sexta-feira, 1 de julho de 2011

CRACK NEM PENSAR

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lança neste domingo (26/6), Dia Internacional de Combate às Drogas, campanha nacional de prevenção e combate ao uso do crack. As equipes dos jogos da Série A do Campeonato Brasileiro que serão transmitidos pela TV aberta entrarão em campo com uma faixa alusiva à campanha, em ação apoiada pela Rede Globo de Televisão. Até 31 de agosto, emissoras da televisão aberta vão exibir o vídeo que alerta as famílias sobre os perigos do consumo do crack, especialmente pelos jovens. A campanha tem o apoio do Instituto Crack, nem Pensar e do Conselho Nacional do Minsitério Público (CNMP).

O CNJ também vai distribuir aos tribunais brasileiros 10 mil exemplares de cartilha produzida por especialistas para a campanha. A ideia é disseminar as informações por meio das Coordenadorias da Infância e Juventude dos tribunais.  O presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, acredita que a prevenção é a melhor forma de combate ao uso do crack, “indiscutível fator de aumento das taxas de criminalidade, violência e outros problemas sociais”, diz no texto de apresentação da cartilha.

Baixe aqui a cartilha (arquivo em pdf)

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Fonte: http://www.cnj.jus.br/campanhas-page/14856-crack-nem-pensar

quinta-feira, 30 de junho de 2011

TDAH - DESATENÇÃO

Taz, o demonio da Tasmania, é considerado um dos personagens dos desenhos animados com TDAH.

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH – é um transtorno caracterizado por sintomas de desatenção (pessoa muito distraída com dificuldades em manter o foco da atenção) e hiperatividade (pessoa muito ativa, inquieta e agitada, bem além do comum). Embora essas características sejam normalmente encontradas em pessoas sem o transtorno, para acontecer o diagnóstico de TDAH a falta de atenção e a hiperatividade devem interferir significativamente na vida e no desenvolvimento normal tanto da pessoa que apresenta os sintomas, como das pessoas com quem ela convive.

Várias terapias oferecem tratamento para o TDAH e todas elas compartilham alguns objetivos, a exemplo de melhorar a qualidade de vida do cliente, obter mais satisfação com relacionamentos, com o trabalho e consigo mesmo. Contudo, há divergências grandes quanto ao que deve ser feito para alcançar estes objetivos.

As pessoas com TDAH perdem facilmente o foco da atenção, por isso costumam dizer que elas vivem no mundo-da-lua!

A Psicoterapia Comportamental é um tipo de terapia, que se diferencia das formas tradicionais que comumente se propõem a tratar do TDAH. Nela não há divã e o cliente não se deita e fala livremente sobre seus pensamentos, sentimentos, assim como o terapeuta não permanece numa posição passiva e silenciosa. A terapia comportamental parte do princípio que as queixas do cliente - que geram sofrimento e insatisfação - tem relação não apenas com características genéticas ou de funcionamento cerebral. Pelo contrário, parte do princípio que a forma da pessoa agir e pensar é um fator de fundamental importância, tanto para a compreensão das queixas atuais quanto para sua superação.

TDAH em crianças

Em crianças, o impacto maior do TDAH é sobre a vida escolar e familiar. Em casa, crianças com tipo hiperativo-impulsivo e desafiadoras são usualmente geradoras de muito estresse e conflitos. A dificuldade em seguir regras origina problemas com os pais, que, normalmente, tem dificuldades para conseguir que estas crianças adequem-se ao que é esperado delas.

Associado à baixa tolerância à frustração e controle de impulsos, estas crianças normalmente tem problemas também em relacionamentos interpessoais com colegas e professores. Na área escolar, a hiperatividade e a desatenção levam a prejuízos no desempenho, que podem facilmente tornarem-se crônicos.

TDAH em adolescentes

Mais da metade das pessoas que desenvolveram TDAH na infância manterão os sintomas até a idade adulta. Desta forma, cuidados especiais são necessários, para minimizar as consequências negativas em anos posteriores. No caso de adolescentes, além dos desafios próprios do TDAH, a fase atual do ciclo de vida coloca uma série de questões específicas, ligadas ao interesse pelo sexo, ampliação das amizades e interesses em grupos sociais e tribos urbanas, comportamentos opositivos mais frequentes, desafios às regras da família e maior intensidade emocional, dentre outros.

TDAH em Adultos

Nos casos de TDAH em Adultos, há três aspectos comuns: as queixas do TDAH estão associadas a co-morbidades (relação com sintomas de outros transtornos), forte rebaixamento da auto-estima e padrões comportamentais de auto-sabotagem, como adiamento crônico e não realização de objetivos que estão ao alcance da pessoa.

As co-morbidades mais comuns são ansiedade, depressão, preocupações crônicas e/ou excesso de pensamentos negativos tornam ainda mais difícil superar os déficits associados ao TDAH. O rebaixamento da auto-estima ocorre em função dos fracassos e do excesso de críticas acumulados ao longo da vida. Como isso reduz a auto-confiança, a pessoa pode deixar de tentar melhorar ou buscar outras alternativas  - como forma de se proteger - o que é um fator de risco para o agravamento das situações incômodas.

Tratamento

O grande diferencial da Psicoterapia Comportamental é que ela é uma modalidade terapêutica muito ativa, tanto por parte do terapeuta quanto do cliente. Terapeuta e cliente discutem juntos quais são os objetivos, prioridades do tratamento e sobre as estratégias (as atividades, procedimentos e técnicas) que permitirão atingir estes objetivos. As sessões terapêuticas são altamente estruturadas. Há um conjunto de passos, atividades e conteúdos, ao longo dos quais o cliente desenvolve habilidades que ainda não possui, passa a enfrentar as situações críticas de formas mais positivas, desenvolve maior autonomia e capacidade de encontrar satisfação pessoal.

