segunda-feira, 14 de abril de 2014

Movimento EU ME AMO

Amigos recebi este email e gostaria de compartilhar com vocês, quem puder por favor compartilhe!!

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Movimento ajuda mulheres a recuperar a autoestima

Maquiadora cria página específica na rede social Facebook para ajudar mulheres que passaram pela quimioterapia a sentirem-se novamente belas. O que iniciou com uma fanpage, começa a tomar forma e proporção de um movimento nacional em prol da saúde e da paz interior

A vida é feita de surpresas. Boas e boas... Pensar positivo diante de uma situação aflitiva pode ajudar na cura. Pensar negativo não ajuda em nada, então o caminho é pensar positivo e acreditar que a ‘beleza cura’. Essa é a filosofia adotada pela maquiadora Cice Hiromi Dalla Ru, 36 anos, que começou 2014 com a confirmação de um câncer no seio esquerdo.

Como tudo começou

Cice trabalhava e estudava em Bauru, até que uma oportunidade de emprego, há muito sonhada, surgiu na capital. Deixando a vida monótona do interior para trás, ela seguiu, buscando o futuro de sonhos.

Tudo começou bem, mas a pressão da capital e o perfil do novo emprego, aliado à faculdade de jornalismo, recém começada, trouxeram peso demais para uma alma tão sensível. Em alguns meses de trabalho, Cice começou a sentir um stress se instalando, o que resultou em uma depressão. Sozinha e sem alternativa para conciliar o tratamento da enfermidade com o trabalho e os estudos, ela decidiu voltar para Bauru. O objetivo era recuperar a saúde.

Chegando aqui, Cice percebeu que a depressão havia se agravado e os amigos, sentindo a tristeza da moça, começaram a contribuir para aliviar seu sentimento tão abatido. Uma dessas contribuições, caídas do céu, foi um presente de um amigo: a matrícula no curso de maquiagem no SENAC. Até então, Cice não havia experimentado as alegrias da produção cosmética: ela nem usava batom. Abraçando a oportunidade com unhas e dentes, a estudante passou a frequentar o curso e, aos poucos, foi sentindo uma motivação surgir em seu interior.

Em pouco tempo, a maquiagem foi tomando conta de sua vida e a depressão começou a ir embora. Em meio às cores e sombras, a variedade de batons e esmaltes, Cice percebeu que podia iniciar uma vida nova, partindo dessa profissão tão generosa com as mulheres. Prestes a ser formar, um curioso convite chegou até ela: “O que acha de ser uma voluntária no Dia da Autoestima?”.

A pergunta veio da organizadora do evento, Luciana Gonçalves, incentivada por um amigo em comum, Julio Kosaka que insistiu em apresentar Cice para contribuir com o evento, que aconteceu em novembro de 2.013, no Nipo Clube de Bauru. A primeira reunião entre as duas se deu na casa de Luciana que, sem saber a história de Cice, revelou o quanto acreditava no poder da maquilagem para restaurar a autoestima perdida das mulheres. Animada com a proposta, Cice se envolveu completamente no evento, realizando no dia do acontecimento, mais de 80 maquilagens, junto com duas amigas, também formandas do curso.

O sucesso foi tão grande que, motivada pelo resultado estampado na face de tantas mulheres felizes com a própria beleza, Cice revelou: - Quero fazer um projeto social com a maquilagem que eu amo. Nesse dia, ela tinha planos superiores, mas nem sequer imaginava que, dois meses após, receberia um diagnóstico estarrecedor. O destino havia lhe preparado uma prova de fogo: Cice estava com câncer de mama.

Após a descoberta, veio o susto, a choradeira que, segundo ela, durou apenas 3 dias. Como uma reação do coração, a resposta do corpo de Cice veio sob o formato de uma ideia: - “E se eu transformar o meu dom de maquilar em dom de superação para mulheres que, como eu, perderam cabelos, sobrancelhas e cílios?”

No dia em que começou a perder os cabelos, Cice saiu as ruas disposta a raspar a cabeça e colocar um lencinho. Foi nesse dia que os cabeleireiros Sebastião e Luzia entraram em cena e aplicaram uma peruca bem estilosa na maquiadora. Linda e reinventada, ela começou, então, a fazer vídeos de auto maquiagem para mulheres com câncer. Dentro do próprio guarda roupa, ela fazia maquiagem, passo a passo, explicando as “carequinhas” (como ela chama suas colegas de tratamento) como fazer para produzir efeitos saudáveis no rosto adoecido ou combalido pelo tratamento. Os vídeos, postados no youtube, foram a porta de entrada para o movimento EUMEAMO.

