terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DIAGNOSTICO PESSIMISTA PREJUDICA BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN

Por Nilbberth Silva, da Agência USP
 
A informação sobre o diagnóstico da Síndrome de Down em bebês frequentemente é transmitida para as mães de forma equivocada e pessimista. Uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que a notícia transmitida de forma inadequada faz com que muitas mães tenham dificuldades para cuidar dos filhos, sintam-se desmotivadas para lidar com a criança, fazendo com que elas demorem mais para estimular os filhos.

Durante o seu doutorado, o psicólogo Marcos Augusto de Azevedo entrevistou 28 mães de crianças com Síndrome de Down. Dessas, 22 tinham filhos tratados em um hospital público e haviam recebido o diagnóstico depois do nascimento. As outras seis levavam os filhos a uma clínica particular especializada no tratamento de crianças com a síndrome e receberam o diagnóstico ainda na gestação. As entrevistas tratavam sobre a forma como foi transmitido o diagnóstico e a experiência da mãe com o filho.

Negações
Todas as mulheres receberam prognósticos recheados de negações e informações improcedentes. “Eles diziam, por exemplo: ‘seu filho não vai casar, andar, trabalhar. Vai ser uma pessoa dependente para o resto da vida – uma eterna criança’”, conta Azevedo. A síndrome não impede essas atividades, apesar de comprometer o desenvolvimento cognitivo da pessoa e trazer alguns problemas físicos como deficiências no coração.

A palavra do profissional de saúde influencia muito as mães, especialmente aquelas que receberam o diagnóstico após o nascimento do filho e não tiveram acesso a outras informações, como a literatura especializada. “Se o médico falou que aquele filho vais ser um eterno dependente, a tendência é que a mãe sinta-se desmotivada a participar do processo de desenvolvimento global de seu filho. A mãe diz: será que vale a pena estimular uma criança assim?”, explica Azevedo. O resultado é que os cuidados necessários, como a ajuda de um fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicopedagogo e outros profissionais, tendem a chegar mais tarde e a criança tem mais dificuldade para desenvolver-se.

A pesquisa mostrou que o prognóstico inadequado atrapalha o vínculo entre mães e filhos. As mães, mesmo aquelas que já criaram outros filhos, sentem-se inseguras para oferecer cuidados comuns — como dar banho e alimentação — à criança com Down. “A mãe passa a se relacionar com um desconhecido”, diz Azevedo. Isso dificulta o processo em que a mãe abre mão do filho que idealizou durante a gestação para se relacionar com o filho real, com deficiência.

As mães que participaram da pesquisa que receberam o diagnóstico durante a gravidez tiveram mais tempo para aceitar que estavam gestando uma criança com deficiência. Elas procuraram segundas opiniões, livros que tratam da síndrome e visitaram, por exemplo, instituições que recebem crianças com Down. “Elas viram que são crianças com potencialidades, que se desenvolvem, aprendem e brincam”, explica Azevedo.

“Hoje estas criança estão cada vez mais inclusas na sociedade. É possível ter um papo bem interessante com alguém que tenha a síndrome, até para ressignificar os conceitos de normalidade”, diz o psicólogo. Segundo ele, a informação incompleta dos profissionais de saúde é decorrente de uma formação que reduz a pessoa ao aspecto biológico e esquece os aspectos sociais e emocionais, entre outros.

O psicólogo sugere em sua tese que as maternidades tenham equipe multidisciplinar para transmitir diagnósticos que contemplem as dificuldades da mulher e aponte potencialidades de quem tem a síndrome. “Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos podem explicar que, apesar da criança apresentar algumas dificuldades, ela poderá andar, falar e escrever e ser plenamente incluso na sociedade”.
 


fonte: ENVOLVERDE Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento
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domingo, 20 de dezembro de 2009

REVISTA BRASILEIRA DE TRADUÇÃO VISUAL

Trata-se de uma revista científica, eletrônica, gratuita  e aberta à leitura do público em geral.
 
Com a publicação da Revista Brasileira de Tradução Visual (RBTV) busca-se preencher uma lacuna deixada pela academia quanto a temas que envolvem pesquisas de acessibilidade comunicacional nas mais diversas áreas, como por exemplo, na arte.
 
Com a publicação desta Revista pretende-se divulgar/estimular  estudos imagéticos inclusivos nos campos do cinema, da televisão, do teatro, dos museus e em outras mídias em que a imagem e som sejam possíveis.
 
A RBTV faz parte de um projeto maior (Associados da Inclusão), o qual trabalhará pelo empoderamento da pessoa com deficiência e está descrito no site www.associadosdainclusao.com.br .
 
 Na Revista Brasileira de Tradução Visual se poderá ler temas que versam sobre áudio-descrição, legendagem, closed-captioning, desenhos em relevo, fotografia, pintura, escultura entre outros (produzidas com acessibilidade por e para pessoas com deficiência visual) e muito mais.
 
As pessoas surdas, falantes de Libras,  terão a oportunidade de ler/enviar artigos nessa língua oficial brasileira e, pesquisadores do mundo todo poderão submeter seus trabalhos em Libras, tanto quanto em Espanhol, em Inglês e em Português.
 
Tendo o objetivo de aproximar a academia ao público em geral, a RBTV terá duas seções em que a comunidade não acadêmica poderá enviar relatos de experiência com eventos visuais, com ou sem acessibilidade, bem como com eventos sonoros, seja com acessibilidade, seja sem ela.
 
O intuito será o de mostrarmos como situações diversas podem incluir pessoas com deficiência, ou as excluir, quando o desenho universal não é pensado para a comunicação.
 
A Revista Brasileira de Tradução Visual também reserva um espaço importante para a foto-descrição, estimulando que áudio-descrições sejam feitas para dar a conhecer lugares e pessoas, por vezes famosas/populares, mas que estão formalmente inacessíveis às pessoas que não as podem ver.
 
O público terá, ainda, uma seção em que pode relatar suas experiências com o ensino/aprendizagem  com desenhos, fotografia, pintura etc.
 
A RBTV começa pequena, firme e com grande vontade de tornar-se digna de seus leitores e apoiadores. Sabe que tem um grande trabalho pela frente, uma grande responsabilidade para responder, mas não arredará o pé de ser ética, independente e promotora do empoderamento da pessoa com deficiência.
 
