.

Cigarros eletrônicos são movidos a bateria e tentam imitar a experiência do fumar convencional. Os usuários inalam vapor de um líquido aquecido que contém uma concentração de nicotina.

West, professor da University College London, em Londres, disse à BBC que esses produtos deveriam ser “regulamentados de maneira apropriada” e explicou que são muito mais seguros do que os cigarros convencionais.

Ele pediu “regulamentação sob medida”, o que incluiria proibição de venda para menores de 18 anos e publicidade direcionada para os que já são fumantes.

Críticos – Um porta-voz da OMS disse que a organização “está trabalhando atualmente nas recomendações sobre regulamentação e marketing de cigarros eletrônicos”.

“Também estamos trabalhando com órgãos nacionais de regulamentação para considerar as opções regulatórias e com especialistas em toxicologia para compreendermos melhor o possível impacto dos cigarros eletrônicos e aparelhos similares sobre a saúde”.

A British Medical Association (Associação Médica Britânica, BMA, na sigla em inglês) pediu que os aparelhos sejam melhor regulamentados na Grã-Bretanha.

A diretora da entidade, Vivienne Nathanson, disse à BBC que há evidências de que crianças que nunca fumaram estão começando a usar cigarros eletrônicos, influenciadas por campanhas de marketing.

“Como os cigarros na década de 50 e 60, realmente precisamos ficar atentos a isso e, eu acredito, proibir (a propaganda) para impedir que sejam anunciados de uma forma que atraia as crianças”, ela acrescentou.

Outro especialista, o professor Martin McKee da London School of Hygiene and Tropical Medicine, disse que seria “prematuro” advogar o uso de cigarros eletrônicos até que sua segurança tenha sido estabelecida. (Fonte: Terra)

Pesquisa da Unicamp obtém pó que vira osso, para substituir implantes

O engenheiro mecânico e pesquisador da Unicamp Hugo Cardoso desenvolveu um material puro que poderá ser usado em próteses e substituir as ligas de aço nos implantes de face e pescoço. A tese de doutorado, defendida em fevereiro, comprovou que a substância, em pó e diluída em um líquido específico, é 100% adaptável ao corpo e se transforma em osso, além de ser mais leve que os materiais tradicionais, como o titânio. Agora, a segunda fase da pesquisa busca produzir próteses personalizadas em três dimensões.

O material utilizado pelo pesquisador de 27 anos foi o alfa-fosfato tricálcico, composto de fosfato e cálcio que já tinha sido obtido por outros estudiosos, mas sem a pureza necessária para não ser rejeitado pelo organismo. “Não tinha consenso sobre a pureza do material, sempre havia algum contaminante que impedia que o composto chegasse a 100% do rendimento”, explica Cardoso.

“Já se sabia que esse material se converte em osso, o que não tinha era ele puro, que foi o que consegui”, comentou o pesquisador. Ele explica que estudou as variáveis que influenciam sobre o composto e, a partir da análise, eliminou os fatores que impediam a pureza. “Com base nas variáveis de tempo, temperatura do forno e formas de resfriamento, obtive a pureza do material”.

Segundo Cardoso, o invento é destinado a implantes nas regiões da cabeça e pescoço, já que a resistência do composto é baixa para ser utilizada no quadril ou joelho, por exemplo. “O peso de todo o corpo recaí sobre o joelho, por exemplo, e isso danificaria o implante”. Ele apresentou a tese junto à Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp e, por sete meses, conduziu a pesquisa no Instituto de Cerâmica e Vidro de Madri, na Espanha.

Vantagens sobre as ligas de aço – Cardoso explica que o alfa-fosfato tricálcico, se utilizado para implantes, não precisará ser removido, já que é incorporado pelo osso. “Quando o implante é feito com titânio, por exemplo, em 15 anos a próteses tem de ser trocada e, normalmente, a segunda cirurgia é mais complicada”. Além disso, o peso do composto é comparável ao dos ossos, enquanto que as ligas metálicas são mais pesadas e os pacientes podem ter dificuldades na adaptação.

Outro ponto apontado pelo pesquisador é que a substância pode ser produzida em tamanhos reduzidos e dimensões exatas. As ligas de aço, ele explica, são difíceis de serem limadas para modelação. “Prótese de titânio, por exemplo, são modeladas com mais dificuldade, e isso é uma vantagem do meu material”, argumenta.

Comercialização – O cirurgião plástico e vice-presidente do Hospital Sobrapar, Cassio Eduardo Raposo do Amaral, explicou que o cimento ósseo desenvolvido pelo engenheiro precisa ser testado em animais de laboratório antes de ser inserido em humanos de forma segura.

Hugo Cardoso ressalta, ainda, que uma empresa precisa mostrar interesse na comercialização para que o produto seja inserido no mercado. “O que falta é isso, uma empresa que tenha a intenção em produzir”. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem averiguações e testes específicos para que aceitar o composto.