Cice e jornalO movimento EuMeAmo

Diante da dificuldade, Cice se alimentou de energias positivas e criou uma Fanpage “Eumeamo”. A autoestima cura e ajuda as mulheres com autoestima baixa a se embelezar e enfrentar a doença de cabeça erguida.

O movimento tem dois meses e conta com mais de 600 seguidores do Brasil, do Japão e de toda a América Latina. O sucesso da página na rede social é fácil de entender, segundo a sua criadora. Depois da quimioterapia o doente não tem vontade de ver e nem de fazer muitas coisas, se sente sugado fisicamente. Nesses momentos difíceis o computador ou mesmo o celular pode ser um bom aliado. O acesso à página pode ser um conforto, um apoio, uma força a mais.

A fanpage traz de maneira objetiva e positiva, todos os passos enfrentados pela maquiadora na busca da cura. Em foto quase diária, Cice mostra como é possível enfrentar os momentos mais difíceis, como o pós químio, compartilhando mensagens, fotos e filosofias. “Procuro mostrar de forma mais amena como foi ficar careca,” diz.

Um aliado no exercício diário de lutar, Cice adotou o livro “O Código Divino da Vida” de Kazuo Murakami, um dos profissionais que participaram do projeto genoma. E ela explica por-que? “Ele é um médico japonês que está estudando o código genético de cada ser humano. A forma como o pensamento positivo influi sobre cada célula sobre cada gene do seu corpo é uma das abordagens.”

No estudo de Murakami, segundo a maquiadora, cada célula tem uma mente. “Que temos que direcionar o nosso pensamento a essa mente das células. Temos que jogar informações positivas. Agradecer essas células por desempenharem o papel que lhes foi atribuído na mama. Assim, de acordo com a tese, a células vão trabalhar o que tem que ser trabalhado na mama e a favor do corpo. Estou agradecendo essas células. Acredito que isso vai ajudar muitas mulheres, por isso tem que ser divulgado,” diz Cice.

Nisso, a maquiadora tem razão. Dados do Instituto do Câncer de São Paulo apontam que 52% dos pacientes do Icesp são do sexo feminino. Dessas mulheres, 28% têm diagnóstico de câncer de mama e aproximadamente 22% apresentam tumores em órgãos digestivos. A neoplasia da mama continua sendo a principal vilã dentro e fora do instituto. No Brasil, segundo o Inca, corresponde a 22% dos novos casos de tumores por ano. No Icesp, o grupo de mastologia realiza mais de 1,2 mil atendimentos por mês, entre consultas médicas e cirurgias.

Chorar só por três dias, relembra Cice

Cice Hiromi quando teve que cortar o cabelo para químio Foi durante o banho que Cice Hiromi Ru percebeu o nódulo na mama esquerda, em novembro de 2013. Em janeiro veio a confirmação seguida de três dias de choro. “Foi muito difícil receber a notícia no câncer. Eu estava com minha mãe no consultório. Chegando a casa corri para o meu quarto e chorei, desabei. Minha mãe entrou no quarto e disse que era para eu chorar, mas que iríamos sair juntas da situação. No terceiro dia decidimos sentar e traçar metas,” lembra.

Mãe e filha resolveram ajudar as pessoas que passam pelo mesmo problema. “Ela disse chorar é comum entre aqueles que recebem essa notícia. Vamos fazer diferente. Temos de acreditar, ver o lado positivo. Comentei com uma amiga e com ela decidimos iniciar o movimento, a Fanpage.”

Cice e sua mãe decidiram tentar levantar a autoestima das mulheres também na sala de espera da quimioterapia. “O clima é pesado. A psicóloga entra na sala conosco e conversa com todos aqueles que vão receber o tratamento. Eu e minha mãe fizemos cerca de 40 origamis de Tsuru com mensagens de saúde e entregamos. Nem todos estão a fim de receber a mensagem, estão muito para baixo. Nós fazemos a nossa parte. Na última vez entreguei cartões para acessarem a Fanpage.”