Com base no lema "Nada de, (ou para, nós), sem nós", a RBTV é pensada com pessoas com deficiência, sem paternalismo, mas com duplicada vontade de que a pessoa com deficiência e os que fazem ciência em prol delas possam ter um lugar de troca de conhecimento, de desenvolvimento de conhecimento, não importando origem racial, linguística, religiosa, partidária ou de qualquer sorte; não importando o fato de terem ou de deixarem de ter alguma deficiência; não importando que orientação sexual tenham etc.
 
Na RBTV, o valor e a valoração estarão nas pessoas e na ciência, não em atributos fenotípicos, genéticos, econômicos, social ou outro que apresentem.
 
Então, venham publicar conosco, venham ler nossas publicações, venham tornar o conhecimento um tesouro
culturalmente democrático.
 
Já somos vários cientistas de renomadas Universidades do Brasil e da Europa, agora falta você, pesquisador.
 
Já somos pessoas com deficiência trabalhando em favor das pessoas humanas, agora queremos contar com você.
 
RBTV (Francisco J. Lima)
 
Francisco  José de Lima (42 anos), pessoa com deficiência visual, usuário de cão-guia, é Doutor em Psicofísica sensorial pela Universidade de São Paulo (USP),  membro do Tactile Research Group (TRG), Professor de Educação Inclusiva  para os cursos de Pedagogia e licenciaturas da Universidade Federal de Pernambuco (CE/UFPE),  Professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE (Ppge/UFPE), coordenador do Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE). Tem pesquisado  e publicado estudos  nas  áreas de educação inclusiva, empregabilidade, acessibilidade e na produção e reconhecimento de desenhos tangíveis. Suas atividades  abrangem a orientação de dissertações e teses,  trabalhos com  crianças autistas e com síndrome de down (baseados no Projeto Roma), bem como alcançam a produção de equipamentos  de tecnologia assistiva e a oferta de consultoria, cursos e palestras nessas áreas. Sua produção científica tem sido publicada na forma de artigos em revistas nacionais e internacionais, bem como na forma de capítulos de livros, em dissertação e tese, entre outras mídias, inclusive eletrônica.

Fonte: Recebido por email
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TRECHO DE UM SERIADO AMERICANO - GLEE: IMAGINE

O vídeo dispensa comentários...



Sobre o seriado:


Glee é uma série de televisão de gênero comédia musical, produzida pela FOX.


Transmitida no Brasil, pela Fox Brasil e em Portugal, a série é emitida pela FOX Life. A série foi criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk, Ian Brennan.


A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reeguer o coral da escola, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados.


Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar funcionando. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina o time de líderes de torcida da escola, que já venceu inúmeros campeonatos, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral "Novas Direções", já que ele pode resultar em menos prestígio e dinheiro para seu time de líderes de torcida.


Enquanto isso, Quinn é expulsa das líderes de torcida por ficar grávida de Puck, mas todos acham que Finn é o pai, pois a ex-líder acha Puckerman um "perdedor na vida" e Finn mais responsável para ser pai de seu filho.


No meio de tudo isso, a esposa de Will, tem uma "falsa gravidez" ou seja, queria tanto engravidar que seu corpo imitou os sintomas. Logo após saber da notícia após ter contado a todos que estava grávida, decide adotar um filho: a filha de Quinn.


Além de todos estes casos, outros sofrem por outros problemas: Artie têm uma difícil vida na cadeira de rodas, Tina finge ser gaga para parecer estranha e não fazer as provas, Rachel não assume que outra pessoa seja melhor que ela, Kurt assume que é gay para o pai e o próprio Will está com problemas de relacionamento, com sua esposa e com Sue Silvester.

Fonte: Wikipedia
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AÇÃO - AJUDA PARA APAE OURILANDIA DO NORTE PA

Com a ajuda de amigos conseguimos ajudar a APAE da cidade de Ourilândia do Norte no estado do PA, foi realizado um levantamento para identificar as necessidades das crianças e consequentemente das famílias atendidas pela associação, a partir daí começamos a entrar em contato com amigos que gentilmente fizeram doações que tornaram possível não só atender uma grande parte das necessidades apontadas como também mostrar que juntos podemos transformar e realizar.

Queremos agradecer do fundo de nossos corações às pessoas que nos ajudaram direta e indiretamente para tornar esta Ação  possível, que isso possa retornar sutilmente a vocês a cada novo dia, com saúde e muita paz.



Ficamos felizes em poder ajudar ainda mais por ser um mês de datas festivas tão importantes, mas mais que isso, ficamos felizes porque sabemos que podemos fazer alguma coisa, podemos contar uns com os outros, e esperamos que em 2010 possamos fazer muito mais.


"Seja a mudança que você deseja ve no mundo" Gandhi

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ACIDENTE NO LAR


Material sobre prevenção de acidentes com crianças.

Clique aqui para fazer ler o material completo ou para baixar para seu computador
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CARTILHA CONVIVA COM A DIFERENÇA





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A IMPORTANCIA DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA MENTAL OU AUTISMO



Nossa sociedade mudou, temos uma inversão de papeis e valores, mais informação do que podemos absorver, a mulher trabalha fora, o avanço tecnológico é grande, a família mudou, a criança mudou, o aluno e a escola também mudaram.

Tanta mudança gera confusão e expectativas, por isso, a escolha por este tema que trata da importância do brincar, ou ainda, como o lúdico interfere no desenvolvimento de uma criança com deficiência mental/intelectual ou autismo. Este desenvolvimento se dá através de uma interação entre ambientes físicos e sociais, sendo que os membros desta cultura, como pais, avós, educadores e outros, ajudam a proporcionar à criança participar de diferentes atividades, promovendo diversas ações, levando a criança a um saber construído pela cultura e modificando-se através de suas necessidades biológicas e psicosociais. Por isso, a importância da brincadeira, pois é a criação de uma nova relação entre situações do pensamento e situações reais.

Brincar é coisa muito séria. Toda criança deveria poder brincar. A brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos.

As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança com deficiência mental/intelectual ou autismo e também é uma forma de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas.

A partir de muitos referenciais teóricos, é possível observar uma série de conceitos importantes, visando o bom desenvolvimento da aprendizagem da criança de 0 a 6 anos e o papel de pais e educadores nesta função tão importante que é educar uma criança com necessidades especiais.