O foco do tratamento combina diversos elementos, de acordo com cada caso, de forma personalizada. O trabalho tem por objetivo o desenvolvimento da capacidade de seguir regras e aceitar limites, maior auto-controle e capacidade tolerar pressão, críticas e frustrações, além de maior equilíbrio emocional, capacidade para resolver seus problemas, organização e realização de tarefas até o final, sem as interrupções que são muito comuns durante o transtorno (começar algo e não conseguir terminar). Quando há presença de outros transtornos emocionais, como ansiedade e depressão, são igualmente tratados.

Elídio Almeida
Psicólogo| CRP 03/6773
Salvador – Bahia
elidioalmeida.wordpress.com

Fonte http://elidioalmeida.wordpress.com/2010/11/01/tdah-transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade/

DIAGNÓSTICO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

04/06/09 - 08h00 - Atualizado em 04/06/09 - 09h51

Opinião: déficit de atenção requer diagnóstico preciso

Distúrbio tem características semelhantes a outros transtornos.

Desatenção e hiperatividade são comuns em crianças.

Ana Cássia Maturano - Especial para o G1

Desatenção e hiperatividade são comuns em crianças, diz psicóloga

Foto: Editoria de Arte/G1Falamos da droga ritalina (metilfenidato) na semana anterior e de seu uso banalizado por aqueles que querem melhorar seu desempenho nos estudos e trabalho. A palavra ritalina é rapidamente associada ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Que, por sua vez, acabou se banalizando e sendo explicação para qualquer criança agitada e que não aprendia. E que, consequentemente, acabava usando o metilfenidato.

Opinião: Uso de droga para déficit de atenção ilude quem não tem o distúrbio

O quadro de TDAH tem características que o definem, mas que podem também ser encontradas em outros transtornos. Por exemplo, é comum as crianças apresentarem desatenção, dificuldade de controlar seus impulsos e hiperatividade. Geralmente, elas são desorganizadas, estabanadas e não conseguem se manter em uma atividade por um longo período de tempo, passando de uma para outra sem terminar nenhuma. Nem sempre parecem ouvir o que lhes é dito, não atendendo às solicitações que lhes são feitas.

Nesse momento, muitos devem achar que seu filho ou sobrinho tem esse transtorno. Afinal, ele é tão agitadinho? Ora, é preciso tomar cuidado na hora de fazer considerações desse tipo. A maioria das crianças que conhecemos têm essas características, principalmente as mais novas.

E então, TDAH não existe? Existe, existe sim. E é um quadro bem definido. Mas como qualquer transtorno mental, o que o difere do normal não é uma questão de qualidade, e sim de quantidade. No caso, crianças portadoras de TDAH têm características parecidas com aquelas de um nível de desenvolvimento que correspondem ao seu, porém numa intensidade e severidade maiores. Seu jeito agitado e desatento prejudica sua vida em diferentes contextos, inclusive seus relacionamentos sociais, e o quadro se inicia antes dos sete anos.

Acontece que, até pouco tempo, falou-se muito dele. Muitos acharam que entendiam do assunto e passaram a diagnosticar os outros e a si próprios. Inclusive adultos que, após ler um livro sobre TDAH, tinham certeza de ter o distúrbio.

Diagnóstico

Alguns professores, imbuídos de certa autoridade, passaram a identificar muitas crianças com esse transtorno (3 a 5% da população escolar), principalmente aquelas que perturbavam o sossego da aula. Alertavam os pais que chegavam ao consultório do psicólogo ou do médico com o diagnóstico pronto e a medicação indicada. Talvez numa primeira olhada poderia mesmo parecer. Isso ainda acontece. Desta forma, colocando o problema na criança, família e escola se eximem de qualquer responsabilidade.

Porém, como disse acima, as características que a princípio identificam o transtorno, podem estar presentes em crianças sem problema algum ou que apresentam outros tipos de distúrbios. Por exemplo, crianças bastante agitadas às vezes vêm de ambientes emocionalmente patológicos. A desatenção e hiperatividade podem ser características de ansiedade ou depressão.

A criança que está com algum problema nem sempre consegue prestar atenção em outras coisas, pois seu pensamento não sai daquele ponto de angústia. Ou então, a escola está aquém ou além de suas possibilidades, sendo desinteressante para ela, fazendo com que fique desatenta e até agitada.

Alguns déficits físicos também podem levar a um comportamento de desatenção, como dificuldade de visão ou audição. E a utilização de determinadas medicações por vezes deixam as crianças bastante agitadas.

A escola é o lugar privilegiado para se perceber determinadas características das

crianças, principalmente sua capacidade de atenção, de se envolver com as atividades e sua interação social.

Se a escola levantou um problema, ele deve ser levado para um profissional competente que irá orientar a família no melhor caminho a seguir. O primeiro passo, em casos assim, é fazer um diagnóstico cuidadoso, onde se verificará o comportamento da criança em várias situações. Sempre considerando as várias possibilidades do que pode estar ocorrendo com ela.

Se ela apresentar TDAH é muito importante, se for o caso, que ela use a medicação com a prescrição e o acompanhamento de um médico competente, muitas vezes associada a outras condutas. Caso ela necessite do remédio e não o use, problemas de outra ordem podem aparecer dificultando ainda mais sua vida como, por exemplo, dificuldade de aprender e de se relacionar socialmente.

Caso não tenha o transtorno, outras questões podem surgir de modo a permitir entender o quadro e ajudar a criança do melhor modo possível. O importante é que ela seja ajudada em suas reais dificuldades. Só assim ela se sentirá compreendida. O que já será de grande ajuda.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1181671-5604,00-OPINIAO+DEFICIT+DE+ATENCAO+REQUER+DIAGNOSTICO+PRECISO.html

ENTENDA O DÉFICIT DE ATENÇÃO

Selecionamos mais alguns materiais sobre Déficit de Atenção para download no blog, transcrevemos parte do início do texto para dar uma idéia do que fala cada atigo. Depois do texto há um link para que você possa ler online ou baixar para seu computador.