A página tem conseguido dar apoio a muita gente. Há casos que a pessoa se fecha para os familiares e amigos e consegue desabafar no inbox (caixa de mensagem privada do Facebook). “Recebo muitas mensagens deste tipo. A pessoa confessa suas dificuldades, seu drama. É muito bacana poder ajudar, especialmente quem não pode contar com a família. No meu caso conto com esse apoio total.” A maquiadora pretende, mesmo depois de superar a doença, continuar com o Fanpage. “Estou lutando em várias vertentes para chegar à cura. Depois de ficar bem, vou continuar ajudando as pessoas que forem surpreendidas com a doença.”

Cice Hiromi Dalla Ru 1Cabelo é a moldura do rosto

Cabeleireiro há 50 anos o salão Sebastião & Luzia fazem a tarefa de casa quando o assunto é peruca. Prestam assistências, recebem doação e encaminham à Associação Bauruense de Combate ao Câncer.

“Eu recebo cabelo de alguns salões de Bauru e região. Mando fazer as perucas e doo para a associação. Qualquer tipo de cabelo pode ser doado. A pessoa recebe na hora uma peruca para doar para a associação. O cabelo é uma moldura do rosto. A mulher quando perde o cabelo perde um pouco da sensibilidade dela.”

O cabeleireiro lembra que atendeu recentemente uma mulher que ficou três meses fechada no quarto quando começou a cair o cabelo. “Ela veio aqui e não quis se ver careca. Raspei a cabeça dela e coloquei uma peruca. Ela saiu daqui outra pessoa. A peruca da uma esperança de vida para a mulher que enfrenta a quimioterapia.”

Entusiasmado com a possibilidade de ajudar, o cabeleireiro lança uma ideia. “Tem muita gente que quer doar o cabelo e não sabe como. A associação pode receber o cabelo e me encaminhar que eu mando confeccionar a peruca para serem doadas ou emprestadas. Depois quando a pessoa se cura, leva de volta para que outra pessoa possa ser beneficiada. Mensalmente lavamos e arrumamos uma média de 10 perucas encaminhadas pela associação. “Eu faço esse trabalho com o coração.”

Cice Hiromi Dalla Ru 2Fiquei careca

O primeiro mês do ano estava no fim quando Cice Hiromi Ru enfrentou a 1ª aplicação de quimioterapia. “Eu estava em meu quarto com o cabelo amarrado quando o elástico afrouxou e eu fui amarar o cabelo novamente. Nesse momento eu puxei o cabelo e um punhado deles ficou em minha mão. Foi horrível. Caiu a ficha nessa hora. O médico tinha me avisado, mas foi uma sensação muito estranha. De repente perder o cabelo e as sobrancelhas. Consegui relembra da meta... vou ajudar outras pessoas que estão passando por isso.”

A mãe da maquiadora entrou no quarto e juntas elas decidiram que Cice iria raspar a cabeça. “Minha mãe me falou: os cabelos estão indo embora e com ele tudo o que há de ruim. Eles nascem de novo. Fui procurar o Sebastião& Luzia no dia seguinte.” No salão do casal cabeleireiro uma surpresa. “Ele raspou meu cabelo e me ofereceu duas perucas. O meu cabelo vai virar uma peruca para alguém que como eu está em tratamento com quimioterapia. Não deu tempo de ficar triste, logo me vi com outro cabelo. A peruca me dá segurança. Com o lenço ou chapéu as pessoas nos olham diferente.”

Um novo rosto

A maquiagem é um recurso que disfarça imperfeições do rosto e um item que pode ajudar as mulheres a aumentar a autoestima. Se sentir bonita é tudo o que elas querem. Pensando nisso, a maquiadora resolveu usar suas habilidades para ajudar as pessoas que como ela atravessam momentos difíceis fisicamente.

“Eu vi um vídeo francês e me inspirei. Lá, eles levam os pacientes de câncer para um dia em que aprendem a cuidar da maquiagem e do cabelo. É emocionante, mostra a reação das pessoas no momento que elas se vêem maquiadas e com cabelo produzido. Conversando com uma amiga, percebemos que isso estava diretamente ligado a autoestima e a cura. Estando com o seu emocional saudável, você consegue fazer com que as células ruins trabalhem no sentido da cura.”