Ainda de acordo com o pesquisador, a segunda fase das pesquisas, que tem como objetivo conseguir produzir as próteses personalizadas, serão desenvolvidas por outros estudiosos. “Estou trabalhando em uma empresa do ramo e, infelizmente, não terei como desenvolver a pesquisa, mas irei orientar durante um tempo e já há uma equipe para assumir”. (Fonte: G1)

Após passagem pela cadeia, ex-Twister lança carreira solo e dá aula para crianças autistas

Sander Mecca foi uma criança prodígio. Cresceu cantando na televisão e tornou-se famoso com a boy band Twister. Hoje, aos 31 anos, após passar uma temporada na cadeia, por tráfico de drogas, ele aposta em uma carreira solo.

De quarta-feira (28) a 4 de junho, ele faz uma temporada no Tom Jazz, em São Paulo, com o show O Lado A da Canção, em que interpreta músicas de compositores como Edu Lobo, Chico Buarque, Tim Maia, Ismael Silva, Francisco Alves, Zé Rodrix, Sá e Guarabira, entre outros.

O músico também vem fazendo um trabalho voluntário com crianças autistas. "Foi uma das melhores e mais gratificantes ações no qual me envolvi. Já estou há uns dois meses fazendo um trabalho que me surpreende e ilumina à cada aula que passa. Estou encantado realmente... É um trabalho muito especial, diferente, ousado, e tenho aprendido muito com eles. Já estou com três alunos, estou amando", afirma.

No show, Sander se apresenta com Peo Fiorin, Márcio Guimarães, Fábio "Sá" Sameshimae Júnior Gaz. Leia a conversa dele com o Virgula em que ele falou de boy bands, como a temporada impactou a sua música e que prepara um crowdfunding para lançar seu primeiro álbum solo.

Quando você ouve uma boy band hoje em dia e a música que faz sucesso, pensa que a música pop retrodeceu ou melhorou dos anos 2000 para cá?

Acho que retrocedeu. O conteúdo das letras é próximo ao zero, poesia nunca existiu. Porém, atualmente, além do conteúdo e poesia "nulos", as letras são na sua grande maioria, agressivas, machistas, apelativas. E pior: colocam a imagem da mulher na sociedade como objeto de satisfação, contribuindo para o retrocesso total do pensamento humano. Voltando à era do fogo.

O que de positivo você tirou do tempo do Twister?

Minha experiência com o Twister foi fundamental!  Me sinto muito iluminado por essa chance,  afinal de contas. Acredito que são ínfimos os adolescentes como eu, que aos 17 anos tiveram oportunidades como eu tive. Participar do mainstream pra valer, com tudo que se tem direito,  tour por todo o Brasil,  México e Estados Unidos.  Tudo isso me trouxe um intenso aprendizado e muito "tempo de jogo".

De que maneira a experiência que teve na prisão impactou a sua música?

Minha experiência na prisão impactou minha vida por completo,  em todos aspectos. Ao mudar meu modo de ver e viver o mundo, automaticamente influenciou minha música e forma de interpretar. Intensidade e maturidade.

Como foi que você começou a trabalhar com crianças autistas. O que isso representa para você e como começou?

Esse trabalho que comecei de musicalização com autistas, nasceu através de uma oficina de teatro que trabalha com musicais, voltados para projetos sociais, lá existem turmas de portadores de down, autistas, cadeirantes e deficientes físicos, projeto maturidade, deficientes visuais e auditivos.
Lá eu sou um dos cantores da banda responsável pela trilha sonora de todas as peças e projetos. A partir deste eventos, me aproximei de dois irmãos gêmeos autistas, que se mostraram fãs do meu trabalho. Um dia conversávamos eu os garotos de 19 anos e seus pais, muito queridos por sinal, toda a família, e surgiu esse assunto. Perguntaram se eu dava aulas de música, canto, guitarra, violão.
Eu disse que sim, mas com alunos autistas nunca havia trabalhado, e aceitei o desafio de imediato. Foi uma das melhores e mais gratificantes ações no qual me envolvi.  Já estou há uns dois meses fazendo um trabalho que me surpreende e ilumina à cada aula que passa. Estou encantado realmente... É um trabalho muito especial, diferente, ousado, e tenho aprendido muito com eles. Já estou com três alunos, estou amando!

Você tem músicas e planos para lançar um trabalho autoral?

Eu componho, mas enxergo isso de forma muito pessoal, quase um exercício poético e musical. Prefiro assumir a posição de intérprete. Estou com um projeto, já em andamento, de gravar um disco de composições inéditas de parceiros compositores que escrevem belas canções que me identifico a ponto de me "apropriar" através da minha interpretação.
Vou lançar nas próximas semana uma campanha de crownfunding no Kickante a fim de viabilizar a produção deste trabalho. Hoje, o artista precisa ser também o seu agente, empresário, correr atrás, literalmente. Este é o meu momento.

http://virgula.uol.com.br/musica/apos-passagem-pela-cadeia-ex-twister-lanca-carreira-solo-e-da-aula-para-criancas-autistas

MTE realiza "Dia D" para inclusão de deficientes e reabilitados do INSS.

O Ministério do Trabalho e Emprego realiza nos próximos dias 29 e 30 em todo o país o “Dia D” de Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência e dos Beneficiários Reabilitados do INSS. A iniciativa tem a participação das Superintendências Regionais do Trabalho, do Sine e dos vários parceiros nos estados e municípios com o objetivo impulsionar a inclusão social e profissional das pessoas com deficiência.