A maioria dos pensadores e educadores que trabalham com este tema ressalta a importância da brincadeira no processo de aprendizagem e socialização. A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus colegas de grupo, e também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde existem duas equipes antagônicas.

O brinquedo permite o estabelecimento de relações entre os objetos do mundo cultural e a natureza. A idéia de um ensino despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força que comanda o processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu progresso e o professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes.
 
Autor: Marianna Desgualdo
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HABILIDADES FUNCIONAIS E NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA NA SÍNDROME DE RETT



Monteiro CBM. Habilidades funcionais e necessidade de assistência na síndrome de Rett [Tese ]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2007. 107p.

A síndrome de Rett (SR) é um distúrbio neurológico progressivo de causa genética que afeta quase exclusivamente o sexo feminino. É causada por mutações, geralmente esporádicas, do gene MECP2, localizado no cromossomo X. Apresenta como características principais: estagnação no desenvolvimento neuropsicomotor, perda de comunicação, do contato visual, do interesse por pessoas e objetos e estereotipias manuais. Em conseqüência do grave comprometimento cognitivo e motor, as portadoras de SR têm muita dificuldade em realizar as tarefas do dia-a-dia. O objetivo desse trabalho foi avaliar as habilidades funcionais e averiguar as necessidades de assistência do cuidador, conforme determinadas pelo Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Esse instrumento de avaliação, que possui 197 itens nas áreas de autocuidado, mobilidade e função social, foi aplicado em 64 portadoras de SR que preenchiam os critérios para a forma clássica da doença. Elas tinham idade entre 2 e 26 anos, com média de 10 anos. Entre as 73 atividades da área de autocuidado do PEDI, 52 (71,2%) não foram realizadas por qualquer criança; na área de mobilidade, entre as 59 atividades propostas, 8 (13,5%) não foram feitas pelas portadoras de SR; e finalmente na área de função social, nenhuma das 50 (76,9%) entre 65 atividades foi realizada. O desempenho médio ajustado em escala de 0 a 100 para a área de autocuidado foi de 8,9/100, variando de 0 a 26; para a de mobilidade, foi em média de 30,2/100, variando de 1,7 a 74,5; e a de função social foi de 5,2/100, com variação de 0 a 21,5. A necessidade de assistência foi, de forma complementar, maior nas áreas de autocuidado e função social do que na de mobilidade. Não encontramos, em nossa amostra, uma relação entre a idade e o grau de incapacidade, sugerindo que as portadoras de SR apresentam um nível de comprometimento que é, desde o início, bastante grave. Infelizmente, o menor comprometimento da mobilidade, comparado com as áreas de autocuidado e função social, não traz vantagens adaptativas ou maior independência às portadoras de SR.

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PROJETO PILOTO DE INCENTIVO À APRENDIZAGEM DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA



Acompanhando o projeto piloto de incentivo à aprendizagem das pessoas com deficiência, lançado em 19 de novembro de 2008, o Ministério do Trabalho e Emprego, a fim de orientar a atuação dos AFT neste tema, elaborou o presente texto, na forma de um passo a passo, cujo conteúdo, importa esclarecer, está sujeito às adaptações que forem sendo impostas pelo desenrolar do referido projeto.

INCENTIVANDO A APRENDIZAGEM E QUALIFICAÇÃO PARA AS PESSOAS COM  DEFICIÊNCIA
A presença das pessoas com deficiência nos programas de qualificação profissional ainda é muito pequena ou quase inexistente. Tal situação fere o princípio da igualdade de oportunidades, pois este segmento populacional é bastante significativo. Sabe-se que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial apresenta alguma deficiência e que o Censo Nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000 evidenciou no Brasil a existência de 14,5% da população com algum tipo de deficiência, correspondendo a cerca de 24,5 milhões de pessoas naquele ano. Essa exclusão, associada às demais que perpassam a história das pessoas com deficiência,
resulta na falta de qualificação do segmento. Tal carência tem sido sistematicamente usada como argumento pelo empresariado como um dos fatores determinantes para justificar o não-cumprimento da Lei de Cotas. Os Auditores Fiscais do Trabalho - AFT, em suas ações, devem sempre estimular a presença desse segmento nos cursos de educação profissional. Nos programas de aprendizagem/qualificação, a diversidade humana deve estar contemplada (art. 4º, I, “a” da Portaria nº. 615, de 13/12/2007), pois a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho é um DIREITO, independente do TIPO DE DEFICIÊNCIA que apresente e de seu GRAU DE COMPROMETIMENTO. Esse segmento tem direito à convivência não segregada e ao ACESSO aos recursos disponíveis aos demais cidadãos, incluindo a educação profissional. 

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDAR DE CLIENTES PORTADORES DE DEFICIÊNCIA




Partindo do princípio de que o cuidar do corpo humano exige, necessariamente, um olhar para a dimensão total do ser, inclusive de sua essência existencial - compreendida como dimensão ontológica daqueles que precisam de cuidados de enfermagem para se sentir mais confortados, seguros, amparados pela força da energia cósmica que provém d'Ele -, torna-se imprescindível, para nós enfermeiros, uma maior conscientização acerca do importante papel que desempenhamos ao interferir no espaço de privacidade das pessoas dependentes de nossas intervenções, como os portadores de deficiência física, por exemplo.

Muito embora as políticas de ensino profissional de enfermagem não tenham como tradição abordar o cuidado específico para esta clientela, freqüentemente nos deparamos com situações, na prática clínica ou cirúrgica, que requerem preparo técnico, recursos materiais e equipamentos, além de algumas adaptações no ambiente terapêutico para atender com o mínimo de dignidade.

Frente ao impasse de não saber por onde começar as intervenções de enfermagem, devido à mais absoluta inadequação do ambiente e total despreparo profissional, a única alternativa é recorrer às improvisações ou, quando não, delegar ao próprio cliente e seus familiares as atribuições técnicas que deveriam ser de nossa competência.

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sábado, 5 de dezembro de 2009

SINDROME DE WEST



A síndrome de West é uma forma grave de epilepsia em crianças. Recebe o nome em homenagem ao médico inglês William James West (1793-1848), que foi quem primeiro descreveu a síndrome em 1841.