Cice decidiu postar um vídeo orientando as pessoas a usarem a maquiagem a seu favor. “Isso incentiva as pessoas a adotarem uma postura em relação ao câncer. Se não fazemos nada para se sentir melhor, vamos entrar no negativo.”

Os contatos da Cice:

https://www.facebook.com/movimentoeumeamo

https://www.facebook.com/cicehiromimakeup

FIU oferece ajuda a crianças com déficit de atenção

A Florida Internacional University (FIU) irá oferecer, durante as férias de verão, tratamento para crianças que sofrem de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA). O tratamento será realizado pelo Centro de Crianças e Famílias da universidade e inclui atividades em sala de aula e esportivas que têm o objetivo de ajudar no processo de inserção de crianças com esse comportamento. As inscrições estão abertas e o programa será realizado entre os dias 16 de junho e 8 de agosto. A expectativa é atender 200 crianças.


“O Programa de Tratamento de verão é importante não só para melhorar os sintomas de DDA e os fundamentos de esportes, como basquete e futebol, mas também para fomentar a confiança das crianças, a proficiência motora e do seu funcionamento social e esportivo adequado”, disse William E. Pelham, Jr., diretor da FIU.


Até agora 625 crianças já foram tratadas nesse programa de verão que foi reconhecido pela Associação Americana de Crianças e Adultos com DDA como um programa modelo. Para mais informações sobre o Programa de Tratamento de Verão 2014, ligar para (305) 348-0477.

FONTE

Inquérito do MP apura dificuldade do deficiente físico em obter a CNH

Apenas uma autoescola de Manaus conta com carro adaptado para atender motoristas especiais

Carro adaptado para deficientes possuem equipamentos que contam com comandos manuais, que exercem as mesmas funções dos pedais de um veículo convencional: freio, embreagem e acelerador

Manaus - O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) abriu inquérito civil para investigar a dificuldade dos portadores de necessidades especiais em obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo a Associação dos Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), somente 10% das autoescolas de Manaus disponibilizam carros adaptados.

Conforme a publicação no Diário Oficial do MP-AM, a investigação partiu das denúncias de portadores de necessidades especiais sobre a dificuldade em conseguir obter a CNH junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM). A 59ª Promotoria Especializada na Defesa dos Direitos do Cidadão (Prodedic), informou que o inquérito civil está em fase inicial.

Segundo o presidente da Adefa, Isaac Benayon, o portador de deficiência física tem o direito à acessibilidade assegurado pela Lei 5296 de 2004.

A habilitação especial qualifica os condutores com paraplegia (paralisia de ambos os membros inferiores e, geralmente, da região dorsal inferior), paraparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo dos membros inferiores que não perderam inteiramente a sensibilidade e o movimento), monoplegia (paralisia de um só membro ou grupo muscular), monoparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de um só membro que não perdeu inteiramente a sensibilidade e o movimento), triplegia (paralisia de três membros), tetraparesia (paralisia parcial dos quatro membros), triparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de três membros que não perderam inteiramente a sensibilidade e o movimento), hemiplegia (paralisia de uma parte do corpo; exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho da função), hemiparesia (paralisia incompleta de nervo ou músculo de um dos lados do corpo que não perdeu inteiramente a sensibilidade e o movimento), amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita adquirida e câncer de mama (nos casos comprovados por médicos que a pessoa perdeu a força nos membros).

Benayon afirmou que o portador de deficiência física cumpre o trâmite normal para obtenção da CNH, com o diferencial de fazer as aulas de direção no carro especial, e ser examinado por um médico que atesta a extensão da deficiência e desenvoltura do candidato. “Em Manaus, falta o Poder Público cobrar que as autoescolas cumpram a lei e disponibilizem os carros adaptados”, reclamou”.

O presidente informou que o custo para fazer a adaptação em um carro hidramático gira em torno de R$ 1000, e nos modelos de câmbio manual é R$ 1200. “O processo é bem simples, o que falta é interesse. Essa questão não deve ser avaliado pelo tamanho da demanda, e sim pela garantia de um direito civil”.

Estacionamento

Além da dificuldade em conseguir a CNH, os portadores de deficiência física precisam disputar as vagas de estacionamento reservadas para deficientes físicos com condutores infratores. “O entrave está na falta de conscientização de muitos seres humanos”, disse Benayon.

