terça-feira, 22 de dezembro de 2009

DIAGNOSTICO PESSIMISTA PREJUDICA BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN

Por Nilbberth Silva, da Agência USP
 
A informação sobre o diagnóstico da Síndrome de Down em bebês frequentemente é transmitida para as mães de forma equivocada e pessimista. Uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que a notícia transmitida de forma inadequada faz com que muitas mães tenham dificuldades para cuidar dos filhos, sintam-se desmotivadas para lidar com a criança, fazendo com que elas demorem mais para estimular os filhos.

Durante o seu doutorado, o psicólogo Marcos Augusto de Azevedo entrevistou 28 mães de crianças com Síndrome de Down. Dessas, 22 tinham filhos tratados em um hospital público e haviam recebido o diagnóstico depois do nascimento. As outras seis levavam os filhos a uma clínica particular especializada no tratamento de crianças com a síndrome e receberam o diagnóstico ainda na gestação. As entrevistas tratavam sobre a forma como foi transmitido o diagnóstico e a experiência da mãe com o filho.

Negações
Todas as mulheres receberam prognósticos recheados de negações e informações improcedentes. “Eles diziam, por exemplo: ‘seu filho não vai casar, andar, trabalhar. Vai ser uma pessoa dependente para o resto da vida – uma eterna criança’”, conta Azevedo. A síndrome não impede essas atividades, apesar de comprometer o desenvolvimento cognitivo da pessoa e trazer alguns problemas físicos como deficiências no coração.

A palavra do profissional de saúde influencia muito as mães, especialmente aquelas que receberam o diagnóstico após o nascimento do filho e não tiveram acesso a outras informações, como a literatura especializada. “Se o médico falou que aquele filho vais ser um eterno dependente, a tendência é que a mãe sinta-se desmotivada a participar do processo de desenvolvimento global de seu filho. A mãe diz: será que vale a pena estimular uma criança assim?”, explica Azevedo. O resultado é que os cuidados necessários, como a ajuda de um fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicopedagogo e outros profissionais, tendem a chegar mais tarde e a criança tem mais dificuldade para desenvolver-se.

A pesquisa mostrou que o prognóstico inadequado atrapalha o vínculo entre mães e filhos. As mães, mesmo aquelas que já criaram outros filhos, sentem-se inseguras para oferecer cuidados comuns — como dar banho e alimentação — à criança com Down. “A mãe passa a se relacionar com um desconhecido”, diz Azevedo. Isso dificulta o processo em que a mãe abre mão do filho que idealizou durante a gestação para se relacionar com o filho real, com deficiência.

As mães que participaram da pesquisa que receberam o diagnóstico durante a gravidez tiveram mais tempo para aceitar que estavam gestando uma criança com deficiência. Elas procuraram segundas opiniões, livros que tratam da síndrome e visitaram, por exemplo, instituições que recebem crianças com Down. “Elas viram que são crianças com potencialidades, que se desenvolvem, aprendem e brincam”, explica Azevedo.

“Hoje estas criança estão cada vez mais inclusas na sociedade. É possível ter um papo bem interessante com alguém que tenha a síndrome, até para ressignificar os conceitos de normalidade”, diz o psicólogo. Segundo ele, a informação incompleta dos profissionais de saúde é decorrente de uma formação que reduz a pessoa ao aspecto biológico e esquece os aspectos sociais e emocionais, entre outros.

O psicólogo sugere em sua tese que as maternidades tenham equipe multidisciplinar para transmitir diagnósticos que contemplem as dificuldades da mulher e aponte potencialidades de quem tem a síndrome. “Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos podem explicar que, apesar da criança apresentar algumas dificuldades, ela poderá andar, falar e escrever e ser plenamente incluso na sociedade”.
 


fonte: ENVOLVERDE Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento
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domingo, 20 de dezembro de 2009

REVISTA BRASILEIRA DE TRADUÇÃO VISUAL

Trata-se de uma revista científica, eletrônica, gratuita  e aberta à leitura do público em geral.
 
Com a publicação da Revista Brasileira de Tradução Visual (RBTV) busca-se preencher uma lacuna deixada pela academia quanto a temas que envolvem pesquisas de acessibilidade comunicacional nas mais diversas áreas, como por exemplo, na arte.
 
Com a publicação desta Revista pretende-se divulgar/estimular  estudos imagéticos inclusivos nos campos do cinema, da televisão, do teatro, dos museus e em outras mídias em que a imagem e som sejam possíveis.
 
A RBTV faz parte de um projeto maior (Associados da Inclusão), o qual trabalhará pelo empoderamento da pessoa com deficiência e está descrito no site www.associadosdainclusao.com.br .
 
 Na Revista Brasileira de Tradução Visual se poderá ler temas que versam sobre áudio-descrição, legendagem, closed-captioning, desenhos em relevo, fotografia, pintura, escultura entre outros (produzidas com acessibilidade por e para pessoas com deficiência visual) e muito mais.
 