DICAS PARA SALA DE AULA

Segundo Sandra Rief (2001), especialista em Educação Especial e Recursos de Aprendizagem, algumas condições pré-existentes podem desencadear problemas para portadores de TDAH na sala de aula, estas condições podem ser:

  • Físicas: fatores internos como fadiga, fome, desconforto físico etc.
  • Meio ambiente: barulho, posição da carteira, localização da sala, etc.
  • Atividade ou evento específico: alguma coisa frustrante, tediosa, inesperada, superestimulante.
  • Tempo específico: hora do dia, dia da semana.
  • Demonstração de habilidade ou necessidade de atuação: no comportamento nas relações sociais na produção acadêmica (expectativa de fazer algo difícil, desagradável ou que provoque ansiedade).

Outras: interação negativa com alguém ser alvo de brincadeiras ou provocações etc.

TDAH - Dicas para a sala de aula - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


DISTÚRBIO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO

O DDA ocorre como resultado de uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal. Quando pessoas que têm DDA tentam se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui, ao invés de aumentar (como nos sujeitos do grupo de controle de cérebros normais). Assim sendo, pessoas que sofrem de DDA mostram muitos dos sintomas discutidos nesse capítulo, como fraca supervisão interna, pequeno âmbito de atenção, distração, desorganização, hiperatividade (apesar de que só metade das pessoas com DDA sejam hiperativas), problemas de controle de impulso, dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e adiamento.

O DDA tem sido de particular interesse para mim nos últimos 15 anos. A propósito, dois dos meus três filhos têm essa síndrome. Eu digo às pessoas que entendo mais de DDA do que gostaria. Através de uma pesquisa feita com SPECT na minha clínica, com imagens cerebrais e trabalho genético feito por outras, descobrimos que o DDA é basicamente uma disfunção geneticamente herdada do córtex pré-frontal, devido, em parte, a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.

Aqui estão algumas das características comuns do DDA, que claramente ligam essa doença ao córtex pré-frontal

TDAH - Distúrbio do Déficit de Atenção - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Vários autores que estudam os processos psicopatológicos, a neurobiologia e a neuropsicologia da TDAH, sugerem que uma disfunção no córtex pré-frontal e em suas conexões com a rede subcortical e com o córtex, parietal possa ser a responsável pelo quadro clinico deste transtorno.

Essas alterações seriam responsáveis por um déficit do comportamento inibitório e das funções chamadas executivas, incluindo memória de trabalho planejamento, auto-regulação da motivação e do limiar para ação dirigida a objetivo definido e internalização da fala.

O déficit do comportamento inibitório e das funções cognitivas, traduzir-se-ia nas características básicas do transtorno, ou seja, falta de controle, falta de motivação intrínsica para completar tarefas, falta de um comportamento governado por regras e uma resposta errática sobre condições típicas na escola e em casa que estão associadas a recompensas inconsistentes e demoradas.

TDAH - Terapia Cognitivo Comportamental - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TDAH X GRAVIDEZ PRECOCE

Trabalhos publicados nos EUA pelos Dr. Sam Goldstain e Dr. Russell A. Barkley, mostram índices alarmantes de gravidez precoce em meninas TDAH, chegando segundo os autores a 40% do total de gravidez precoce e 15% de DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Esta gravidez indesejada ou não programada, associada a altas incidências de DST, tem um fundamento, a Hipersexualidade destas pacientes TDAH, principalmente as Hiperativas/ Impulsivas e as combinadas, que muito cedo, mesmo antes da puberdade, por volta dos 10 a 12 anos apresentam comportamentos insinuantes, sexualidade à flor da pele e impulsividade no agir, o que de certa forma nos faz entender a iniciação sexual precoce, que motivadas pela estrutura familiar sem consistência, decadente, sem limites e de certa forma conivente, respondem pelo maior risco de uma gravidez precoce.

TDAH X Gravidez Precoce - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TDAH X TRAUMA

O trauma é atualmente a 3ª causa morte no mundo, só perdendo para as doenças cardiovasculares, que é a 1ª causa morte, e o câncer que é a 2ª causa morte no mundo. Porém no Brasil a situação é mais grave, pois o trauma fica em 2º lugar nas causas mortes, superando até o câncer, com 130 mil mortes por ano ou 10.800 (dez mil e oitocentas) mortes por mês ou 360 mortes por dia ou 15 mortes por hora ou ainda 2,5 mortes para cada 10 minutos.

Trabalhos do Dr. Samir Rasslam, professor titular de cirurgia de emergência do departamento de cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, mostrou que cerca de 40% desses pacientes, são vítimas de acidentes provocados por veículos automotores, e a grande maioria das vítimas são jovens, ultrapassando 70% do total das vítimas.

TDAH X Trauma -  clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TDAH NA ESCOLA

Segundo Russel A. Barkley as crianças com TDAH tem grandes dificuldades de ajustamento diante das demandas da escola.Um terço ou mais de todas as crianças portadoras de TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua carreira escolar,e até 35% nunca completará o ensino médio. As notas e pontos acadêmicos conseguidos estão significativamente abaixo das notas e pontos de seus colegas de classe. Entre 40% a 50% dessas crianças acabarão por receber algum grau de serviços formais através de programas de educação especial, como salas com recursos, e até 10% poderá passar todo o seu dia escolar nesses programas. Complicando esse quadro, existe o fato de que mais da metade de todas as crianças com TDAH também apresentam sérios problemas de comportamento opositivo. Isto ajuda a explicar porque entre 15 a 25% dessas crianças serão suspensas ou até expulsas da escola devido a problemas de conduta.