O diretor do Detran, Leonel Feitoza, informou que o órgão está comprando seis carros adaptados para o treinamento dos portadores de necessidades especiais, que devem ser disponibilizados no segundo semestre deste ano. “Como os carros serão do Detran, as auto-escolas serão obrigadas a cobrar mais barato dos portadores de necessidades especiais”.

Conheça Caio Stinchi e a maior lição que Lance lhe ensinou

"Filho" de brasileiros, o dachshund Super Lance é um herói em Miami com direito a mural em sua homenagem no Miami Children's Hospital. Mas a história desse cãozinho tinha tudo para ser bem diferente: de uma hora para outra, aos quatro anos de idade, ele ficou paraplégico. Um dia, simplesmente acordou e não conseguiu mais andar. Chegou até a passar por uma cirurgia, mas jamais recuperou a mobilidade nas patas traseiras.

Só que hoje, com o apoio dos donos Caio Stinchi e Claudia Machado, o "salsicha" Super Lance se tornou um exemplo de superação e sucesso para muita gente. Sensibilizados pela paralisia repentina de Lance - a quem consideram um filho -, Caio e Claudia logo lhe providenciaram uma "cadeira de rodas" adaptada, o que permitiu ao cachorro voltar a se locomover e também a se tornar um animal para ser aproveitado em terapias.

Assim, durante quatro anos, Lance passou a visitar semanalmente diversos hospitais do Sul da Flórida, como o Miami Children's Hospital, para levar alegria a crianças internadas. "Para nós foi uma lição que não tem preço", diz Caio.

Hoje, com 10 anos e praticamente aposentado, Lance ainda participa de alguns eventos, como o programa anual Ventilation Assisted Children's Center (VAAC), que recebe crianças com problemas respiratórios e pulmonares do mundo inteiro para uma semana de diversão e passeios em Miami. Há poucos dias, em um parque que recebeu o evento, a presença de Lance causou euforia e admiração entre as crianças.

Ali, a ideia de ter um cachorro como Lance parecia povoar os sonhos do menino Joshua Flores, de 11 anos, que há sete participa do VAAC. Portador da Síndrome de Pfeiffer, Joshua passou bons minutos brincando com Lance, que impressiona pela desenvoltura e calma na interação com as crianças, aparentando estar cumprindo uma missão, um dever de sua honra canina.  "Trazer o Joshua aqui sempre torna o seu dia mais feliz", disse a mãe do garoto, Maria Flores. "Ele adora vir e toda vez sai querendo adotar um cachorrinho".

Como tudo começou - Lance foi um presente do piloto Tony Kanaan, em 2004, de quem Caio administrou a carreira durante seis anos. Apesar de apaixonado por automobilismo desde criança, quando frequentava com o pai o autódromo de Interlagos, o esporte -- como profissão -- só entrou na vida de Caio em 2001.

Até então, ele tinha uma carreira empresarial de sucesso no Brasil e nunca tinha pensado em morar fora. Até que um dia, em 2000, durante uma visita à empresa que fornecia seus produtos, uma telefonista atendeu um cliente em inglês. "Pensei: essa mulher, que não tinha tido 10 % das oportunidades que eu tive, respondeu em inglês.

Estou com 34 anos, tive todo acesso do mundo para aprender e não fiz'". Foi o suficiente. Naquele momento, Caio percebeu que o avanço da sua carreira dependia do idioma. Arrumou as malas e se mudou para Miami para ficar apenas alguns meses. "Não queria morrer sem falar inglês", conta. Mas nunca mais voltou ao Brasil.

De lá para cá foram muitas conquistas na sua vida profissional e pessoal. Em Miami, ele conheceu Claudia, que veio a se tornar sua mulher. Caio administrou a carreira de Kanaan até 2006, mas suas prioridades começaram a mudar quando o casal decidiu ter um filho. Com este cenário, a vida de administrador de um piloto não seria mais compatível. "Comecei a achar que, da maneira que gostaria de criar meu filho, participar do automobilismo seria difícil. Não queria ficar longe dele 25 fins de semana por ano", diz o empresário.

