sábado, 1 de setembro de 2012

Aluno com deficiência auditiva defende dissertação sobre ambiente de EAD para surdos

Publicado em 28.08.2012, às 10h22

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Marcelo Amorim sugere melhorias no âmbito da acessibilidade e usabilidade no projeto Amadeus do CIn/UFPE

Do NE10

Quando um pesquisador convive, na prática, com a problemática do seu estudo, a apresentação dos resultados dessa pesquisa torna-se bem interessante; ainda mais, quando trata-se de um aluno com deficiência auditiva que se debruçou sobre o ambiente virtual de aprendizagem para surdos.

O mestrando Marcelo Lúcio Correia de Amorim defenderá sua tese "Estilos de interação web de navegação e ajuda contextual para usuários surdos em plataformas de gestão da aprendizagem", na próxima sexta-feira (31), às 10h, no Centro de Informática (CIn) da UFPE. A defesa é aberta ao público.

O problema de pesquisa surgiu a partir da dificuldade que Marcelo e seus colegas - todos surdos - da graduação na modalidade de Ensino à Distância (EAD) tiveram para utilizar o ambiente virtual nesta modalidade de ensino. Para as aulas do mestrado, Marcelo contou com a ajuda de um intérprete de Libras.

O mestrando, sob orientação do professor Fernando Fonseca, sugere melhorias no âmbito da acessibilidade e usabilidade no projeto Amadeus do CIn/UFPE, cuja próxima versão (1.0) terá recurso de acessibilidade para alunos surdos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Estimulação precoce em portadores de deficiência é desenvolvida em MG

28/08/2012 13h32- Atualizado em 28/08/2012 13h32

 

Crianças em Araxá recebem atendimento desde os primeiros anos de vida.
São orientadas por profissionais de psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia.

Do G1 Triângulo Mineiro

Crianças portadoras de deficiência participam de um trabalho de estimulação precoce motora e cognitiva em Araxá, no Alto Paranaíba. Uma equipe interdisciplinar oferece apoio a elas desde os primeiros anos de vida. O atendimento é feito no Centro de Atendimento à Criança em parceria coma a Fundação Abrinq. São atendidas até 20 crianças, orientadas por profissionais das áreas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, pediatria e outras.

De acordo com a pediatra Maria Inês Araújo, a criança que precisa de atendimento como esse, mas não o recebe pode ter mais dificuldades para se desenvolver. “Ela pode ficar com sequelas em áreas motoras e cognitivas. Por isso, é importante essa avaliação desde o começo para que possamos avaliar o desenvolvimento da criança”, explicou.

De acordo com a terapeuta ocupacional, Cristiane Silveira e Oliveira, o trabalho auxilia em vários fatores. “Orienta o brinquedo adequado à idade e a partir daí a criança consegue, dentro do aprendizado, brincar corretamente”, explicou.

Segundo a fisioterapeuta Débora Riera Dias Tavares, as mães aprendem como conduzir os movimentos dos filhos. “As atividades são propostas à medida que as mães se aproximam das crianças. Nós orientamos onde as mães devem pegar, ‘pontos chave’ e, a partir daí, a mãe consegue guiar os movimentos normais da criança”.

O filho de Lorena Gomes Martins tem paralisia cerebral e depois do atendimento melhoras significativas foram percebidas no menino. "Ele aprendeu a se socializar com as crianças, aprendeu o movimento de buscar algum objeto então eu vejo uma evolução muito grande", contou.

A também mãe Thais Mazer ressaltou que o trabalho deve continuar em casa. "Temos que fazer os exercícios e isso deve ser contínuo ao que é feito aqui. A mãe tem que se esforçar e fazer em casa", disse.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LARAMARA e FUMCAD facilitam a inclusão social de pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas

Sandra Tacla NOTÍCIAS - Saúde

As pessoas com deficiência visual possuem necessidades específicas para sua educação e inclusão. Necessitam estímulos diferenciados para seu desenvolvimento e socialização, que irão ajudá-las a superar os obstáculos e a usar adequadamente os órgãos sensoriais.