É de extrema importância que alunos com TDAH sejam motivados. Em nossa prática no dia a dia, orientando professores de crianças portadoras de TDAH, freqüentemente encontramos crianças com dificuldades seríssimas em termos de relacionamento, comportamento e também de aprendizagem, conseguirem uma melhora significativa quando mudam de professor. “A criança com TDAH tem que engolir o professor junto com a matéria”. Sua inconstância de atenção e naão déficit de atenção, fazem com que elas sejam capazes de uma hiper concentração quando houver motivação.

TDAH na Escola - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TDAH X TVício

A televisão, inventada no inicio do século passado, entrou no ar e mostrou toda sua CAPACIDADE indiscutível, do meio de comunicação fascinante que é. Com a evolução tecnológica, foi acrescido de caracteres como a cor, a nitidez da imagem, a TV à cabo, cristal liquido e outros elementos frutos da tecnologia de ponta, sendo hoje denominada por alguns críticos, ora de primeiro poder, ora de quarto poder, isto como uma forma superficial de analisar a sua capacidade, enquanto mídia, de formar opiniões,influenciar pessoas,levar ao poder pessoas sem a menor credibilidade, destituir do poder pessoas honestas,valorizar os sem valor, denegrir a imagem do bom, encobrir defeitos dos ruins, enfim, a mídia televisiva é algo de um poder inimaginável, pois agindo como dona da verdade, nos passa imagens diabólicas daquilo que é divino e imagens angelicais daquilo que é diabólico. Isto permite entender a relação intrinsica e simbiótica entre o poder e a mídia, onde muitas vezes, o poder investe mais na mídia a procura de uma imagem de credibilidade, do que em áreas prioritárias como segurança, saúde ou educação.

Todos os poderes tiranos do mundo, sempre tiveram na mídia um instrumento de trabalho indispensável, sendo que o mais recente ato de tirania, foi o complô montado por BUSH e seus aliados, uma verdadeira farsa, para invadir o IRAQUE, e destruir o sofrido povo iraquiano, pois até o momento, não foram encontradas as poderosas armas químicas e muito menos, o alvo maior de BUSH, alvo de mentirinha, o SADAN, pois o verdadeiro alvo é o PETRÓLEO do povo iraquiano,e a mídia de um modo geral, mais um vez, se fez presente, ficando do lado do poder tirano.

TDAH X TVício - clique aqui para baixar ou ler online (arquivo doc)


TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO HIPERATIVIDADE - TDAH

CONCEITOS

imagem criança desatentaO Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Fonte: Associação Brasileira de Défict de Atenção – ABDA

DSM-IV define o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade como um problema de saúde mental, considerando-o como um distúrbio bidimensional, que envolve a atenção e a hiperatividade/impulsividade. (Benczik, pág. 25, 2000)

Fonte: BENCZIK, E. B. P. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: atulização Diagnóstico e Terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é responsável pela enorme frustração que pais e seus filhos portadores desse distúrbio experimentam a cada dia. Crianças, adolescentes e adultos hoje diagnosticados com TDAH são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". A maioria daquilo que lemos ou ouvimos sobre o assunto tem uma conotação negativa. A razão disso é o fato deste transtorno continuar sendo pouco conhecido, apesar dos estudos a respeito terem se intensificado nas últimas décadas e a prática ter mostrado que 3% a 5% das crianças em idade escolar podem ser incluídas nesse diagnóstico. Fonte: www. hiperatividade.com.br.

HISTÓRICO

imagem crianças estudando1890 - Dano cerebral e sintomas de desatenção, impaciência e inquietação.

1902 - Defeito na conduta moral – dificuldade de internalizar regras e limites, e uma manifestação de sintomas de inquietação, desatenção e impaciência. – danos cerebrais, hereditariedade, disfunção ou problemas ambientais.

1917 e 1918 - Encefalites – crianças recuperadas que apresentavam inquietação, desatenção, facilmente impacientes e hiperativas cptos não exibidos antes da doença. Desordem pós-encefalítica.

1937 - Experimenta medicação estimulante com crianças emocionalmente perturbadas. – obteve melhoras. (Médico Charles Bradley).

1937 - Benzedrine – nas medidas de inteligência com crianças (Molitch & Eccles).

II Guerra Mundial - Estudos que indicaram que prejuízo de qualquer parte do cérebro freqüentemente resultava em comportamentos de desatenção, inquietação e impaciência. Crianças com esses comportamentos foram vítimas de prejuízo ou disfunção cerebral (Pesquisadores).

II Guerra Mundial - Hipótese: principal problema dessa crianças era a distração. Uso de medicação psicotrópica, mudanças no currículo escolar, mudanças na sala de aula, pelo professor, como a retirada de decorações excessivas, janelas fechadas (Strauss e colaboradores).

Década de 40

  • Designação: Lesão Cerebral Mínima – apoiou-se em evidências de lesões no SNC.
  • Dificuldades para objetivas a existência da lesão – criaram-se inúmeras denominações.
  • Mudanças na característica do distúrbio, produziram confusão na definição, denominação, prognóstico e tratamento.
  • Hiperatividade, Lesão Cerebral Mínima, Disfunção Cerebral Mínima, Síndrome Hipercinética, Distúrbio de Déficit de Atenção com Hiperatividade etc.

1962- DSM-II – Hipótese de Lesão Cerebral descartadas. Crianças consideradas exibindo Disfunção Cerebral Mínima.

DSM-II – Reação Hipercinética.

Década de 70 - CID-9 – Síndrome Hipercinética

Década de 80 - DSM-III – alterou para Distúrbio do Déficit de Atenção – depois de investigações e ressaltando os aspectos cognitivos da definição da síndrome.

1987 - DSM-III revisado, enfatiza a hiperatividade: Distúrbio de Hiperatividade com Déficit de Atenção.

1993 - CID-10 manteve a nomenclatura de Transtorno Hipercinético.

1994 - DSM-IV denominou como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade como dois grupos de sintomas: a) Desatenção e b) Hiperatividade/impulsividade.