A intenção é reunir num mesmo espaço empresas e trabalhadores candidatos a uma oportunidade de emprego, promovendo, neste dia, a articulação de parceiros, tanto em nível federal quanto local com a finalidade de ofertar oportunidades de trabalho ao público com alguma deficiência ou o cidadão que tenha cumprido o Programa de Reabilitação Profissional pelo Instituto Nacional de Seguro Social – INSS.

Na Agenda do Trabalho Decente e no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, o MTE tem como um dos seus principais eixos de atuação a promoção da inclusão e da igualdade, desenvolvendo ações de qualificação e conscientização das empresas para a inserção público PcD no mercado trabalho.

Dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram que a população do Brasil é composta por 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que corresponde a quase 24% do total da população brasileira. De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS 2012, 330 mil estão no mercado formal de trabalho, o que corresponde a 0,70% do total de vínculos empregatícios.
Para dar visibilidade a esta significativa parcela da população, o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, por meio de suas Superintendências Regionais – SRTE, em parceria com os executores locais do Sistema Nacional de Emprego – SINE, promovem um dia especial dedicado à Inclusão Social e Profissional das Pessoas com deficiência e dos beneficiários reabilitados do INSS.
A idéia partiu da experiência realizada em dois estados, Mato Grosso, em 2012, e replicada pelo Estado da Bahia em 2013, que apresentou excelentes resultados, em especial na mobilização e conscientização de atores locais. Com o sucesso da mobilização, o Ministério do Trabalho decidiu expandir a proposta a todos os executores do SINE no país com o “Dia D” ocorrendo em diversos postos de atendimento do Sine nas cinco regiões do país.
A principal estratégia do “Dia D” é dedicar um dia inteiro de atendimento para a inclusão da pessoa com deficiência (PcD) e do beneficiário reabilitado no mercado formal de trabalho, reunindo no mesmo espaço as empresas que vão disponibilizar vagas e  os trabalhadores candidatos a uma oportunidade de emprego.

“Somente com a articulação dos diversos órgãos, instituições e atores locais, se consegue a mobilização de pessoas e de esforços necessários à consecução do objetivo que, além da inclusão no mercado de trabalho, é também a conscientização e inclusão social”, avaliou o secretário de Políticas Públicas do MTE, Silvani Pereira.

Estão envolvidos no “Dia D”, além do MTE, Sine e secretarias de Trabalho, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS/MPS, Ministério das Cidades - MCidades, Ministério da Educação - MEC e Secretaria de Direitos Humanos – SDH.

Lei de Cotas

A inclusão das pessoas com deficiência já é realizada em várias unidades do SINE, entretanto, apesar de toda a sensibilização junto às empresas, ainda se observa uma grande resistência e preconceito em empregar essa mão de obra.

A Lei Federal nº 8.213/91 (Lei de Cotas) obriga as empresas com mais de 100 funcionários a incluírem pessoas com deficiência (PcD) ou beneficiário reabilitado no seu quadro de efetivos e o MTE atua para que essa contratação se dê da melhor maneira possível, incentivando e cobrando das empresas sua responsabilidade legal e social, de modo a proporcionar às pessoas com deficiência e aos beneficiários reabilitados o acesso a uma vaga no mercado de trabalho em igualdade de oportunidades.

Fonte: Ministério Público do Trabalho, 28.05.2014

http://www.granadeiro.adv.br/template/template_clipping.php?Id=13723

terça-feira, 20 de maio de 2014

Inclusão de pessoas com deficiência no mercado é discutida em Petrolina

20/05/2014 14h16 - Atualizado em 20/05/2014 14h17

 

Cidade representa 15% das vagas de todo o estado de Pernambuco.
Evento acontece no dia 29 de maio, das 9h às 11h30.

O 'Dia Nacional de Inclusão da Pessoa Com Deficiência ',comemorado no dia 29 de maio, terá uma programação diferente em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Na data, será organizado um evento para discutir o acesso destas pessoas aos empregos que são oferecidos na cidade, que representa uma índice positivo em relação ao estado.

No evento, pessoas com deficiência da região que conseguiram seu espaço no mercado de trabalho relatarão as dificuldades enfrentadas e suas conquistas. Também participarão os empresários que contrataram estes profissionais.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, Petrolina é a cidade pernambucana que mais emprega pessoas com deficiência e reabilitados. Em um levantamento feito pelo órgão, de janeiro a outubro de 2013, mais de 1,3 mil pessoas com deficiência estavam inseridas no meio profissional em Pernambuco. Petrolina e região empregou 187 pessoas, o que representa quase 15% de todo o estado.

“Queremos discutir as possibilidades de inclusão e de qualificação profissional para essas pessoas. O município tem cerca de 40 mil pessoas com deficiência, mas apenas mil estão aptas ao trabalho”, afirma a secretária-executiva de acessibilidade, Rosemary Andrade.

“A falta de qualificação é o maior problema, mas existe outro desafio que é conscientizar essas pessoas e suas famílias que elas podem se capacitar e buscar uma vaga de emprego. Muitos deles têm medo dos desafios da profissão, por isso acabam se acomodando”, ressaltou.