As pessoas surdas, falantes de Libras,  terão a oportunidade de ler/enviar artigos nessa língua oficial brasileira e, pesquisadores do mundo todo poderão submeter seus trabalhos em Libras, tanto quanto em Espanhol, em Inglês e em Português.
 
Tendo o objetivo de aproximar a academia ao público em geral, a RBTV terá duas seções em que a comunidade não acadêmica poderá enviar relatos de experiência com eventos visuais, com ou sem acessibilidade, bem como com eventos sonoros, seja com acessibilidade, seja sem ela.
 
O intuito será o de mostrarmos como situações diversas podem incluir pessoas com deficiência, ou as excluir, quando o desenho universal não é pensado para a comunicação.
 
A Revista Brasileira de Tradução Visual também reserva um espaço importante para a foto-descrição, estimulando que áudio-descrições sejam feitas para dar a conhecer lugares e pessoas, por vezes famosas/populares, mas que estão formalmente inacessíveis às pessoas que não as podem ver.
 
O público terá, ainda, uma seção em que pode relatar suas experiências com o ensino/aprendizagem  com desenhos, fotografia, pintura etc.
 
A RBTV começa pequena, firme e com grande vontade de tornar-se digna de seus leitores e apoiadores. Sabe que tem um grande trabalho pela frente, uma grande responsabilidade para responder, mas não arredará o pé de ser ética, independente e promotora do empoderamento da pessoa com deficiência.
 
Com base no lema "Nada de, (ou para, nós), sem nós", a RBTV é pensada com pessoas com deficiência, sem paternalismo, mas com duplicada vontade de que a pessoa com deficiência e os que fazem ciência em prol delas possam ter um lugar de troca de conhecimento, de desenvolvimento de conhecimento, não importando origem racial, linguística, religiosa, partidária ou de qualquer sorte; não importando o fato de terem ou de deixarem de ter alguma deficiência; não importando que orientação sexual tenham etc.
 
Na RBTV, o valor e a valoração estarão nas pessoas e na ciência, não em atributos fenotípicos, genéticos, econômicos, social ou outro que apresentem.
 
Então, venham publicar conosco, venham ler nossas publicações, venham tornar o conhecimento um tesouro
culturalmente democrático.
 
Já somos vários cientistas de renomadas Universidades do Brasil e da Europa, agora falta você, pesquisador.
 
Já somos pessoas com deficiência trabalhando em favor das pessoas humanas, agora queremos contar com você.
 
RBTV (Francisco J. Lima)
 
Francisco  José de Lima (42 anos), pessoa com deficiência visual, usuário de cão-guia, é Doutor em Psicofísica sensorial pela Universidade de São Paulo (USP),  membro do Tactile Research Group (TRG), Professor de Educação Inclusiva  para os cursos de Pedagogia e licenciaturas da Universidade Federal de Pernambuco (CE/UFPE),  Professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE (Ppge/UFPE), coordenador do Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE). Tem pesquisado  e publicado estudos  nas  áreas de educação inclusiva, empregabilidade, acessibilidade e na produção e reconhecimento de desenhos tangíveis. Suas atividades  abrangem a orientação de dissertações e teses,  trabalhos com  crianças autistas e com síndrome de down (baseados no Projeto Roma), bem como alcançam a produção de equipamentos  de tecnologia assistiva e a oferta de consultoria, cursos e palestras nessas áreas. Sua produção científica tem sido publicada na forma de artigos em revistas nacionais e internacionais, bem como na forma de capítulos de livros, em dissertação e tese, entre outras mídias, inclusive eletrônica.

Fonte: Recebido por email
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TRECHO DE UM SERIADO AMERICANO - GLEE: IMAGINE

O vídeo dispensa comentários...



Sobre o seriado:


Glee é uma série de televisão de gênero comédia musical, produzida pela FOX.


Transmitida no Brasil, pela Fox Brasil e em Portugal, a série é emitida pela FOX Life. A série foi criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk, Ian Brennan.


A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reeguer o coral da escola, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados.


Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar funcionando. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina o time de líderes de torcida da escola, que já venceu inúmeros campeonatos, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral "Novas Direções", já que ele pode resultar em menos prestígio e dinheiro para seu time de líderes de torcida.


Enquanto isso, Quinn é expulsa das líderes de torcida por ficar grávida de Puck, mas todos acham que Finn é o pai, pois a ex-líder acha Puckerman um "perdedor na vida" e Finn mais responsável para ser pai de seu filho.


No meio de tudo isso, a esposa de Will, tem uma "falsa gravidez" ou seja, queria tanto engravidar que seu corpo imitou os sintomas. Logo após saber da notícia após ter contado a todos que estava grávida, decide adotar um filho: a filha de Quinn.


Além de todos estes casos, outros sofrem por outros problemas: Artie têm uma difícil vida na cadeira de rodas, Tina finge ser gaga para parecer estranha e não fazer as provas, Rachel não assume que outra pessoa seja melhor que ela, Kurt assume que é gay para o pai e o próprio Will está com problemas de relacionamento, com sua esposa e com Sue Silvester.

Fonte: Wikipedia
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