É relacionada com a idade, geralmente ocorrendo entre o terceiro e décimo segundo mês, geralmente se manifestando no quinto mês. Possui diversas causas, sendo geralmente causada por disfunções orgânicas do cérebro cujas origens podem ser pré-natais, perinatais (causadas durante o nascimento) ou pós-natais.

A sua prevalência é de cerca de 1 em cada 4000 ou 6000 nascimentos. Estatisticamente os meninos são mais afetados que as meninas, numa taxa de dois meninos para cada menina[1].
Índice

Histórico
Em 1841, West em uma carta dramática ao editor do " The Lancet" , apresentou o problema de seu filho com espasmos em flexão que se repetiam diariamente em ataques de 10 a 20 contrações que levaram a criança a um retardo mental, apesar de todos os tratamentos usados e possíveis para aquela época.
Esta síndrome neurológica foi descrita pela primeira vez em 1949 por Vasquez y Turner para sociedade Argentina de Pediatria, com dez casos de uma "nova síndrome" que apresentavam crises nos lactantes, com alterações específicas no traçado eletroencefalográfico (EEG), estando associadas à deterioração mental, as quais propuseram chamar Epilepsia em Flexão.
Em 1952, os autores Gibbs e Gibbs criaram o termo Hipsarritmia (hypos= altura e rhytmos= ritmo) para o registro EEG destes pacientes, o que passou a caracterizar a maioria das descrições desta síndrome. Portanto, trata-se de uma entidade eletroclínica caracterizada por espasmos quase sempre em flexão e por um traçado EEG típico denominado hipsarritmia ou disritmia maior lenta. As crises clínicas têm recebido outras denominações: espasmos saudatórios , espasmo infantil, massive jerks, Blitz und NichtKrampf, tic de salaam e pequeno mal propulsivo.

Causa
A Síndrome de West pode ser dividida em dois grupos, com relação à causa: o criptogênio (quando a causa é desconhecida), onde o lactente é normal até os inícios dos espasmos, sem qualquer lesão cerebral detectável; e o grupo sintomático (de causa conhecida), onde há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, alterações ao exame neurológico e/ou lesões cerebrais identificadas por exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc). Em 1991, foi proposta a hipótese da existência de uma forma idiopática, com evolução benigna no tratamento em curto prazo.
Em aproximadamente 80% dos casos a síndrome de West é secundária, o que vale dizer que depende de uma lesão cerebral orgânica. Em muitos casos é possível determinar a etiologia da síndrome: encefalites a vírus, anoxia neonatal, traumatismo de parto, toxoplasmose, Síndrome de Aicardi, Esclerose Tuberosa de Bourneville. Na presença da Síndrome de West, uma exaustiva investigação deve ser feita: TC ou RNM, teste de testagem de erros inatos do metabolismo. Outro tipo de crises, além dos espasmos, pode estar também associado.

Incidência
Inicia-se quase sempre no primeiro ano de vida , principalmente entre os 4 e 7 meses de idade. O sexo masculino é o mais afetado, na proporção de 2 para 1[1] .

Aspectos eletroencefalográficos
As características principais e um registro de EEG com hipsarritmia são:

    * Desorganização marcante e constante da atividade basal;
    * Elevada amplitude dos potenciais;
    * Ondas lentas delta de voltagem muito elevada ("ondas em montanhas");
    * Períodos (salvas), habitualmente breves, de poliondas e polipontas onda;
    * Período de atenuação da voltagem que, em alguns casos, parece chegar a silêncio elétrico.

O eletroencefalograma, ao lado do quadro clínico, é fundamental para diagnóstico, recebendo traçado anormal o nome hipsarritmia. O EEG se caracteriza pelo seu aspecto anárquico, com ondas de grande amplitude, lentas e pontas-ondas lentas. Não há ritmo de base organizada.

Quadro clínico
A síndrome de West consiste numa tríade de sinais clínicos e eletroencefalográficos atraso do desenvolvimento, espasmos infantis e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritmia. As crises são traduzidas por espasmos ou uma salva de espasmos com seguintes características flexão súbita da cabeça, com abdução dos membros superiores e flexão da pernas (espasmos mioclônico maciço) é comum a emissão de um grito por ocasião do espasmo.
Cada crise dura em média alguns segundos . As vezes as crises são representadas apenas por flexão da cabeça (tique de sabam ou "espasmo saudatório"). As crises são freqüentes particularmente durante a vigília, podendo chegar até a centena ou mais por dia.
As contrações são breves, maciças, simétricas, levando-se os membros superiores para frente e para fora e flexionando os músculos o abdômen. São crianças hipotônicas. Em princípio, o diagnóstico não é fácil, sendo os espasmos confundidos com cólicas ou com reflexo de Moro. Outra manifestação importante é o retardo mental que, em boa parcela dos casos, pode ser evitado pelo tratamento precoce do quadro. Diz-se que as alterações e características clínicas e evolutivas desta síndrome dependem das condições prévias do SNC do lactante antes dos surgimentos das crises. Com a maturação da criança , em geral as crises diminuem e desaparecem por volta do quarto ou quinto ano de vida.

Evolução, complicação e prognóstico
Quase sempre é uma perda de cunho neuropsíquico para criança afetada, esta perda está na dependência da precocidade de diagnóstico e da intervenção aplicada. A hipsarritmia pode desaparecer ou se transformar no decorrer do tempo. A criança apresenta sérias complicações respiratórias, devido aos freqüentes espasmos, deformidades , principalmente de membros superiores e membros inferiores. Pode ocorrer subluxação do quadril.
Há possibilidade de remissão total de espasmos infantis considerados criptogéticos, mas não há confirmação científica de remissão definitiva para os casos mais graves associados a outras condições ou patologias neurológicas.
Crianças apresentam sinais e sintomas de dano cerebral podem vir a apresentar um quadro de déficit intelectual a posterior, elas devem ser precocemente estimuladas para diminuir a seu grau de compartimento intelectual e psíquico.
Têm sido assinalados os casos em que o desenvolvimento é normal. Vários autores têm discutido uma associação entre a hipsarritmia e psicose ou entre hipsarritmia e autismo. A deteriorização do desenvolvimento neuropsicomotor está presente em 95 % dos casos. O melhor prognóstico ocorre nos 5% dos casos que permanecem com desenvolvimento mental.
O prognóstico, mesmo nos casos tratados precocemente, permanece reservado, observando-se em 90% dos casos a presença de deficiência mental. Distúrbios psiquiátricos são freqüentes. Outras síndromes epiléticas podem surgir, sendo que 50-60% dos casos evoluem para síndrome Lennox-Gastaut, epilepsia multifocal ou epilepsia parcial secundariamente generalizada.