Hoje, Felipe está com 3 anos e meio. Caio se dedica 24 horas a ele, à esposa e às necessidades de Lance, o "filho mais velho" que precisa de cuidados especiais até para fazer xixi. Há seis meses, com a mesma capacidade de adaptar o seu modelo de negócio, ele abriu o Pronto Pasta, um empreendimento no centro de Miami. É um conceito novo de "fast-food" de massa, feita em apenas três minutos. E assim como na busca pelo idioma, na sua carreira no automobilismo, no amor ao Lance e à família, Caio está se dedicando de corpo e alma ao novo negócio.

O empresário acorda cedo para abrir o restaurante e atender aos clientes. Veste a camisa da empresa como qualquer funcionário, trabalha no caixa e opera até a máquina de fazer macarrão. "Você veste a camisa e faz direito ou não faz", diz Caio, que hoje está com 47 anos.

Para não se afastar totalmente do mundo dos automóveis, ele também administra uma empresa de exportação de carros antigos, a Vintage Hunters (http://www.vintagehunters.com), que é mais um passo no caminho da realização de seu grande sonho de vida: abrir uma oficina especializada em restauração de carros antigos. E, como ele correu atrás de tudo o que quis, com certeza esse projeto também vai sair do papel.

Afinal, como explica Claudia, uma das maiores lições que aprenderam com o Lance é que não vale a pena sofrer pelo que não é possível. "Cães só focam no que eles podem fazer, não no que não podem. Eles não racionalizam suas limitações."Lição muito bem aprendida por essa família. /Colaborou Caio Ferraz

Twitter @chrisdelboni

Serviço:
* VAAC - Ventilation Assisted Children's Center (
http://www.vacccamp.com)
O programa em Miami é gratuito, mas a família arca com custos da viagem e hospedagem. A família interessada em participar, precisa ter uma recomendação médica e preencher todos os requisitos. O programa aceita entre 10 e 15 crianças anualmente. Para mais informações:
http://www.vacccamp.com/camperApplication/index.asp

* Para um almoço rápido em Downtown Miami, Pronto Pasta (http://prontopastausa.com) fica na 27 North Miami Ave., Miami, FL 33128 (cuidado que o GPS às vezes manda para outra parte da cidade.). Tel.: 305-358-7070.

Drica Moraes traz a BH peça teatral para público com deficiência

Projeto leva acessibilidade com recursos de audiodescrição, legendas e LIBRAS

Audiodescrição é feita de uma cabine no teatroFernando Pozzobon/Divulgação

A programação cultural de uma cidade não pode desprezar as pessoas com algum tipo de deficiência. Com essa proposta, o Oi Futuro Klaus Viana estreia em BH sessões de teatro com audiodescrição, legendas em closed caption e LIBRAS para levar acessibilidade aos palcos.

A primeira experiência acontece neste domingo (13), com a peça "A Primeira Vista”, de Daniel MacIvor, com Drica Moraes e Mariana Lima e direção de Enrique Diaz. A realização é da Lavoro Produções.

O espetáculo é aberto a qualquer pessoa eficiência auditiva, visual (cegos e pessoas com baixa visão), intelectual, com síndrome de Down, autistas e disléxicos. A cada mês, um espetáculo será preparado especialmente para este público.

O deficiente auditivo Jairo Fernando se anima com a possibilidade que se abre para deficientes.

— Quando e fala de acessibilidade no teatro, o pensamento é sobre as rampas de acesso e o espaço reservado para o deficiente físico posicionar sua cadeira. Não há acessibilidade para cegos e surdos. O cego pode ouvir toda a peça, mas não terá ideia do que está sendo encenado. O surdo pode ver toda a peça, mas não terá ideia do enredo. Isto começa a mudar.

“A Primeira Vista” narra a amizade comovente e divertida entre duas mulheres. Os profissionais de audiodescrição, legendagem e LIBRAS estudaram o roteiro e assistiram a vídeos para identificar nuances das atrizes, copmo detalhes e entonações, para tornar a "tradução" mais completa.

Estrangeira deficiente residente no país tem direito a benefício assistencial

O desembargador federal Baptista Pereira, da 10ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em decisão publicada em 01/04, no Diário Eletrônico da Justiça Federal, assegurou a uma estrangeira de nacionalidade portuguesa, deficiente, residente no país, o recebimento do benefício assistencial popularmente conhecido por “LOAS”.

