sábado, 30 de novembro de 2013

Deficiente visual é bronze na final do campeonato de Judô

Próxima competição do atleta será a Corrida Inclusiva, na cidade de Mogi Guaçu

Jornal Diário Regional
O jovem fernandopolense Gustavo Fontes Mafra esteve na cidade de Natal/RN, onde participou no ultimo sábado, dia 23, da final do Grand Prix de Judô para Cegos.

No campeonato, realizado no ginásio Federal de Natal, participaram deficientes visuais -total e parcial - vindos de diversas regiões do Brasil e de países como a Argentina, Uruguai e Romênia.

Mesmo sem patrocinadores e contanto apenas com a solidariedade e o carinho de alguns amigos, Gustavo foi a Natal com sua mãe Célia Fontes Mafra e sua treinadora Emiliana Pires.
Sempre muito confiante na sua atuação no tatame, o jovem mostrou garra, determinação e conquistou lugar no pódio como medalhista de bronze em sua categoria.

A classificação
Gustavo foi classificado entre os melhores do Brasil no mês de abril deste ano, na cidade de São Paulo, oportunidade em que participou da primeira etapa do campeonato, ficando entre os 10 primeiros colocados na categoria iniciante.

O atleta está filiado na Confederação Brasileira de Desportos para Cegos desde o ano de 2008 e em 2014 enfrentará mais dois campeonatos no Brasil e possivelmente irá ao México, no final do ano que vem.

“Gustavo não desiste, tem força, fé e perseverança, além do judô ele irá participar da Corrida Inclusiva na cidade de Mogi Guaçú, no próximo domingo, na etapa cinco quilômetros, junto com outros assistidos da ADVF (Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis), sendo eles: Valdeci, Otamar, Cilso, Jaime, Ricardo e Diego, cada um terá seu guia para poder auxiliá-los no trajeto da corrida”, comentou Célia.

Para a Corrida Inclusiva, a Prefeitura Municipal de Fernandópolis cedeu o microônibus que vai fazer o transporte dos atletas e seus guias.

Deficiente auditivo faz time se adaptar e vira destaque do Vasco Patriotas

Thiago Costão chega à terceira equipe na grama, obriga defesa cruz-maltina a fazer mudanças e é apontado como arma para semifinal do Touchdown neste sábado

Por Leo VelascoRio de Janeiro

Thiago Costão, Vasco Patriotas futebol americano (Foto: Reprodução / Facebook)Thiago Costão é deficiente auditivo desde os três anos (Foto: Reprodução / Facebook)

Ter que se adaptar sempre foi uma necessidade, mas nunca um problema na vida de Thiago Martins da Costa. Deficiente auditivo desde os três anos, ele é linebacker do Vasco da Gama Patriotas e garante que sempre teve uma vida normal. Ele precisa apenas de alguns ajustes, como os que a defesa cruz-maltina foi obrigada a fazer, mas nada que impeça que ele seja um destaque do time que disputa a semifinal do Torneio Touchdown neste sábado, às 18h, contra o Jaraguá Breakers em Santa Catarina.

- Eu tive uma meningite meningocócica com três anos de idade. Perdi a audição dos dois lados na época. Consegui recuperar a direita, entre 60% e 70%, e a esquerda é zero. Nunca tive dificuldade em relação ao meu problema auditivo. Sempre batalhei pelo que eu quis. No meu dia a dia nunca foi problema para mim, sempre estudei em colégio normal, todo mundo sabia do meu problema e sabia que se falasse do meu lado esquerdo ou pelas costas eu poderia não entender. Mas nunca foi um empecilho para nada – contou o jogador.

Costão começou a jogar futebol americano na praia em 2004, aos 16 anos. Parou por um tempo para se dedicar ao futebol da bola redonda, passando por Nova Iguaçu, Botafogo e Bangu. Voltou a se dedicar à bola oval, defendendo o Piratas de Copacabana nas areias cariocas.

- Jogar no campo é um pouco mais complicado porque o capacete tampa um pouco a nossa audição e às vezes eu tenho dificuldade de entender. Mas meus companheiros de equipe sabem do meu problema, então eles sempre chegam perto de mim, falam de frente para mim, porque eu faço leitura labial, e aí facilita bastante.

Thiago Costão, Vasco Patriotas futebol americano (Foto: Jayson Braga/Divulgação TTD)

Thiago Costão, camisa 50, derruba jogador do Corinthians nas quartas de final (Foto: Jayson Braga/Divulgação TTD)

O começo no futebol americano de grama foi em 2010, defendendo o Fluminense Imperadores. Nos dois anos seguintes, atuou pelo Botafogo, chegando ao Vasco, seu terceiro time, nesta temporada. A cada nova equipe, ele precisava que seus companheiros também se adaptassem.
- Nesses times que passei, tive que me adaptar a cada um deles, porque cada um joga de uma forma diferente. Mas nunca tive muita dificuldade. Já aconteceu de ter má comunicação. Aqui principalmente, porque sou novo na equipe, a defesa é mais entrosada, e eu sou uma peça nova. Não pegamos bem a comunicação no início do campeonato. Com o tempo eles foram entendendo melhor, isso foi se ajustando, e hoje em dia a comunicação não falha tanto como no começo – explicou Thiago.

Apesar das dificuldades iniciais para adaptar a defesa do Vasco às necessidades de Costão, a chegada do linebacker é muito elogiada por Roldan Júnior, presidente da equipe e capitão defensivo do time cruz-maltino.