Tratamento

Tratamento clínico
Há uma grande melhora dos espasmos infantis com uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ) em suas apresentações injetáveis como: ACTHAR ( Corticotrophin) da Rhône Poulenc Rorer Pharmaceutical inc ou a sua forma de H.P.ACTHAR Gel (Repository Corticotrophin injection).
Dizemos que este tratamento pode ser heróico e interromper o quadro convulsivo, porém só deve ser utilizado sob rigoroso controle médico e monitoramento cardiopediatrico, já que os corticóides não agem apenas no SNC, mas todo o organismo da criança, inclusive em seu sistema imunológico. Segundo os autores Zajerman e Medina somente se utiliza esta medicação em casos de Síndrome de West considerados criptogênicos, e não em espasmos infantis resultantes de lesões cerebrais, por exemplo.
Há casos em que a resposta terapêutica pode aparecer em até 48 ou 72 horas após aplicação de uma primeira dose do ACTH, podendo haver uma possibilidade de recidiva de crises nos casos considerados mais graves na dependência da precocidade do diagnóstico e da extensão e gravidade da lesão cerebral associada.
Outros anticonvulsivantes têm sido utilizados, isoladamente ou em combinação nos casos de espasmo infantis, como o Clonazepam, a lamotrigina, o Ácido Valpróico, o Fenobarbital e o Vigabatrin.

Tratamento fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo principal tratar as seqüelas ou tentar diminuí-las o máximo possível. Como as complicações respiratórias existentes, deve-se fazer fisioterapia respiratória.
Outro objetivo é tentar-se evitar as deformidades que surgem ou amenizá-las, fazendo-se mobilização passiva e alongamentos. Devido a hipotonia é preciso que se fortaleça os músculos responsáveis pela respiração.

Objetivos:

    * Equilíbrio da cabeça
    * Equilíbrio do tronco

Seguir as etapas de maturação de acordo com cada criança.
Em todo paciente com Síndrome de West precisa-se trabalhar primeiramente extensão de cabeça e de tronco, para que depois, então a criança seja estimulada a começar a rolar, arrastar, engatinhar, sentar, .. .Não podemos querer que ela engatinhe, sem que ela consiga fazer extensão cervical. O tratamento deve ser feito seguindo as etapas de evolução, de maturação da criança.
Os exercícios fisioterápicos devem obedecer as escalas de maturação. Tendo isso em mente, o fisioterapeuta pode inovar e criar novas maneiras de serem realizados de duas formas: Utilizando a bola coloca-se a criança em DV apoiado com cotovelo em cima da bola, e chama-se a atenção da mesma com um objeto a sua frente.
Deitado no chão, também com um brinquedo à frente.
É importante saber que o tratamento da síndrome de west é igual ao tratamento proposto a criança portadora de paralisia cerebral.

Hidroterapia
Durante a terapia em piscina, o calor da água ajuda a aliviar a espasticidade, mesmo que o alívio seja temporário. Entretanto, a medida que a espasticidade diminui, movimentos passivos podem ser administrados em maior amplitude com menor desconforto para o paciente. Deste modo a amplitude articular pode ser mantida.
Os movimentos passivos devem ser efetuados lentamente e ritmicamente, começando com o tronco e articulações proximais, gradualmente incluindo as articulações distais. Os movimentos devem a princípio ser de natureza oscilatória e a seguir de natureza rotatória. O tronco e os membros devem ser movidos em padrões de movimento com inibição reflexa. O paciente deve respirar profundamente e calmamente, e o momento do estendimento máximo deve coincidir com a expiração. A principal dificuldade em obter uma fixação estável para ambos os pacientes e o terapeuta. Em alguns casos pode ser necessário um segundo fisioterapeuta para ajudar.

Bibliografia

    * AJURIAGUERR, J de - " Manual de Psiquiatria Infantil ". Ed Atheneu, 1992 - 2 edição
    * LIPPI, Jose Raimundo da Silva - " Neurologia Infantil " - 1987.
    * DYNSKI, Martha Klin - "Atlas de Pediatria".
    * CAMBIER, J . MASSON, M e DEHEN, H - " Manual de Neurologia" Ed Atheneu - 2 edição

Fonte: http://pt.wikipedia.org
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FORÇA DE VONTADE, SUPERAÇÃO, LIÇÃO DE VIDA


O DIREITO DE IR E VIR COM INDEPENDÊNCIA


Artigo escrito por José Almeida Lopes Filho, arquiteto especialista em acessibilidade.

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O CUIDAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL SOB A ÓTICA DAS PROFESSORAS



Esse estudo é um recorte da pesquisa intitulada “O cuidar da criança com deficiência física na educação infantil: perfil e conhecimento dos professores”. O objetivo do trabalho foi identificar como as crianças com deficiência física são cuidadas no contexto da Educação Infantil e qual é a importância do profissional de saúde, segundo a visão dos professores. O estudo realizado adotou uma abordagem qualitativa utilizando o método Estudo de Caso. A coleta de informações realizou-se através de entrevistas semi-estruturadas com oito professoras de crianças com deficiência física, alunos de uma escola de Educação Infantil pública do município de Natal/RN, como também de observações livres. Os dados foram analisados qualitativamente tomando por base duas categorias: o cuidar da criança com deficiência física e a contribuição do profissional de saúde nesse contexto.