Dentre as principais dificuldades da pessoa cega e com baixa visão, encontra-se a falta desses estímulos, que poderão ser supridos com materiais de tecnologia assistiva que propiciam seu desenvolvimento, seja no âmbito educacional, profissional ou social. Para fomentar o acesso, gratuitamente, aos recursos que facilitam a participação efetiva dessas pessoas na sociedade, a Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual em parceria com o FUMCAD (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente) lançam o projeto Inclusão Social e Tecnologia Assistiva, que visa beneficiar cerca de 350 crianças e adolescentes de baixa renda, cegos, com baixa visão e com deficiências adicionais (entre 0 a 17 anos e 11 meses), atendidos na instituição ou indicadas por outras parceiras, no município de São Paulo, com recursos variados.

Os beneficiados pelo projeto serão pré-selecionados pela equipe técnica e multidisciplinar da Associação que determinará os recursos a serem doados de acordo com a necessidade de cada um, importantes para a alfabetização, inclusão escolar, autonomia e independência das crianças e adolescentes com deficiência visual associada ou não a múltipla deficiência. A instituição disponibilizará para esta ação: máquinas de escrever em braille; softwares de ampliação, com recurso de voz e de acesso a livros e revistas; bengalas; lupas com e sem iluminação; telelupas; brinquedos pedagógicos, livros e DVDs instrucionais, além de diversos produtos tecnológicos de acessibilidade.

O FUMCAD, Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Cidade de São Paulo, beneficia entidades que apóiam as crianças e adolescentes, através de doações da Renúncia Fiscal do Imposto de Renda.

Esta iniciativa não onera o doador e traz grandes benefícios para a sociedade.

“Faça você também sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida das crianças com deficiência visual” diz Mara Siaulys – presidente e fundadora da Laramara

As indicações já podem ser direcionadas para a associação Laramara, assim como todos os interessados nas ações do projeto e patrocinadores (doações dedutíveis do Imposto de Renda Devido - IRD). Mais informações pelos telefones (11) 3660-6433 ou 3660-6434 e pelo e-mail lara...@laramara.org.br

Sobre a Laramara

Laramara é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual do Brasil e um centro de referência na América Latina na inclusão social da pessoa com deficiência visual. Realiza atendimento educacional especializado, com ações complementares e atividades específicas essenciais à aprendizagem e desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades socioeducativas são realizadas em grupos, organizados por faixa etária e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para a inclusão, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de 30 recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros, manuais e DVD's, contribuindo para que todas as crianças brasileiras possam ser educadas e beneficiadas. Laramara trouxe para o Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala, indispensáveis para a educação e a independência da pessoa cega. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto educacional incluindo a preparação para o mundo do trabalho e vem desenvolvendo um programa para os jovens maiores de 17 anos. Laramara, desde sua fundação, acreditou no valor do brincar e do brinquedo para a interação com a criança e para facilitar o desenvolvimento infantil; defende o direito da criança com deficiência visual a um aprendizado alegre e prazeroso, com brincadeiras e otimismo e continua cada vez mais unida em torno deste ideal. O trabalho da Laramara, que agora completa 21 anos, atua efetivamente no estado de São Paulo e procura colaborar também para a inclusão das pessoas com deficiência visual em todo o Brasil.

Associação Laramara

Endereço: Rua Conselheiro Brotero, 338 – Barra Funda – SP/SP

Telefone: (11) 3660-6400 e Fax: (11) 3662-0551

www.laramara.org.br

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Adaptada aos deficientes, Londres serve de inspiração ao Rio-2016

Mobilidade não apenas para atletas e torcedores, mas para a população como um todo. Com boa parte de suas linhas de transporte adaptadas para deficientes, Londres serve de modelo para as melhorias que deverão ser feitas no Rio de Janeiro, sede dos próximos Jogos.

