domingo, 20 de dezembro de 2009

REVISTA BRASILEIRA DE TRADUÇÃO VISUAL

Trata-se de uma revista científica, eletrônica, gratuita  e aberta à leitura do público em geral.
 
Com a publicação da Revista Brasileira de Tradução Visual (RBTV) busca-se preencher uma lacuna deixada pela academia quanto a temas que envolvem pesquisas de acessibilidade comunicacional nas mais diversas áreas, como por exemplo, na arte.
 
Com a publicação desta Revista pretende-se divulgar/estimular  estudos imagéticos inclusivos nos campos do cinema, da televisão, do teatro, dos museus e em outras mídias em que a imagem e som sejam possíveis.
 
A RBTV faz parte de um projeto maior (Associados da Inclusão), o qual trabalhará pelo empoderamento da pessoa com deficiência e está descrito no site www.associadosdainclusao.com.br .
 
 Na Revista Brasileira de Tradução Visual se poderá ler temas que versam sobre áudio-descrição, legendagem, closed-captioning, desenhos em relevo, fotografia, pintura, escultura entre outros (produzidas com acessibilidade por e para pessoas com deficiência visual) e muito mais.
 
As pessoas surdas, falantes de Libras,  terão a oportunidade de ler/enviar artigos nessa língua oficial brasileira e, pesquisadores do mundo todo poderão submeter seus trabalhos em Libras, tanto quanto em Espanhol, em Inglês e em Português.
 
Tendo o objetivo de aproximar a academia ao público em geral, a RBTV terá duas seções em que a comunidade não acadêmica poderá enviar relatos de experiência com eventos visuais, com ou sem acessibilidade, bem como com eventos sonoros, seja com acessibilidade, seja sem ela.
 
O intuito será o de mostrarmos como situações diversas podem incluir pessoas com deficiência, ou as excluir, quando o desenho universal não é pensado para a comunicação.
 
A Revista Brasileira de Tradução Visual também reserva um espaço importante para a foto-descrição, estimulando que áudio-descrições sejam feitas para dar a conhecer lugares e pessoas, por vezes famosas/populares, mas que estão formalmente inacessíveis às pessoas que não as podem ver.
 
O público terá, ainda, uma seção em que pode relatar suas experiências com o ensino/aprendizagem  com desenhos, fotografia, pintura etc.
 
A RBTV começa pequena, firme e com grande vontade de tornar-se digna de seus leitores e apoiadores. Sabe que tem um grande trabalho pela frente, uma grande responsabilidade para responder, mas não arredará o pé de ser ética, independente e promotora do empoderamento da pessoa com deficiência.
 
Com base no lema "Nada de, (ou para, nós), sem nós", a RBTV é pensada com pessoas com deficiência, sem paternalismo, mas com duplicada vontade de que a pessoa com deficiência e os que fazem ciência em prol delas possam ter um lugar de troca de conhecimento, de desenvolvimento de conhecimento, não importando origem racial, linguística, religiosa, partidária ou de qualquer sorte; não importando o fato de terem ou de deixarem de ter alguma deficiência; não importando que orientação sexual tenham etc.
 
Na RBTV, o valor e a valoração estarão nas pessoas e na ciência, não em atributos fenotípicos, genéticos, econômicos, social ou outro que apresentem.
 
Então, venham publicar conosco, venham ler nossas publicações, venham tornar o conhecimento um tesouro
culturalmente democrático.
 
Já somos vários cientistas de renomadas Universidades do Brasil e da Europa, agora falta você, pesquisador.
 
Já somos pessoas com deficiência trabalhando em favor das pessoas humanas, agora queremos contar com você.
 
RBTV (Francisco J. Lima)
 
Francisco  José de Lima (42 anos), pessoa com deficiência visual, usuário de cão-guia, é Doutor em Psicofísica sensorial pela Universidade de São Paulo (USP),  membro do Tactile Research Group (TRG), Professor de Educação Inclusiva  para os cursos de Pedagogia e licenciaturas da Universidade Federal de Pernambuco (CE/UFPE),  Professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE (Ppge/UFPE), coordenador do Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE). Tem pesquisado  e publicado estudos  nas  áreas de educação inclusiva, empregabilidade, acessibilidade e na produção e reconhecimento de desenhos tangíveis. Suas atividades  abrangem a orientação de dissertações e teses,  trabalhos com  crianças autistas e com síndrome de down (baseados no Projeto Roma), bem como alcançam a produção de equipamentos  de tecnologia assistiva e a oferta de consultoria, cursos e palestras nessas áreas. Sua produção científica tem sido publicada na forma de artigos em revistas nacionais e internacionais, bem como na forma de capítulos de livros, em dissertação e tese, entre outras mídias, inclusive eletrônica.

Fonte: Recebido por email
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