Concluiu-se nesse estudo que há uma necessidade de se incluir na formação de pedagogos conteúdos específicos que possibilitem aos professores saber lidar com as particularidades que envolvem o cuidar da criança com deficiência física, particularmente, daquelas que apresentam seqüelas neurológicas, como os aspectos relacionados ao manuseio, transferências, auxilio a locomoção, posicionamento corporal adequado, entre outros. Além disso, evidenciou-se também na fala dos professores a importância atribuída aos profissionais da saúde, especificamente do fisioterapeuta, na equipe escolar, quanto às informações e orientações específicas que esses profissionais podem dar acerca da condição da deficiência física apresentada pela criança, ajudando assim, para a promoção e efetivação da inclusão escolar dessas crianças no ensino regular.
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O QUE SIGNIFICA TER UMA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA MENTAL NA FAMÍLIA



A família desempenha um papel preponderante no processo de inserção e adaptação da criança deficiente mental no contexto sociocultural. A literatura tem mostrado similaridades e diferenças não só quanto aos  modos como as famílias se relacionam com sua criança com deficiência mental, mas também quando comparadas com famílias de crianças com desenvolvimento típico. Este artigo tem como objetivo descrever alguns aspectos do funcionamento de famílias de crianças com deficiência mental, comparando-os àqueles de famílias de crianças com desenvolvimento típico. Ênfase é dada às relações entre os diferentes subsistemas familiares: marido-esposa, genitores-criança e irmão-irmão, e suas implicações para o desenvolvimento infantil. Conhecer a dinâmica das relações de famílias de crianças com deficiência mental constitui o primeiro passo para a compreensão do desenvolvimento e dos mecanismos de adaptação dessas famílias às suas crianças. Mas, para compreender o funcionamento dessas famílias, é preciso levar em consideração as descobertas recentes da genética comportamental.

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ÉTICA, ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO DE GRUPOS VULNERÁVEIS NO PROCESSO EDUCACIONAL


Este trabalho teve como objetivo analisar o estigma e a discriminação de grupos vulneráveis no processo educacional inserido no contexto sócio-político e cultural vigente, respaldando-se nos fundamentos da ética como forma de compreender e transformar a própria condição de vulnerabilidade. Portanto, o presente artigo faz uma reflexão sobre o processo de estigmatização durante os contatos sociais presentes no cotidiano escolar. Evidencia, em conseqüência disso, a necessidade de uma abordagem ética durante as situações de tensão geradas pela existência dos estigmas. Nesse sentido, a escola, como colaboradora no processo de construção de identidade de cada um dos educandos, torna-se o espaço ideal para a efetiva prática de valores éticos, haja vista a necessidade de enfrentamento e busca de soluções para os conflitos gerados no contato com o outro.

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ACESSIBILIDADE



Apresentação em Power Ponit sobre Acessibilidade

LOUIS BRAILLE


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

EXPOSIÇÃO DE PINTURAS TÁTEIS - BH/MG



A Prefeitura de Belo Horizonte inaugura o Centro Cultural São Geraldo e leva a comunidade a Exposição de Pinturas Táteis de: Eni D`Carvalho


Local Centro Cultural São Geraldo
Av. Silva Alvarenga, nº 548 – São Geraldo
Belo Horizonte-Minas Gerais/Brasil
Período: 5 a 22 de dezembro de 2009
Linhas de ônibus: 9502, 9211 e 9214
Contato: ccsg@pbh.gov.br
Tel 0xx 31 32775648

ALÉM DO TOQUE
Há sempre algo novo a se descobrir, Sempre um caminho florido a se encontrar, Você pode ver de olhos fechados, Ouvir sendo surdo, falar sendo mudo, passear além dos passos e tatear além do toque. Basta você querer.
Descubra suas asas e aprenda a voar.
Voar é sempre uma idéia maravilhosa. Vamos sempre erguer vôo.
Ultrapassar fronteiras e, descobrir novos horizontes...

Sueli Sousa Lopes

Professora de Artes do Instituto São Rafael

Falando um pouco de Eni D´Carvalho
A ARTISTA PLÁSTICA ENI D’ CARVALHO GANHA MAIS UM PRÊMIO - CIDADÃOS DO MUNDO - 2009 Com seu projeto Tocar e sentir, a artista plástica Eni D’ Carvalho faturou o primeiro lugar, na categoria iniciativa cidadã, no concurso promovido pelo jornal O HOJE EM DIA, de Minas Gerais, Brasil.
Revolucionária e pioneira – eis as marcas da obra de Eni D`Carvalho, a Pintora da Luz
Eni D´Carvalho, luso-brasileira, nasceu em Ubá-MG, Brasil. Formada em Administração, Ciências Contábeis e pós-graduada em Administração Hospitalar. Em 1996, decidiu dedicar-se à arte. Em 1998, reafirmou seu desejo de focalizar sua obra em uma ótica de respostas às necessidades detectadas no contexto dos invisuais. É especialista em Ciência Social em inclusão por meio da arte e da educação.
Consagrada pela mídia nacional e internacional, Eni D´Carvalho convida a todos à reflexão, à vida e à natureza. Por meio da arte de Eni, o espectador vivencia uma experiência transformadora, potencializada pelos sentidos. 
A grande marca do Projeto desta artista-educadora é a valorização do aspecto humanístico, mediante a inclusão social dos cegos nas artes plásticas. Dessa forma, ela reinventa a comunicação, quebra paradigmas, provoca inclusão e luta pela compreensão entre os homens.
Premiada várias vezes no Brasil, recebeu inúmeras medalhas, tais como: 80 anos de Educação em Alto Relevo do Instituto São Rafael, da Loja Maçônica Umbral Sagrado, entre outras. Seu trabalho é destaque no Ranking Brasil, livro dos recordes.
Recebeu o título de “A Escultora do Escuro”, desfilou sua Vaquinha Cosmo Braille no concurso conhecido mundialmente COWPARADE, realizado pela primeira vez em Belo Horizonte em 2006.
Em Portugal, na cidade de Santarém, em 2008, ficou conhecida como “Pintora dos Cegos”. É agora “Pintora da Luz”, porque retrata a alma que reluz de todas as coisas. Em Santarém, sua mostra foi visitada por cerca de três mil (3.000) pessoas, com a participação de todas as escolas da região. 
Em novembro do mesmo ano, em Nova Iorque, a exposição foi instalada na entrada das delegações das Nações Unidas, em uma área de grande movimento, pois é o acesso dos funcionários do prédio das Nações Unidas e ao maior restaurante do edifício. Neste, transitam diariamente cerca de quinze mil (15.000) pessoas.