A Agência do Trabalho divulgou na última segunda-feira (19) as vagas disponíveis. Para as pessoas com deficiência, foram oferecidas 41 vagas para as funções de encanador, eletricista, oficial de serviços gerais na manutenção de edificações, pedreiro, pintor de alvenaria, recepcionista atendente, servente de obras. Semanalmente, há oferta de vagas exclusiva para deficientes na Agência do Trabalho do município.

Serviço
Local: Auditório da Justiça Federal, localizado na Praça Santos Dumont, nº 101, no centro da cidade.
Horário: 9h às 11h30

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Movimento EU ME AMO

Amigos recebi este email e gostaria de compartilhar com vocês, quem puder por favor compartilhe!!

unnamed

Movimento ajuda mulheres a recuperar a autoestima

Maquiadora cria página específica na rede social Facebook para ajudar mulheres que passaram pela quimioterapia a sentirem-se novamente belas. O que iniciou com uma fanpage, começa a tomar forma e proporção de um movimento nacional em prol da saúde e da paz interior

A vida é feita de surpresas. Boas e boas... Pensar positivo diante de uma situação aflitiva pode ajudar na cura. Pensar negativo não ajuda em nada, então o caminho é pensar positivo e acreditar que a ‘beleza cura’. Essa é a filosofia adotada pela maquiadora Cice Hiromi Dalla Ru, 36 anos, que começou 2014 com a confirmação de um câncer no seio esquerdo.

Como tudo começou

Cice trabalhava e estudava em Bauru, até que uma oportunidade de emprego, há muito sonhada, surgiu na capital. Deixando a vida monótona do interior para trás, ela seguiu, buscando o futuro de sonhos.

Tudo começou bem, mas a pressão da capital e o perfil do novo emprego, aliado à faculdade de jornalismo, recém começada, trouxeram peso demais para uma alma tão sensível. Em alguns meses de trabalho, Cice começou a sentir um stress se instalando, o que resultou em uma depressão. Sozinha e sem alternativa para conciliar o tratamento da enfermidade com o trabalho e os estudos, ela decidiu voltar para Bauru. O objetivo era recuperar a saúde.

Chegando aqui, Cice percebeu que a depressão havia se agravado e os amigos, sentindo a tristeza da moça, começaram a contribuir para aliviar seu sentimento tão abatido. Uma dessas contribuições, caídas do céu, foi um presente de um amigo: a matrícula no curso de maquiagem no SENAC. Até então, Cice não havia experimentado as alegrias da produção cosmética: ela nem usava batom. Abraçando a oportunidade com unhas e dentes, a estudante passou a frequentar o curso e, aos poucos, foi sentindo uma motivação surgir em seu interior.

Em pouco tempo, a maquiagem foi tomando conta de sua vida e a depressão começou a ir embora. Em meio às cores e sombras, a variedade de batons e esmaltes, Cice percebeu que podia iniciar uma vida nova, partindo dessa profissão tão generosa com as mulheres. Prestes a ser formar, um curioso convite chegou até ela: “O que acha de ser uma voluntária no Dia da Autoestima?”.

A pergunta veio da organizadora do evento, Luciana Gonçalves, incentivada por um amigo em comum, Julio Kosaka que insistiu em apresentar Cice para contribuir com o evento, que aconteceu em novembro de 2.013, no Nipo Clube de Bauru. A primeira reunião entre as duas se deu na casa de Luciana que, sem saber a história de Cice, revelou o quanto acreditava no poder da maquilagem para restaurar a autoestima perdida das mulheres. Animada com a proposta, Cice se envolveu completamente no evento, realizando no dia do acontecimento, mais de 80 maquilagens, junto com duas amigas, também formandas do curso.

O sucesso foi tão grande que, motivada pelo resultado estampado na face de tantas mulheres felizes com a própria beleza, Cice revelou: - Quero fazer um projeto social com a maquilagem que eu amo. Nesse dia, ela tinha planos superiores, mas nem sequer imaginava que, dois meses após, receberia um diagnóstico estarrecedor. O destino havia lhe preparado uma prova de fogo: Cice estava com câncer de mama.

Após a descoberta, veio o susto, a choradeira que, segundo ela, durou apenas 3 dias. Como uma reação do coração, a resposta do corpo de Cice veio sob o formato de uma ideia: - “E se eu transformar o meu dom de maquilar em dom de superação para mulheres que, como eu, perderam cabelos, sobrancelhas e cílios?”

No dia em que começou a perder os cabelos, Cice saiu as ruas disposta a raspar a cabeça e colocar um lencinho. Foi nesse dia que os cabeleireiros Sebastião e Luzia entraram em cena e aplicaram uma peruca bem estilosa na maquiadora. Linda e reinventada, ela começou, então, a fazer vídeos de auto maquiagem para mulheres com câncer. Dentro do próprio guarda roupa, ela fazia maquiagem, passo a passo, explicando as “carequinhas” (como ela chama suas colegas de tratamento) como fazer para produzir efeitos saudáveis no rosto adoecido ou combalido pelo tratamento. Os vídeos, postados no youtube, foram a porta de entrada para o movimento EUMEAMO.