ETIOLOGIA DO TDA/H

  • Hereditariedade
  • Predisposição genética.
  • Gêmeos univiletinos.
  • Crianças adotivas (pais biológicos)
  • Afeta vários genes (não há um “gene de TDAH)
  • Substâncias ingeridas durante a gestação
  • Nicotina e álcool – alteração no sistema nervoso central (lóbulo frontal)

Sofrimento fetal

  • Alterações nos vasos sangüíneos devido a pressão que o crânio sofre durante a passagem.

Problemas familiares

  • Discordância conjugal.
  • Baixa instrução da mãe.
  • Famílias monoparentais.
  • Nível socioeconômico muito baixo.

Segundo a ABDA - As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).

Outras causas

  • Alterações no sistema nervoso central.
  • Exposição ao Chumbo.
  • Efeitos colaterais de medicamento (Fenobarbital. Afedrina e Teofilina).
  • Deficiência hormonal (principalmente da tireóide) - abandonado
  • Deficiências vitamínicas na dieta.- abandonado

Do ponto de vista neurobiológico a disfunção ocorre no lóbulo frontal devido o desequilíbrio de neurotransmissores

COMORBIDADES

Mais Freqüentes:

· Transtorno Opositivo-Desafiador

· Transtorno da Ansiedade

· Transtorno do Humor (ansiedade,

depressão, ciclotimia, pânico, etc.)

· Transtorno Depressivo

· Transtorno de Conduta

Menos Freqüentes

· Alergias

· Transtorno do uso de substâncias

· Distúrbios de Aprendizagem

· Distúrbios na Condução Auditiva

· Transtorno Obsessivo-Compulsivo

· Transtorno do Ciclo de Sono

· Transtorno de Tiques

INCIDÊNCIA

  • Prevalência tradicional - 3 a 5 %

Outros estudos realizados em 2003 mostram uma incidência de: 4 e 12 % e 17,1% - na cidade de Niteroi

SINTOMAS

  • Costuma ficar desatento durante as aulas, o que dificulta a leitura de livros e textos.
  • Esquecem recados, material escolar até mesmo a matéria de prova que estudaram na véspera.
  • Recusa fazer atividades que exijam maior esforço mental ou atenção (exemplo: tarefa de casa), por isso precisa que alguém o acompanhe o tempo todo.
  • Tem comportamentos imprevisíveis com mudança brusca de humor até mesmo para realizar atividades de rotina (comer e dormir)
  • O aluno com TDAH só funciona sobre pressão dos pais, professores ou do próprio tempo, no que diz respeito a deveres e provas, pois quando percebem que não tem mais tempo o suficiente para fazê-lo quer reverter à situação correndo contra o tempo.
  • É capaz de ficar hiper-concentrada e não prestar atenção aos acontecimentos em sua volta se interessado ou envolvido em alguma atividade que o chame atenção, o mesmo ocorre se estiver sem qualquer interesse.
  • Se distraí com barulhos externo, basta que alguém fale o seu nome ou ocorra um ruído diferente para que desvie sua atenção. Não consegue manter-se por muito tempo em uma única atividade.
  • Geralmente muito desorganizado com seus pertences e na maneira de fazer suas atividades.
  • Algumas crianças com TDAH têm grande dificuldade em planejar, organizar ou dar início a realização de qualquer coisa, mostrando-se lentas e sem vontade. Já outras começam rapidamente, mas logo abandonam o que começaram para fazer uma nova atividade deixando por sua vez a tarefa inacabada.
  • Quando pede para efetuar duas ou mais tarefas ao mesmo tempo, ou que transmita algum recado com frequência esquecerá pelo menos uma das atividades, pois não consegue seguir mais de uma ordem ao mesmo tempo. 
  • Esquecem facilmente de compromissos ou deveres escolares que precisam ser feitos.
  • Tem dificuldade para permanecer em um único lugar, mesmo por período curto de tempo. Mostra muito ativa e impaciente, não conseguindo manter sentado na sala de aula, missa ou lugares inapropriados ao barulho e correria. Quando forçada a permanecer sentada, fica inquieta revirando o tempo todo na cadeira.
  • Fala alto e de forma excessivamente, é barulhenta, perturbando a classe e sendo frequentemente advertida pelos professores por incomodar os demais.
  • Tem dificuldade em seguir regras e esperar sua vez em jogos, brincadeiras, filas, etc. Fala quando não deve, interrompe as pessoas e responde a perguntas mesmo antes que estas tenham sido concluídas. Muitas vezes, por precipitação, falam coisas inadequadas e se intrometem nas atividades das outras crianças.
  • Mostra-se capaz de se sair bem nas atividades, porém não consegue.
  • Age sem pensar, não avaliando as conseqüências de suas atitudes. Machuca-se com freqüência devido à execução de atividades motoras de risco.
  • Normalmente são estabanadas e acabam derrubando objetos por onde costuma passar.
  • São insistentes e tem baixa tolerância a frustrações, não aceitam respostas negativas. Tem dificuldade em contribuir suas emoções, chora facilmente e age como crianças de menos idade.

Fonte:

BENCZIK, E. B. P. Transtorno de Défict de Atenção Hiperatividade: atualidade diagnóstica e terapêutica um guia de orientação para profissionais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

GOLDSTEIN, Sam. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. 10ª edição. São Paulo: Papirus, 2004.

DIAGNÓSTICO

Sub-Tipos

  • Tipo hiperativo-impulsivo
  • Tipo desatento
  • Tipo combinado

Sobre o processo diagnóstico

  • Entrevista com pais e/ou responsáveis.
  • Entrevista com a criança
  • Entrevista com professores
  • Avaliação multiprofissional
  • Diagnóstico – DSM – IV-Tr
  • Observações direta.