Contato
0xx 31 32272166
0xx 31 87359567

enidcarvalho@gmail.com
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 03/12/2009


A 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 de outubro de 1992, em comemoração ao término da Década, adotou o dia 3 de dezembro como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, por meio da resolução A/RES/47/3. Com este ato, a Assembléia considera que ainda falta muito para se resolver os problemas dos deficientes, que não pode ser deixado de lado pelas Nações Unidas.

A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982. As entidades mundiais da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos deficientes no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da comunidade de portadores de deficiência que devem estabelecer estratégias para manter o tema em evidência.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PROGRAMA DE COMPUTADOR AJUDA TETRAPLÉGICOS A ACESSAR A INTERNET



Câmera instalada na cabeça move o cursor na tela.

Programa pode ser baixado de graça na web.

Do G1, com informações do Jornal Nacional

Um programa de computador desenvolvido por uma universidade da Espanha pode dar mais independência às pessoas tetraplégicas. Elas conseguem acessar a internet sem a ajuda de ninguém graças ao programa desenvolvido para as pessoas que não movimentam os braços. Baixe agora o software.

Antes de ficar tetraplégica, a estudante Talita Abreu vivia na internet. Depois, só com ajuda para clicar, digitar. Agora, isso acabou. "Posso mexer sozinha agora, dá pra fazer tudo, estudar, conversar com amigos, distrair", diz a estudante.

O programa é simples e está disponível de graça na internet. Precisa apenas instalar uma câmera no computador. Primeiro, ela reconhece o movimento da cabeça e move o cursor na tela. O clique é feito com os olhos. Um teclado virtual escreve textos, endereços eletrônicos e a abre a porta da rede mundial de computadores para pessoas com essa limitação.

"A partir daí podemos ver o potencial do paciente e executar o principal da reabilização, que é reincluí-lo socialmente", explica Marcelo Ares, gerente de reabilitação da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). "Ganhar essa auto-estima e a possibilidade de poder executar uma função é fundamental."

Uma ferramenta como essa faz mais do que devolver a auto-estima e a independência. Imagine-se na frente de um computador, mas sem poder usar o mouse ou o teclado. Para muita gente, esse mundo - e tudo o que ele traz de bom para o nosso mundo real - ficou mais acessível.

É o caso do estudante de jornalismo Eduardo George. Ele sempre usou uma vareta para acessar o computador. Nessa tela, descobriu a vocação, estudou para o vestibular de Jornalismo e já se prepara para uma carreira. Bastou experimentar o novo programa para ele perceber que pode chegar lá. E com mais rapidez. "Vai ficar mais rápido", comemora.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ALUNOS DA USCS ABORDAM TRANSTORNO MENTAL NAS TELAS



Está disponível para consulta na biblioteca da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) – campus 1 – av. Goiás, 3.400 – São Caetano do Sul, o vídeo-documentário “Além da Loucura”, produzido pelas alunas do último ano de jornalismo da instituição Alessandra Nogueira, Amanda Nero, Fernanda Yamundo, Millena Rodrigues e Patrícia Rodrigues.

O documentário – agraciado na última semana com nota 10 pela banca examinadora – mostra como portadores de transtorno mental são muitas vezes considerados pela sociedade como pessoas que não podem fazer parte do convívio social. O vídeo mostra diferentes diagnósticos do transtorno, como esquizofrenia e bipolar.

Mostrar à sociedade que estas pessoas podem - sim - ser inclusas na sociedade foi a proposta das alunas da USCS que, para tanto, pesquisaram o tema por dois anos, tendo ido a várias instituições que abrigam portadores de transtorno mental. Entre os locais visitados estão o Instituto Espírita Américo Bairral (Itapira-SP), Centro de Recuperação Camille Flamarion (Mauá-SP), Associação Loucos Pela Vida (Mogi das Cruzes-SP) e o Complexo Hospitalar do Juqueri (SP).

Nos seus 20 minutos de duração, o filme leva ao espectador histórias de vida contadas por portadores e familiares de quem possui o transtorno, abordando a visão que a sociedade tem em relação a essas pessoas que são ditas como “perigosas”, sem pensar que, por trás do transtorno mental, eles têm uma vida “normal”, mas há sofrimento e carência.

Contato com os autores:
e-mail: mil_lena1000@yahoo.com.br

Fonte: http://www.informesaude.com.br/component/joomrss/?height=500&width=100%25&task=viewid&id=4510

CASAS DE PACIENTES COM DOENÇAS NEUROLÓGICAS PRECISAM DE DESIGN ESPECIAL



Publicação norte-americana alerta para a necessidade de adaptações em nome da segurança e do conforto. Degenerativos, os males comprometem funções motoras e musculares dos doentes

Paloma Oliveto

Publicação: 24/11/2009 09:12 Atualização: 24/11/2009 10:05

Quando um paciente recebe o diagnóstico de alguma doença neurológica, as primeiras preocupações são com remédios e tratamentos. Poucos se lembram que, além da alteração da rotina — que certamente vai incluir mais consultas médicas —, é preciso mudar, também, a casa. Devido às consequências dos diversos males incluídos nessa categoria, como Alzheimer, Parkinson e distonia, que provocam a degeneração gradual dos neurônios, há comprometimento das funções motoras e musculares, além da possibilidade de demência. Com isso, a composição dos ambientes precisa de adaptação. “Tem sido minha experiência, não só nos Estados Unidos, mas internacionalmente, que a arquitetura não entendeu ainda completamente a relevância de um design especial para famílias de pessoas com problemas neurológicos”, disse ao Correio o professor da University of Virgina Nathan Zasler.

Especializado em neuroreabilitação, Zasler foi convidado pela revista especializada NeuroRehabilitation para coordenar uma edição extra da publicação, voltada apenas para o design de lares de pacientes neurológicos. Por causa da importância do tema, a editora IOS Press disponibilizou o download gratuito da revista (em inglês), que pode ser feito no endereço http://iospress.metapress.com/content/w73627vu76q2/?p=feba6288943942a982f6a0a2e0082e61π=0.