Cice e jornalO movimento EuMeAmo

Diante da dificuldade, Cice se alimentou de energias positivas e criou uma Fanpage “Eumeamo”. A autoestima cura e ajuda as mulheres com autoestima baixa a se embelezar e enfrentar a doença de cabeça erguida.

O movimento tem dois meses e conta com mais de 600 seguidores do Brasil, do Japão e de toda a América Latina. O sucesso da página na rede social é fácil de entender, segundo a sua criadora. Depois da quimioterapia o doente não tem vontade de ver e nem de fazer muitas coisas, se sente sugado fisicamente. Nesses momentos difíceis o computador ou mesmo o celular pode ser um bom aliado. O acesso à página pode ser um conforto, um apoio, uma força a mais.

A fanpage traz de maneira objetiva e positiva, todos os passos enfrentados pela maquiadora na busca da cura. Em foto quase diária, Cice mostra como é possível enfrentar os momentos mais difíceis, como o pós químio, compartilhando mensagens, fotos e filosofias. “Procuro mostrar de forma mais amena como foi ficar careca,” diz.

Um aliado no exercício diário de lutar, Cice adotou o livro “O Código Divino da Vida” de Kazuo Murakami, um dos profissionais que participaram do projeto genoma. E ela explica por-que? “Ele é um médico japonês que está estudando o código genético de cada ser humano. A forma como o pensamento positivo influi sobre cada célula sobre cada gene do seu corpo é uma das abordagens.”

No estudo de Murakami, segundo a maquiadora, cada célula tem uma mente. “Que temos que direcionar o nosso pensamento a essa mente das células. Temos que jogar informações positivas. Agradecer essas células por desempenharem o papel que lhes foi atribuído na mama. Assim, de acordo com a tese, a células vão trabalhar o que tem que ser trabalhado na mama e a favor do corpo. Estou agradecendo essas células. Acredito que isso vai ajudar muitas mulheres, por isso tem que ser divulgado,” diz Cice.

Nisso, a maquiadora tem razão. Dados do Instituto do Câncer de São Paulo apontam que 52% dos pacientes do Icesp são do sexo feminino. Dessas mulheres, 28% têm diagnóstico de câncer de mama e aproximadamente 22% apresentam tumores em órgãos digestivos. A neoplasia da mama continua sendo a principal vilã dentro e fora do instituto. No Brasil, segundo o Inca, corresponde a 22% dos novos casos de tumores por ano. No Icesp, o grupo de mastologia realiza mais de 1,2 mil atendimentos por mês, entre consultas médicas e cirurgias.

Chorar só por três dias, relembra Cice

Cice Hiromi quando teve que cortar o cabelo para químio Foi durante o banho que Cice Hiromi Ru percebeu o nódulo na mama esquerda, em novembro de 2013. Em janeiro veio a confirmação seguida de três dias de choro. “Foi muito difícil receber a notícia no câncer. Eu estava com minha mãe no consultório. Chegando a casa corri para o meu quarto e chorei, desabei. Minha mãe entrou no quarto e disse que era para eu chorar, mas que iríamos sair juntas da situação. No terceiro dia decidimos sentar e traçar metas,” lembra.

Mãe e filha resolveram ajudar as pessoas que passam pelo mesmo problema. “Ela disse chorar é comum entre aqueles que recebem essa notícia. Vamos fazer diferente. Temos de acreditar, ver o lado positivo. Comentei com uma amiga e com ela decidimos iniciar o movimento, a Fanpage.”

Cice e sua mãe decidiram tentar levantar a autoestima das mulheres também na sala de espera da quimioterapia. “O clima é pesado. A psicóloga entra na sala conosco e conversa com todos aqueles que vão receber o tratamento. Eu e minha mãe fizemos cerca de 40 origamis de Tsuru com mensagens de saúde e entregamos. Nem todos estão a fim de receber a mensagem, estão muito para baixo. Nós fazemos a nossa parte. Na última vez entreguei cartões para acessarem a Fanpage.”

A página tem conseguido dar apoio a muita gente. Há casos que a pessoa se fecha para os familiares e amigos e consegue desabafar no inbox (caixa de mensagem privada do Facebook). “Recebo muitas mensagens deste tipo. A pessoa confessa suas dificuldades, seu drama. É muito bacana poder ajudar, especialmente quem não pode contar com a família. No meu caso conto com esse apoio total.” A maquiadora pretende, mesmo depois de superar a doença, continuar com o Fanpage. “Estou lutando em várias vertentes para chegar à cura. Depois de ficar bem, vou continuar ajudando as pessoas que forem surpreendidas com a doença.”

Cice Hiromi Dalla Ru 1Cabelo é a moldura do rosto

Cabeleireiro há 50 anos o salão Sebastião & Luzia fazem a tarefa de casa quando o assunto é peruca. Prestam assistências, recebem doação e encaminham à Associação Bauruense de Combate ao Câncer.

“Eu recebo cabelo de alguns salões de Bauru e região. Mando fazer as perucas e doo para a associação. Qualquer tipo de cabelo pode ser doado. A pessoa recebe na hora uma peruca para doar para a associação. O cabelo é uma moldura do rosto. A mulher quando perde o cabelo perde um pouco da sensibilidade dela.”