Composta por 8.500 ônibus, a frota londrina é 100% adaptada aos cadeirantes. Além disso, um sistema implantado há dois anos auxilia cegos, surdos e até turistas: todas as paradas da cidade foram mapeadas e um painel eletrônico dentro de cada ônibus avisa qual é o próximo ponto.

Os deficientes têm acesso gratuito a todo sistema de transporte.

Maior e mais antigo sistema do mundo, o metrô londrino é, contudo, o grande entrave para garantir a acessibilidade total. As escadarias e a distância das plataformas para os vagões impossibilitam o uso pelos cadeirantes. Embora as estações antigas não possam ser adaptadas (as que possibilitavam ter elevadores já foram reformadas), instalações a partir da década de 80 são plenamente acessíveis. Não por acaso, as praças esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão concentradas no lado leste da cidade, região de expansão da metrópole e que possui a maior parte das linhas adaptadas. Uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) é de que todos os locais de prova tenham acesso público inclusive para deficientes.

Vagão do metrô londrino, com assentos retráteis e barra de sustentação, destina espaço para até dois cadeirantes (Foto: Martin Belam/Creative Commons) Vagão do metrô londrino, com assentos retráteis e barra de sustentação, destina espaço para até dois cadeirantes (Foto: Martin Belam/Creative Commons)

Com frota semelhante a londrina – são oito mil veículos -, o Rio de Janeiro já conta com mais de 50% dos ônibus adaptados. A renovação completa ocorrerá até 2014, já que a cidade também é sede da Copa do Mundo. Escolhido como sistema de transporte para os Jogos de 2016, o BRT (Bus Rapid Transit) também será completamente adaptado. Membros do Programa de Observadores estão em Londres para estudar outras soluções. Outro desafio para receber a competição paralímpica é que todas as instalações atendam às necessidades dos atletas.

“Os dois eventos (Olimpíadas e Paralimpíadas) têm muito em comum, mas existem diferenças importantes que precisam ser respeitadas e planejadas. Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 certamente serão um marco na vida das milhões de pessoas com deficiência no Brasil”, diz a gerente de Integração Paralímpica do Rio 2016, Mariana Mello.

Fonte: http://www.ebc.com.br/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PE registra quase 2 mil denúncias de maus-tratos contra deficientes

28/08/2012 09h25- Atualizado em 28/08/2012 09h26

Maioria dos crimes é cometida dentro das próprias casas.
Vizinhos e familiares devem procurar delegacias.

Do G1 PE

Em Pernambuco, foram registradas 1.894 denúncias sobre crimes como maus tratos e agressão física e verbal contra crianças e adultos com deficiência física. Os números, preocupantes, levam o alerta à população: a maioria dos casos acontece dentro das próprias casas das pessoas com necessidades especiais; vizinhos e familiares precisam ficar atentos para denunciar.

De acordo com números divulgados pelo Disque Denúncia, em 59% dos casos, as mães são as principais agressoras das crianças. As agressões feitas por avós, tios e primos chegam a 11%; o pai aparece em 8% dos registros. Entre os adultos com deficiência, as agressões cometidas pelas mães chegam a 26%. Em 25% dos casos, as agressões são dos irmãos. Os filhos aparecem em 12% das agressões aos pais.

Para realizar a denúncia não existe delegacia específica. A orientação da polícia é procurar a delegacia mais perto de casa, pois será a responsável pela investigação. A população ainda pode procurar ajuda no Ministério Público ou na Defensoria Pública.

Dentre os casos mais comuns apontados pela polícia, estão a falta de cuidados, como banho, a agressão física e a não ministração de medicamentos. “A experiência demonstra que maior parte dos crimes são praticados no âmbito doméstico. As próprias testemunhas são a família ou vizinhos. A proteção aos deficientes é dever de todos”, contou o delegado Paulo Berenguer, da delegacia de Boa Viagem, no Recife. A punição para quem comete crime contra deficientes é agravada em um terço.

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