TRATAMENTO

Segundo Benczik (2000), o tratamento dos portadores de TDAH se baseiam em três dimensões, a saber:

criança desanimada estudandoPsico-Educação:

  • Fundamental.
  • Primeira forma de realizar a intervenção.
  • Capaz de gerar mudanças significativas.
  • Indispensável para o sucesso do processo.

Intervenções Psico-Sócio-Educacionais:

  • Psicoterapia (Terapia comportamental cognitiva).
  • Grupos de apoio e suporte (para pais e portadores).
  • Treinamento para pais
  • Treinamento para portadores (geralmente são pouco auto-observadores).
  • Terapia familiar
  • Treinamento de auxiliares nas estratégias comportamentais

Farmacoterapia:

  • Psicoestimulantes (metilfenidato)
  • Algumas medicações pela presença de Comorbidades, a resposta é desfavorável
  • Antidepressivos (medicação de segunda linha)

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE TDAH

TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

tdah01 - O que é TDAH?

É um transtorno neuropsicológico com base biológica, que afeta 10% da população mundial, de caráter hereditário, onde observamos a nível de lobo frontal do cérebro, uma baixa concentração de dopamina e/ou noradrenalina em regiões sinápticas das conexões neuronais das vias dopaminérgicas e noradrenérgicas, levando a uma tríade sintomatológica clássica de falta de atenção sustentada e/ou hiperatividade e impulsividade, levando a uma série de alterações comportamentais e de relacionamento, com graves conseqüências caso não seja detectado e tratado precocemente entre os 6 e os 12 anos, pois o TDAH não tratado vai resultar em problemas na vida de relações das crianças e adultos (com pais, colegas, amigos, chefes, autoridades, etc.) comprometendo muitas vezes também o aprendizado.

OBS: alertamos que o TDAH não é simples transtorno como se apresentava inicialmente, mas sim, um grave problema de saúde, dos mais estudados hoje nos países desenvolvidos.

02 - Quais são as complicações mais freqüentes do TDAH não tratado?

O TDAH não tratado serve de substrato para o desenvolvimento de várias comorbidades, que segundo trabalhos do Dr. Bierderman e colaboradores, ocorrem em 51% das crianças e 77% dos adultos com TDAH, dentre elas, podemos citar a ansiedade generalizada, depressão, síndrome de pânico, transtorno do comer compulsivamente, jogar compulsivamente, hiper-sexualidade (40% das meninas americanas vão para a gravidez precoce e 15% para as doenças sexualmente transmissíveis), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno opositor desafiador (TOD), transtorno de conduta (TC) com pequenos furtos e mentiras, podendo evoluir para personalidade ante-social e dependência química, tendo ainda como conseqüência a evasão escolar precoce, delinqüência infanto-juvenil, relacionamentos amorosos conturbados, acidentes de trânsito onde são os motoristas os culpados, acidentes em esportes radicais etc.

"A TDAH não tratado vai resultar em problemas na vida de relações das crianças e adultos"

03 - Como diagnosticar o TDAH?

O diagnóstico é eminentemente clínico, baseando-se em critérios operacionais clínicos, claros e bem definidos, proveniente de sistemas classificatórios confiáveis, executados por equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, neurologistas etc.)

04 - Quais são os tipos de TDAH?

Vamos encontrar 04 tipos de TDAH com ou sem comorbidades.

a) TDAH do tipo predominante desatento.

Sintomas: falta de atenção sustentada, distrabilidade.

Obs: Geralmente crianças dóceis, fáceis de se lidar, porém com dificuldade de aprendizagem desde o início de sua vida escolar, pois sua falta de atenção sustentada não deixa que ela mostre seu potencial.

b) TDAH do tipo Hiperativo/Impulsivo.

Obs: Geralmente não apresentam dificuldade a nível de aprendizagem nos primeiros anos de vida escolar, podendo aparecer problemas de aprendizagem, com evolução do grau de dificuldade geralmente por volta da 5ª série ou mesmo, posteriormente. Desenvolvem um padrão de comportamento disfuncional tumultuando as aulas, são resistentes à frustração, imediatista e com dificuldade de seguir regras e instruções, por isso apresentam altas taxas de impopularidade e de rejeição pelos colegas.

c) TDAH do tipo combinado.

Sintomas: Falta de atenção sustentada, hiperatividade e impulsividade.

Obs: Apresenta maior prejuízo no funcionamento global. Quando comparado aos outros 2 tipos é o que apresenta também maior número de comorbidades.

d) Tipo inespecífico.

Quando não apresentam o número de sintomas suficientes para serem classificados em nenhum dos tipos acima, porém alguns dos sintomas estão presentes e prejudicando seu desempenho escolar, familiar e profissional, o critério passa a ser então mais dimensional do que quantitativo.

"Um padrão de comportamento disfuncional que tumultua as aulas é um tipo de sintoma do TDAH"

5 - O TDAH desaparece na adolescência?

Não, o paciente não tratado em sua maioria absoluta leva para a adolescência e idade adulta o TDAH, sendo que no início da adolescência o quadro hiperativo desaparece e surge em seu lugar uma energia nervosa e uma inquietação cognitiva, permanecendo a impulsividade, e se não tratado leva o individuo a enfrentar uma série de dificuldades e o agravamento das comorbidades.

6 - Qual a relação do TDAH com a dificuldade de aprendizagem?

O TDAH representa 80% de todas as causas de dificuldade no aprendizado. Contudo, outras patologias devem ser investigadas, tais como: debilidade mental, síndrome do X frágil, epilepsias, síndrome de Tourette e outras patologias neurológicas e sistêmicas.

"O TDAH representa 80% de todas as causas de dificuldade no aprendizado"

7 - Qual o tipo de abordagem terapêutica mais eficaz para o tratamento do TDAH?