O cabeleireiro lembra que atendeu recentemente uma mulher que ficou três meses fechada no quarto quando começou a cair o cabelo. “Ela veio aqui e não quis se ver careca. Raspei a cabeça dela e coloquei uma peruca. Ela saiu daqui outra pessoa. A peruca da uma esperança de vida para a mulher que enfrenta a quimioterapia.”

Entusiasmado com a possibilidade de ajudar, o cabeleireiro lança uma ideia. “Tem muita gente que quer doar o cabelo e não sabe como. A associação pode receber o cabelo e me encaminhar que eu mando confeccionar a peruca para serem doadas ou emprestadas. Depois quando a pessoa se cura, leva de volta para que outra pessoa possa ser beneficiada. Mensalmente lavamos e arrumamos uma média de 10 perucas encaminhadas pela associação. “Eu faço esse trabalho com o coração.”

Cice Hiromi Dalla Ru 2Fiquei careca

O primeiro mês do ano estava no fim quando Cice Hiromi Ru enfrentou a 1ª aplicação de quimioterapia. “Eu estava em meu quarto com o cabelo amarrado quando o elástico afrouxou e eu fui amarar o cabelo novamente. Nesse momento eu puxei o cabelo e um punhado deles ficou em minha mão. Foi horrível. Caiu a ficha nessa hora. O médico tinha me avisado, mas foi uma sensação muito estranha. De repente perder o cabelo e as sobrancelhas. Consegui relembra da meta... vou ajudar outras pessoas que estão passando por isso.”

A mãe da maquiadora entrou no quarto e juntas elas decidiram que Cice iria raspar a cabeça. “Minha mãe me falou: os cabelos estão indo embora e com ele tudo o que há de ruim. Eles nascem de novo. Fui procurar o Sebastião& Luzia no dia seguinte.” No salão do casal cabeleireiro uma surpresa. “Ele raspou meu cabelo e me ofereceu duas perucas. O meu cabelo vai virar uma peruca para alguém que como eu está em tratamento com quimioterapia. Não deu tempo de ficar triste, logo me vi com outro cabelo. A peruca me dá segurança. Com o lenço ou chapéu as pessoas nos olham diferente.”

Um novo rosto

A maquiagem é um recurso que disfarça imperfeições do rosto e um item que pode ajudar as mulheres a aumentar a autoestima. Se sentir bonita é tudo o que elas querem. Pensando nisso, a maquiadora resolveu usar suas habilidades para ajudar as pessoas que como ela atravessam momentos difíceis fisicamente.

“Eu vi um vídeo francês e me inspirei. Lá, eles levam os pacientes de câncer para um dia em que aprendem a cuidar da maquiagem e do cabelo. É emocionante, mostra a reação das pessoas no momento que elas se vêem maquiadas e com cabelo produzido. Conversando com uma amiga, percebemos que isso estava diretamente ligado a autoestima e a cura. Estando com o seu emocional saudável, você consegue fazer com que as células ruins trabalhem no sentido da cura.”

Cice decidiu postar um vídeo orientando as pessoas a usarem a maquiagem a seu favor. “Isso incentiva as pessoas a adotarem uma postura em relação ao câncer. Se não fazemos nada para se sentir melhor, vamos entrar no negativo.”

Os contatos da Cice:

https://www.facebook.com/movimentoeumeamo

https://www.facebook.com/cicehiromimakeup

FIU oferece ajuda a crianças com déficit de atenção

A Florida Internacional University (FIU) irá oferecer, durante as férias de verão, tratamento para crianças que sofrem de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA). O tratamento será realizado pelo Centro de Crianças e Famílias da universidade e inclui atividades em sala de aula e esportivas que têm o objetivo de ajudar no processo de inserção de crianças com esse comportamento. As inscrições estão abertas e o programa será realizado entre os dias 16 de junho e 8 de agosto. A expectativa é atender 200 crianças.


“O Programa de Tratamento de verão é importante não só para melhorar os sintomas de DDA e os fundamentos de esportes, como basquete e futebol, mas também para fomentar a confiança das crianças, a proficiência motora e do seu funcionamento social e esportivo adequado”, disse William E. Pelham, Jr., diretor da FIU.


Até agora 625 crianças já foram tratadas nesse programa de verão que foi reconhecido pela Associação Americana de Crianças e Adultos com DDA como um programa modelo. Para mais informações sobre o Programa de Tratamento de Verão 2014, ligar para (305) 348-0477.

FONTE

Inquérito do MP apura dificuldade do deficiente físico em obter a CNH

Apenas uma autoescola de Manaus conta com carro adaptado para atender motoristas especiais

Carro adaptado para deficientes possuem equipamentos que contam com comandos manuais, que exercem as mesmas funções dos pedais de um veículo convencional: freio, embreagem e acelerador

Manaus - O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) abriu inquérito civil para investigar a dificuldade dos portadores de necessidades especiais em obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo a Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), somente 10% das autoescolas de Manaus disponibilizam carros adaptados.

