quinta-feira, 30 de junho de 2011

DIAGNÓSTICO INADEQUADO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO

Sexta-feira, 6 de maio de 2011 – 09h04      

Brasileiros têm diagnóstico inadequado de déficit de atenção

imagem de uma criança estudando

Maioria das crianças com o distúrbio é agitada e tem dificuldade de concentração na sala de aula

Dificuldade de concentração e hiperatividade são as características do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade), distúrbio psiquiátrico que atinge 5% das crianças em todo o mundo.

Para controlar os sintomas, é necessário fazer uso de medicamentos psicoterápicos que agem sobre o sistema nervoso central, aumentando a capacidade de concentração. No entanto, cerca de 75% dos brasileiros que fazem uso desse tipo de remédio não preenchiam aos critérios internacionais de diagnóstico da doença.

Esse foi um dos dados do estudo realizado por especialistas da USP, da Unicamp, do Instituto Glia e do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos. A pesquisa colheu dados de seis mil crianças e adolescentes em 18 Estados do Brasil.

“Alguns médicos prescrevem o medicamento, mas não conhecem bem a doença”, diz Eduardo Perin, psiquiatra da Unifesp. Outro fator que explica o diagnóstico inadequado é a pressão social em relação ao desempenho escolar da criança.

Para o diagnóstico correto, os pais devem procurar especialistas de confiança e que sigam os critérios internacionais para avaliar os sintomas da doença. Também é importante verificar a necessidade do uso do remédio.

O que você deve saber sobre o TDAH e como o distúrbio atua em cada etapa da vida


- Características: o TDAH é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela constante falta de atenção, hiperatividade e impulsividade.


- Infância: o TDAH pode ser percebido em crianças a partir dos seis anos. Na maioria dos casos, elas são agitadas e têm dificuldade de concentração na sala de aula e em outras atividades.


- Adolescência: adolescentes que não tratam o TDAH correm risco de usar drogas e virar dependentes químicos.


- Juventude: o distúrbio dificulta o desempenho do jovem na universidade. Repetência ocorre com frequência em casos sem tratamento.


- Adultos: a probabilidade de depressão e suicídio em adultos que não buscam tratamento para TDAH é maior.


- Tratamento: à base de medicamentos psicoterápicos e terapia comportamental. O tratamento para crianças e adolescentes também deve contar com a ajuda da família e da escola.


- Escola e família: na sala de aula, a criança deve sentar-se na primeira fila e o professor deve ajudá-la sempre que necessário e chamar sua atenção. A família deve ajudar o estudante com a lição de casa, ou seja, certificar-se de sua concentração nos estudos e organização.

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