A abordagem terapêutica é feita de forma multidisciplinar, envolvendo tanto o diagnóstico quanto o tratamento onde, profissionais médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, psiquiatras, neurologistas, neuropediatras, pediatras etc., são envolvidos no processo, com técnicas específicas como a terapia cognitivo comportamental (TCC) aos cuidados dos Psicólogos e Psiquiatras, e o uso de medicações neuroestimulantes e medicamentos específicos no tratamento das comorbidades. As patologias neuropsicológicas com base biológica não respondem bem a outros tipos de terapias.

8 - Qual a situação atual dos países desenvolvidos em relação ao tratamento da TDAH?

Todos sabemos, que nos países de 1° mundo, a educação e saúde são primordiais, o que justifica em parte ser um país de 1°mundo. Nos Estados Unidos, numa população alvo em torno de 25 milhões de pacientes, mais de 10 milhões encontra-se em tratamento. No Canadá, numa população alvo, de aproximadamente 13 milhões, 8 milhões encontram-se em tratamento.

Na Alemanha, numa população alvo, de 25 milhões de habitantes, aproximadamente 8 milhões encontram-se em tratamento, comparados ao Brasil, com uma população alvo em torno de 17 milhões, para 30 mil pacientes em tratamento, observamos que a nossa situação é grave, de perspectivas sombrias, se as autoridades de saúde publica e educacional não tomarem conhecimento e medidas efetivas para tratar os pacientes com TDAH.

"No Brasil de uma população alvo em torno de 17 milhões, 30 mil pacientes estão em tratamento"

9 - Qual as maiores dificuldades para o tratamento do TDAH?

Falta de centros de referência com pessoal treinado, capacitado e habilitado para diagnóstico e tratamento e a educação no sistema de saúde pública e nas escolas. Outro entrave grave inerente aos países do 3° mundo e a ignorância de um modo geral, isto é, o desconhecimento das instituições e das pessoas em relação às conseqüências de um TDAH não tratado. Não podemos deixar de citar o preconceito, resultado da ignorância, como um dos fatores que entravam e dificultam o tratamento do paciente com TDAH.

É preciso educar, educar e educar para se chegar com maior facilidade a recuperação da saúde do paciente com TDAH.

Na finalização desse processo é fundamental que haja uma avaliação adequada e objetiva da gravidade dos sintomas e/ou qualidade de vida do paciente.

É importante que a família e a escola aprendam a lidar com esta criança, que responde muito melhor, ao reforço positivo do que a punição.

A criança com TDAH na escola, na família e na sociedade, está sempre "fora do contexto", é como se tentássemos encaixar um prego redondo num buraco quadrado.

Esta criança tem que ser envolvida, motivada, para que ela mostre todo o seu potencial, pois são crianças inteligentes, criativas e intuitivas, na realidade esta criança não tem déficit de atenção, ela tem sim, uma inconstância na atenção e são capazes de uma hiperconcentração quando houver motivação.

O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao suporte terapêutico, com diagnóstico técnico e a terapia cognitiva comportamental, onde a participação da escola, na figura do professor, da família como um todo e da equipe interdisciplinar que envolve um número de profissionais específicos para cada caso é que levarão ao sucesso do tratamento. 

Devemos alertar que a interferência de pessoas que não conhecem o TDAH, mesmo sendo às vezes profissionais de áreas afins, funciona como um agravante no tratamento do TDAH, por retardar o tratamento e agravar as comorbidades.

Irineu Dias

Clínica Médica

DÁ PRA CONVIVER COM O DÉFICIT DE ATENÇÃO?

Os sintomas ao longo do tempo podem até reduzir ou sumir, mas, segundo os especialistas, não há cura definitiva para o TDAH. Apesar disso, é possível conviver com o déficit de atenção e hiperatividade. Principalmente, se o tratamento for multimodal

imagem crianças em sala de aulaNão há cura para TDAH, mas há tratamento. Medicação e acompanhamento psicológico trazem qualidade de vida ao portador do transtorno (MAURI MELO)

Não há cura definitiva para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Mesmo que os sintomas se reduzam e até deixem de se manifestar, com o passar dos anos, os especialistas orientam o acompanhamento. Apesar de não haver cura, existe a possibilidade de ter qualidade de vida e conviver bem com o TDAH. O tratamento, chamado de multimodal, envolve medicação, intervenções psicopedagógicas e psicoterapêuticas, além de orientação psicossocial aos pais e professores e ao próprio portador.

O tratamento farmacológico, de acordo com a psiquiatra Maria Conceição do Rosário, professora adjunta do departamento de Psiquiatria da Unifesp, é feito com medicação à base de metilfenidatos ou anfetaminas, prescrita por um médico. As substâncias são estimulantes que agem na produção de dopamina e noradrenalina, substâncias que funcionam como neurotransmissores (levam informação de um neurônio ao outro). A ação dos estimulantes devolve à região do lobo pré-frontal do cérebro a capacidade de agir de forma organizada.

Apesar de alguns efeitos colaterais, como perda de apetite e insônia, os especialistas acreditam que, até o momento, os estimulantes são a melhor opção no tratamento de TDAH. “Os efeitos são transitórios. E dependendo do horário que a medicação é tomada podem até nem aparecer”, explica a psiquiatra. Existem outros medicamentos usados no tratamento que não são estimulantes, mas, de acordo com ela, “o efeito cai muito”. “São usados apenas em pacientes que não se dão bem ou tem comorbidade (outros transtornos associados)”.

As intervenções psicopedagógicas e psicoterapêuticas, junto com a orientação psicossocial aos pais e à escola, têm o objetivo de “tirar o peso do transtorno”, de acordo com o psicólogo Fernando Bryt. “Não somos todos perfeitos. Temos diferentes dificuldades. No caso do TDAH, o que existem são dificuldades específicas. Conhecendo, aceitando e trabalhando essas dificuldades, existe a possibilidade do tratamento se tornar positivo”. Ele lembra ainda que é necessário uma mudança de ambiente, por isso a importância do acompanhamento dos pais e da escola. “Os pais e professores vão aprender a conviver com a criança com TDAH. Antes disso, os professores têm que saber identificar quem são essas crianças”.