Conforme a publicação no Diário Oficial do MP-AM, a investigação partiu das denúncias de portadores de necessidades especiais sobre a dificuldade em conseguir obter a CNH junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM). A 59ª Promotoria Especializada na Defesa dos Direitos do Cidadão (Prodedic), informou que o inquérito civil está em fase inicial.

Segundo o presidente da Adefa, Isaac Benayon, o portador de deficiência física tem o direito à acessibilidade assegurado pela Lei 5296 de 2004.

A habilitação especial qualifica os condutores com paraplegia (paralisia de ambos os membros inferiores e, geralmente, da região dorsal inferior), paraparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo dos membros inferiores que não perderam inteiramente a sensibilidade e o movimento), monoplegia (paralisia de um só membro ou grupo muscular), monoparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de um só membro que não perdeu inteiramente a sensibilidade e o movimento), triplegia (paralisia de três membros), tetraparesia (paralisia parcial dos quatro membros), triparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de três membros que não perderam inteiramente a sensibilidade e o movimento), hemiplegia (paralisia de uma parte do corpo; exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho da função), hemiparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de um dos lados do corpo que não perdeu inteiramente a sensibilidade e o movimento), amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita adquirida e câncer de mama (nos casos comprovados por médicos que a pessoa perdeu a força nos membros).

Benayon afirmou que o portador de deficiência física cumpre o trâmite normal para obtenção da CNH, com o diferencial de fazer as aulas de direção no carro especial, e ser examinado por um médico que atesta a extensão da deficiência e desenvoltura do candidato. “Em Manaus, falta o Poder Público cobrar que as autoescolas cumpram a lei e disponibilizem os carros adaptados”, reclamou”.

O presidente informou que o custo para fazer a adaptação em um carro hidramático gira em torno de R$ 1000, e nos modelos de câmbio manual é R$ 1200. “O processo é bem simples, o que falta é interesse. Essa questão não deve ser avaliado pelo tamanho da demanda, e sim pela garantia de um direito civil”.

Estacionamento

Além da dificuldade em conseguir a CNH, os portadores de deficiência física precisam disputar as vagas de estacionamento reservadas para deficientes físicos com condutores infratores. “O entrave está na falta de conscientização de muitos seres humanos”, disse Benayon.

O diretor do Detran, Leonel Feitoza, informou que o órgão está comprando seis carros adaptados para o treinamento dos portadores de necessidades especiais, que devem ser disponibilizados no segundo semestre deste ano. “Como os carros serão do Detran, as auto-escolas serão obrigadas a cobrar mais barato dos portadores de necessidades especiais”.

Conheça Caio Stinchi e a maior lição que Lance lhe ensinou

"Filho" de brasileiros, o dachshund Super Lance é um herói em Miami com direito a mural em sua homenagem no Miami Children's Hospital. Mas a história desse cãozinho tinha tudo para ser bem diferente: de uma hora para outra, aos quatro anos de idade, ele ficou paraplégico. Um dia, simplesmente acordou e não conseguiu mais andar. Chegou até a passar por uma cirurgia, mas jamais recuperou a mobilidade nas patas traseiras.

Só que hoje, com o apoio dos donos Caio Stinchi e Claudia Machado, o "salsicha" Super Lance se tornou um exemplo de superação e sucesso para muita gente. Sensibilizados pela paralisia repentina de Lance - a quem consideram um filho -, Caio e Claudia logo lhe providenciaram uma "cadeira de rodas" adaptada, o que permitiu ao cachorro voltar a se locomover e também a se tornar um animal para ser aproveitado em terapias.

Assim, durante quatro anos, Lance passou a visitar semanalmente diversos hospitais do Sul da Flórida, como o Miami Children's Hospital, para levar alegria a crianças internadas. "Para nós foi uma lição que não tem preço", diz Caio.

Hoje, com 10 anos e praticamente aposentado, Lance ainda participa de alguns eventos, como o programa anual Ventilation Assisted Children's Center (VAAC), que recebe crianças com problemas respiratórios e pulmonares do mundo inteiro para uma semana de diversão e passeios em Miami. Há poucos dias, em um parque que recebeu o evento, a presença de Lance causou euforia e admiração entre as crianças.

Ali, a ideia de ter um cachorro como Lance parecia povoar os sonhos do menino Joshua Flores, de 11 anos, que há sete participa do VAAC. Portador da Síndrome de Pfeiffer, Joshua passou bons minutos brincando com Lance, que impressiona pela desenvoltura e calma na interação com as crianças, aparentando estar cumprindo uma missão, um dever de sua honra canina.  "Trazer o Joshua aqui sempre torna o seu dia mais feliz", disse a mãe do garoto, Maria Flores. "Ele adora vir e toda vez sai querendo adotar um cachorrinho".

Como tudo começou - Lance foi um presente do piloto Tony Kanaan, em 2004, de quem Caio administrou a carreira durante seis anos. Apesar de apaixonado por automobilismo desde criança, quando frequentava com o pai o autódromo de Interlagos, o esporte -- como profissão -- só entrou na vida de Caio em 2001.