“Embora a capacidade individual dos pacientes não mude como resultado do design, as habilidades deles, sim. Ao redefinir o ambiente e selecionar diferentes produtos, a qualidade de vida pode aumentar”, defende a arquiteta Sharon Joines, do Departamento de Desenho Industrial da North Carolina State University, uma das autoras dos artigos publicados pela revista. Ela lembra que pacientes com distúrbios neurológicos costumam ter complicações com mobilidade, memória e atividades motoras, entre outras, e essas mudanças afetam coisas simples do cotidiano, como tomar banho, cozinhar e se vestir. “Isso pode aumentar o estresse não apenas do paciente, mas de toda a família”, afirmou ao Correio.

Por isso, ela defende que a arquitetura seja baseada no princípio do design universal, conceito criado no Estados Unidos e também chamado design total na Europa. A filosofia é que o uso do espaço deve contemplar todos, independentemente de serem sadios ou terem alguma deficiência, levando sempre em consideração o conforto e a facilidade de manipulação — no caso de móveis e objetos — por parte dos moradores. De acordo com Sharon Joines, o design universal evita estigmas e preconceitos, já que não se trata de uma adaptação para pessoas com deficiência, mas uma forma de fazer com que elas e qualquer outro morador ou visitante se sintam à vontade e confortáveis. Ou seja, a casa não vai lembrar um hospital ou centro de fisioterapia, mas parecerá um local funcional e agradável.

Como exemplo, a arquiteta cita as portas de abertura automática. Elas não são exclusivas para deficientes, mas os beneficiam, ao mesmo tempo em que também são funcionais para quem não usa cadeiras de rodas nem tem problemas motores. Outra adaptação simples é o uso de dispenser automático para a liberação de sabonete líquido, já usado amplamente em espaços públicos, como shopping centers.

Atenção
Especializados em arquitetura e gerontologia na University of Southern California, Victor Regnier e Alexis Denton escreveram um artigo para a revista, especificando quais os locais da casa precisam receber atenção especial (veja infografia). Para eles, trata-se também de promover mais qualidade de vida, além de evitar acidentes como quedas e incêndios. “Cinco temas parecem resumir as principais áreas de pesquisa, especialmente quando a pessoa está afetada psíquica e cognitivamente. Eles dizem respeito à capacidade funcional, bem-estar emocional, orientação, segurança e estimulação sensorial”, afirmam os especialistas no artigo.

Regnier e Denton defendem que o design interior precisa ser arquitetado cuidadosamente, de forma que seja estético e antropométrico ao mesmo tempo. “O nível de iluminação necessita ser mais forte, os móveis precisam ter descanso para os braços e as cadeiras da sala de jantar precisam de rodinhas, caso sejam pesadas”, ensinam. De acordo com os especialistas, os arquitetos devem dar atenção especial às cores. “Muito ou pouca pode ser incômodo, mas o balanço correto pode fazer o espaço parecer convidativo e confortável”, dizem.

Eles lembram que pessoas com problemas neurológicos frequentemente sofrem com tremores ou falhas no aparelho motor, e acabam caindo no chão. Por isso, é importante instalar carpetes, que absorvem o impacto da queda, e pisos feitos de material especial, de forma que protejam os ossos.

Tecnologia
O professor Tony Gentry, do Departamento de Terapia Ocupacional da Virginia Commonwealth University, diz que hoje a tecnologia ajuda bastante pessoas com problemas neurológicos, pois, além de tornar o ambiente mais funcional, contribui para a autossuficiência dos moradores. Por outro lado, é uma grande aliada da segurança. Ele explica que o tema “casa inteligente” foi cunhado na década de 1990, quando Bill Gates, o fundador da Microsoft, construiu seu próprio computador para controlar a “casa do futuro”, com sistemas de monitoramento automático para ajustar iluminação e temperatura, entre outras coisas. “Muito foi feito no sentido de a casa parecer se adaptar aos seus ocupantes, com luzes e sons que ‘magicamente’ eram acionados quando as pessoas mudavam-se de ambiente. Mas a tecnologia usada para desenhar as casas inteligentes já existia havia pelo menos 40 anos, de forma a ajudar pessoas com deficiência”, contou ao Correio.

Entre os benefícios das casas inteligentes, Gentry destaca os interruptores de luz automáticos, alarmes que detectam fumaça, alimentadores automáticos para animais, caixas de remédios com alarme e fornos que ligam sozinhos. O especialista lembra, contudo, que a maioria desses produtos ainda são caros e pouca gente dá atenção a eles. “Por exemplo, pesquisas mostram que o uso de caixas de pílulas que emitem alarmes quando está na hora de tomar o remédio aumentam a adesão ao medicamento (muitos esquecem de tomá-los). Cinquenta por cento dos idosos usam algum tipo de porta-remédios, mas apenas 2% aderiram aos que têm alarmes”, diz.

clique na imagem para ampliar
 

Fonte: http://www.informesaude.com.br/component/joomrss/?height=500&width=100%25&task=viewid&id=4174

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CONCEITO SOBRE A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA DEFICIENTE



O presente trabalho objetivou verificar os indicativos sobre o conceito de educação da criança deficiente na faixa etária de 3 a 6 anos, junto a professores de educação infantil, que quanto à prática educativa atual, diferem em relação à presença de alunos com deficiências em seus ambientes de trabalho. 

Para consecução do objetivo proposto foram aplicados um protocolo de informações pessoais e profissionais e um questionário, com questões abertas e fechadas, junto a 70 professores: 35 que trabalham com crianças nesta faixa etária, em classes regulares sem a inserção de crianças deficientes na escola; 31 responsáveis por classes regulares com crianças deficientes inseridas e 4 que lecionam em escolas especiais. Os resultados foram analisados através de estatística descritiva e análise de conteúdo e revelaram que os professores acreditam que a aprendizagem sofre maior interferência na criança deficiente mental, e menor, na deficiente física.

Para eles, os fatores que dificultam a educação da criança deficiente incluíram aqueles inerentes ao indivíduo deficiente, à pessoa do professor e à estrutura escolar atual, sendo estes os mais destacados. Não foram observadas diferenças significativas nas respostas dos diferentes grupos de professores. 

Pode-se concluir que para que haja real inclusão da criança deficiente na rede regular de ensino, há que se propiciar condições de mudança estrutural na rede educacional, ou seja, possibilitar formação que contemple conteúdos referentes às deficiências e às diferenças individuais, formas de adaptação e adequação do material pedagógico, adaptação do espaço físico, além de apoio técnico específico.


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