Na Capital

Em Fortaleza, existe atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes com TDAH no Hospital de Saúde Mental de Messejana. O Núcleo de Atenção à Infância e Adolescência (Naia) tem psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e terapeutas ocupacionais que fazem atendimentos de diagnósticos psiquiátricos. De acordo com o coordenador técnico, o psiquiatra Alexandre de Aquino, cerca de 80 pacientes são atendidos por semana. Nas tardes de quinta-feira, o atendimento multimodal é exclusivo para portadores de TDAH.

Existe ainda o Núcleo de Inovação e Pesquisa do Transtorno por Déficit de Atenção, Hiperatividade e Problemas de Conduta (NIP/TDAH) da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Com a coordenação do psicólogo Fernando Bryt, o núcleo, além de fazer pesquisas sobre o tema, junto ao Naia, pretende movimentar a sociedade na luta para melhorar a qualidade de vida dos portadores de TDAH. “Queremos ajudar a sociedade a se organizar. Para haver uma ajuda mútua entre as famílias e os portadores e a cobrança de direitos”, explica o psicólogo Fernando Bryt. (Gabriela Meneses)

SERVIÇO

O atendimento gratuito a crianças e adolescentes com TDAH no Núcleo de Atenção à Infância e Adolescência (Naia) do Hospital de Saúde Mental de Messejana é realizado às quintas-feiras, das 14 às 17 horas.

Mais informações: (85) 3101 4317

PARA LER

No Mundo da Lua.

Paulo Mattos. Lemos

Editorial, 2001

Melhorando a Atenção e Controlando a Agitação.

Maria Isabel Vicari.

Editora Thot, 2006

Levados da Breca. Marco
A. Arruda. 2ª edição.

Ribeirão Preto, 2008

TDA/TDAH - Sintomas, Diagnósticos e Tratamentos: Crianças e Adultos. Phelan, Thomas W. M.Books do Brasil

Editora, 2005

MULTIMÍDIA

Associação Brasileira do Déficit de Atenção

www.tdah.org.br

TDAH Fortaleza

www.tdah-fortaleza.blogspot.com

DÉFICIT DE ATENÇÃO - MATERIAIS

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Transtorno de Déficit de Atenção no Adulto - clique aqui para baixar ou ler online

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imagem Albert Einstein portador de TDA

 

 

Transtorno de Déficit de Atenção – TDA - clique aqui para baixar ou ler online 

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imagem com o texto Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

 

 

Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade - clique aqui para baixar ou ler online

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Imagem do documento escrito Transtorno de Déficit de Atenção

 

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – Terapia - clique aqui para baixar ou ler online

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Transtorno de Déficit de Atenção - clique para baixar ou ler online

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Um olhar psicopedagógico sobre o TDAH e o sintoma na aprendizagem da escrita - clique aqui para baixar ou ler online

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Tratamento do TDA - clique aqui para baixar ou ler online

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TDAH – El control de las emociones - clique aqui para baixar ou ler online

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TDAH: Meu mundo é diferente - clique aqui para baixar ou ler online

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TDAH: Uma conversa com educadores - clique aqui para baixar ou ler online

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Cartilha Direitos dos Portadores de TDAH - clique aqui para baixar ou ler online

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Cartilha ABDA TDAH - clique aqui para baixar ou ler online

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DIAGNÓSTICO INADEQUADO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

Sexta-feira, 6 de maio de 2011 – 09h04      

Brasileiros têm diagnóstico inadequado de déficit de atenção

imagem de uma criança estudando

Maioria das crianças com o distúrbio é agitada e tem dificuldade de concentração na sala de aula

Dificuldade de concentração e hiperatividade são as características do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade), distúrbio psiquiátrico que atinge 5% das crianças em todo o mundo.

Para controlar os sintomas, é necessário fazer uso de medicamentos psicoterápicos que agem sobre o sistema nervoso central, aumentando a capacidade de concentração. No entanto, cerca de 75% dos brasileiros que fazem uso desse tipo de remédio não preenchiam aos critérios internacionais de diagnóstico da doença.

Esse foi um dos dados do estudo realizado por especialistas da USP, da Unicamp, do Instituto Glia e do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos. A pesquisa colheu dados de seis mil crianças e adolescentes em 18 Estados do Brasil.

“Alguns médicos prescrevem o medicamento, mas não conhecem bem a doença”, diz Eduardo Perin, psiquiatra da Unifesp. Outro fator que explica o diagnóstico inadequado é a pressão social em relação ao desempenho escolar da criança.

Para o diagnóstico correto, os pais devem procurar especialistas de confiança e que sigam os critérios internacionais para avaliar os sintomas da doença. Também é importante verificar a necessidade do uso do remédio.

O que você deve saber sobre o TDAH e como o distúrbio atua em cada etapa da vida


- Características: o TDAH é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela constante falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.


- Infância: o TDAH pode ser percebido em crianças a partir dos seis anos. Na maioria dos casos, elas são agitadas e têm dificuldade de concentração na sala de aula e em outras atividades.


- Adolescência: adolescentes que não tratam o TDAH correm risco de usar drogas e virar dependentes químicos.


- Juventude: o distúrbio dificulta o desempenho do jovem na universidade. Repetência ocorre com frequência em casos sem tratamento.


- Adultos: a probabilidade de depressão e suicídio em adultos que não buscam tratamento para TDAH é maior.


- Tratamento: à base de medicamentos psicoterápicos e terapia comportamental. O tratamento para crianças e adolescentes também deve contar com a ajuda da família e da escola.


- Escola e família: na sala de aula, a criança deve sentar-se na primeira fila e o professor deve ajudá-la sempre que necessário e chamar sua atenção. A família deve ajudar o estudante com a lição de casa, ou seja, certificar-se de sua concentração nos estudos e organização.

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