Até então, ele tinha uma carreira empresarial de sucesso no Brasil e nunca tinha pensado em morar fora. Até que um dia, em 2000, durante uma visita à empresa que fornecia seus produtos, uma telefonista atendeu um cliente em inglês. "Pensei: essa mulher, que não tinha tido 10 % das oportunidades que eu tive, respondeu em inglês.

Estou com 34 anos, tive todo acesso do mundo para aprender e não fiz'". Foi o suficiente. Naquele momento, Caio percebeu que o avanço da sua carreira dependia do idioma. Arrumou as malas e se mudou para Miami para ficar apenas alguns meses. "Não queria morrer sem falar inglês", conta. Mas nunca mais voltou ao Brasil.

De lá para cá foram muitas conquistas na sua vida profissional e pessoal. Em Miami, ele conheceu Claudia, que veio a se tornar sua mulher. Caio administrou a carreira de Kanaan até 2006, mas suas prioridades começaram a mudar quando o casal decidiu ter um filho. Com este cenário, a vida de administrador de um piloto não seria mais compatível. "Comecei a achar que, da maneira que gostaria de criar meu filho, participar do automobilismo seria difícil. Não queria ficar longe dele 25 fins de semana por ano", diz o empresário.

Hoje, Felipe está com 3 anos e meio. Caio se dedica 24 horas a ele, à esposa e às necessidades de Lance, o "filho mais velho" que precisa de cuidados especiais até para fazer xixi. Há seis meses, com a mesma capacidade de adaptar o seu modelo de negócio, ele abriu o Pronto Pasta, um empreendimento no centro de Miami. É um conceito novo de "fast-food" de massa, feita em apenas três minutos. E assim como na busca pelo idioma, na sua carreira no automobilismo, no amor ao Lance e à família, Caio está se dedicando de corpo e alma ao novo negócio.

O empresário acorda cedo para abrir o restaurante e atender aos clientes. Veste a camisa da empresa como qualquer funcionário, trabalha no caixa e opera até a máquina de fazer macarrão. "Você veste a camisa e faz direito ou não faz", diz Caio, que hoje está com 47 anos.

Para não se afastar totalmente do mundo dos automóveis, ele também administra uma empresa de exportação de carros antigos, a Vintage Hunters (http://www.vintagehunters.com), que é mais um passo no caminho da realização de seu grande sonho de vida: abrir uma oficina especializada em restauração de carros antigos. E, como ele correu atrás de tudo o que quis, com certeza esse projeto também vai sair do papel.

Afinal, como explica Claudia, uma das maiores lições que aprenderam com o Lance é que não vale a pena sofrer pelo que não é possível. "Cães só focam no que eles podem fazer, não no que não podem. Eles não racionalizam suas limitações."Lição muito bem aprendida por essa família. /Colaborou Caio Ferraz

Twitter @chrisdelboni

Serviço:
* VAAC - Ventilation Assisted Children's Center (
http://www.vacccamp.com)
O programa em Miami é gratuito, mas a família arca com custos da viagem e hospedagem. A família interessada em participar, precisa ter uma recomendação médica e preencher todos os requisitos. O programa aceita entre 10 e 15 crianças anualmente. Para mais informações:
http://www.vacccamp.com/camperApplication/index.asp

* Para um almoço rápido em Downtown Miami, Pronto Pasta (http://prontopastausa.com) fica na 27 North Miami Ave., Miami, FL 33128 (cuidado que o GPS às vezes manda para outra parte da cidade.). Tel.: 305-358-7070.

Drica Moraes traz a BH peça teatral para público com deficiência

Projeto leva acessibilidade com recursos de audiodescrição, legendas e LIBRAS

Audiodescrição é feita de uma cabine no teatroFernando Pozzobon/Divulgação

A programação cultural de uma cidade não pode desprezar as pessoas com algum tipo de deficiência. Com essa proposta, o Oi Futuro Klaus Viana estreia em BH sessões de teatro com audiodescrição, legendas em closed caption e LIBRAS para levar acessibilidade aos palcos.

A primeira experiência acontece neste domingo (13), com a peça "A Primeira Vista”, de Daniel MacIvor, com Drica Moraes e Mariana Lima e direção de Enrique Diaz. A realização é da Lavoro Produções.

O espetáculo é aberto a qualquer pessoa eficiência auditiva, visual (cegos e pessoas com baixa visão), intelectual, com síndrome de Down, autistas e disléxicos. A cada mês, um espetáculo será preparado especialmente para este público.

O deficiente auditivo Jairo Fernando se anima com a possibilidade que se abre para deficientes.

— Quando e fala de acessibilidade no teatro, o pensamento é sobre as rampas de acesso e o espaço reservado para o deficiente físico posicionar sua cadeira. Não há acessibilidade para cegos e surdos. O cego pode ouvir toda a peça, mas não terá ideia do que está sendo encenado. O surdo pode ver toda a peça, mas não terá ideia do enredo. Isto começa a mudar.

“A Primeira Vista” narra a amizade comovente e divertida entre duas mulheres. Os profissionais de audiodescrição, legendagem e LIBRAS estudaram o roteiro e assistiram a vídeos para identificar nuances das atrizes, copmo detalhes e entonações, para tornar a "tradução" mais completa.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...