 

Segundo o relator, de acordo com o Art. 203, V, da Constituição Federal de 1988, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, tendo por objetivos a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Sua regulamentação deu-se pela Lei 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS), que, no Art. 20, § 3º, estabeleceu que faz jus ao benefício a pessoa, deficiente ou idoso maior de sessenta e cinco anos, cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.


Baptista Pereira destacou que, no TRF3, é entendimento pacífico que a condição de estrangeiro não impede a concessão do benefício assistencial ao idoso ou deficiente, em razão do disposto no Art. 5º da Constituição Federal, que assegura ao estrangeiro residente no país o gozo dos direitos e garantias individuais em igualdade de condição com o nacional.


No caso verificado, o laudo médico pericial atesta que a autora, portuguesa, nascida em 1948, é portadora de sequela de infarto cerebral desde 10/09/2008, com hemiplegia desproporcionada à direita, não se locomove sem apoio e necessita de auxílio para as atividades cotidianas.
Por sua vez, foi comprovado que a parte autora não possui meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provido por sua família.
No TRF3, a ação recebeu o número 0038445-24.2012.4.03.9999/SP.

Tecnologia facilita a vida dos deficientes visuais

 

 

A tecnologia assistiva – aquela que transforma a vida de pessoas com necessidades especiais – é uma área que avança a passos largos e contínuos; sempre há novidade e gente inteligente quebrando a cabeça para melhorar a vida de quem realmente precisa.
Entre os deficientes visuais, uma ferramenta muito popular é o leitor de tela para computadores. O software de interação via áudio com o micro permite que o cego tenha uma vida online completa, mas essa inclusão digital promete ganhar uma nova realidade com a linha braile.

A linha braile é a conexão direta e completa do deficiente visual com o mundo digital; claro, em braile.
"É bem mais importante porque a gente tem acesso à grafia e ela nos dá autonomia porque tudo na tela está em braile", afirma Wilcler Vieira, analista de suporte / Tecassistiva.
"Avançando ou retrocedendo, você tem acesso a todo o texto que está ali no computador, com várias linhas de atalho, que são facilmente compreensíveis", conta Alessandro Augusto, diretor comercial / Tecassistiva.

De volta ao mundo offline, outros equipamentos também já disponíveis no Brasil contribuem bastante para uma maior autonomia dos deficientes visuais. Um bom exemplo é este leitor autônomo...

"Você coloca o documento em cima do equipamento. Ele nem tem tampa, então é muito fácil de utilizar, passando a ler o arquivo automaticamente", afirma Augusto, diretor comercial / Tecassistiva.

Através de uma microcâmera e um software de reconhecimento de texto, o equipamento fotografa o documento e o transforma em áudio para que o usuário possa ouvir o que está escrito.

"Fica muito difícil ler as correspondências que chegam em sistema comum sem uma pessoa para ler para a gente. Com o scanner, nós passamos a ter autonomia".

Todos esses equipamentos são importados (e caros), mas já contam com um incentivo do governo para a redução de impostos e diminuição dos custos. As linhas brailes e os leitores autônomos já podem ser encontrados em algumas redes de ensino e até em instituições, como é exemplo o Sesc de Sorocaba, no interior de São Paulo.

Aqui a biblioteca está equipada com um scanner com as mesmas funções do leitor autônomo. O equipamento é capaz de reconhecer e ler qualquer texto...

"Esse equipamento facilitou muito o acesso porque eles podem vir à biblioteca e utilizar qualquer livro através do equipamento", diz Tatiana Amorim, bibliotecária / SESC Sorocaba

Outro novo dispositivo que chama a atenção é esta máquina fusora. A máquina oferece uma experiência tátil para o cego além do braile. Com ela, o deficiente visual é capaz de, por exemplo, reconhecer um desenho, uma planta de um apartamento e até uma assinatura.

"É a reação deste papel especial com a tinta preta - que contém muito carbono - e na temperatura correta, dá este alto relevo. Isso dá a possibilidade de uma pessoa com deficiência visual aprender geografia e geometria", afirma Augusto, diretor comercial / Tecassistiva.

Segundo o IBGE, no Brasil são mais de sete milhões de cegos e outros 21 milhões de pessoas com baixa visão. A tecnologia, na medida em que se populariza e se torna acessível à essa população, é uma ferramenta indispensável para devolver a autonomia e oferecer uma nova realidade ao deficiente visual.

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