- O Costão é um cara muito conhecido já na praia, é um destaque há muito tempo. Ele somou muito à nossa defesa. A vinda dele foi especial para a gente. Foi a melhor contratação do Vasco nesse ano, junto com o (running back) Rômulo – declarou Roldan.

Dificuldade para contratar deficiente já faz empresas acionarem a Justiça

Tisa Moraes

Com dificuldades para conseguir contratar pessoas com deficiência, empresas de Bauru têm apelado à Justiça para não serem punidas. Neste ano, ao menos duas ingressaram com mandados de segurança para justificar o não cumprimento da cota exigida por lei.

Os dados são da subdelegacia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Bauru, que abrange 55 municípios. Embora o número ainda seja baixo, revela uma tendência que pode se intensificar, dada a dificuldade generalizada que as organizações experimentam na hora de preencher as vagas de emprego que precisam ser disponibilizadas para deficientes.

Com o mandado, elas buscam se resguardar e evitar autuações, que podem custar caro: os valores variam entre R$ 1.329,00 a R$ 132.916,00, de acordo com a quantidade de vagas não preenchidas.

Somente neste ano, segundo o MTE, 35 empresas foram multadas na região, de um total de cerca de 200 fiscalizadas. Juntas, elas somaram 158 vagas de trabalho que deveriam ter sido destinadas – e não foram – a pessoas com deficiência.

Segundo o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Bauru, José Eduardo Rubo, a baixa escolaridade e a falta de qualificação profissional são apontadas pelos empresários como os principais motivos que impedem as contratações.

Por outro lado, como as vagas oferecidas geralmente são para funções operacionais, os baixos salários acabam sendo pouco atrativos para profissionais habilitados.

“Muitos recebem benefício da Previdência e, se aceitarem o emprego, perdem esse direito. Se o salário não for maior, realmente não veem vantagem em ficar com a vaga”, detalha.

Consultor de recursos humanos em Bauru, Cleber Andriotti Castro destaca que os vencimentos de pessoas com deficiência estão, em média, entre um e dois salários mínimos. “E é muito difícil identificar alguma empresa em que deficientes exerçam cargos de liderança”, completa.

Espaço físico

Outro entrave é a necessidade de adaptações na estrutura física das empresas, para que os espaços possam ser adequados ao trabalho e ao deslocamento destes profissionais. Dependendo da deficiência do trabalhador, o prédio precisa passar por ampla reforma de acessibilidade, como é o caso de cadeirantes.

“São necessárias rampas, banheiros com barras e assento adequado, portas mais largas e até elevadores, em alguns casos, o que custa caro. Por este motivo, eles estão entre os que mais encontram dificuldades para conseguir se inserir no mercado de trabalho”, aponta a coordenadora geral do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comude), Ariani Queiroz Sá. Ela avalia que os critérios para contratação, em muitos casos, são bastante rigorosos, mas Castro pondera que, para se enquadrar na lei, as organizações têm sido mais flexíveis.

Mas o consultor de recursos humanos também cita como obstáculo a ausência de treinamento específico para que este tipo de profissional se adapte rápida e plenamente dentro das empresas. “Falta um pouco de conscientização dos líderes e até de outros funcionários para que o deficiente possa se adaptar mais facilmente à rotina de trabalho”, observa.

Iniciativas

Exatamente para tentar atender à demanda das empresas, iniciativas para capacitar pessoas com deficiência para o trabalho são cada vez mais frequentes.

Uma delas é promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que oferece gratuitamente um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para surdos que queiram frequentar os cursos profissionalizantes da instituição.

O intérprete Marcos Luís Dias, 42 anos, trabalha há quatro anos no Senai e, neste período, já ajudou oito surdos a concluir os estudos técnicos.

“Eu acompanho estes surdos durante dois anos para interpretar o que é dito nas aulas, em cursos de qualquer área que seja de seu interesse. Eles são muito interessados e têm a mesma condição de aprendizado”, conta ele, que é intérprete de Libras há 12 anos.

Outros exemplos são do Centro de Reabilitação Sorri Bauru, que desenvolve um projeto de qualificação profissional voltado a deficientes físicos, e do governo do Estado, que, em parceria com a Anhanguera Educacional, está oferecendo um curso de curta duração para capacitar trabalhadores na área de vendas. Iniciativas individuais como a da auxiliar de biblioteca Diomara Dias, 42 anos, também tem sua importância.

Há um ano, ela criou uma página no Facebook para ajudar empresas interessadas em atender a cota estabelecida por lei e pessoas com deficiência em busca de trabalho. De maneira voluntária, ela busca anúncios de emprego em sites e jornais e publica no perfil, ao mesmo tempo em que aciona as empresas quando trabalhadores com deficiência procuram a página para recolocação no mercado de trabalho.

“Eu tenho fenda labiopalatina e nunca fiquei sem emprego. Mas tenho amigos que enfrentam dificuldades para conseguir trabalhar e foi por isso que resolvi fazer o perfil. Os resultados têm sido além da expectativa”, revela ela, que é técnica de enfermagem formada e já trabalhou em vários hospitais da cidade. “Há seis meses, estou na biblioteca em uma faculdade e gosto muito do que faço”, diz.

Mudança de visão

“A visão que a sociedade tem sobre a pessoa com deficiência e a visão que a família e a própria pessoa tem sobre si mesma está mudando”. A afirmação é da coordenadora geral do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comude), Ariani Queiroz Sá, que foi acometida por paralisia infantil e é cadeirante há oito anos, devido a uma cirurgia mal sucedida.

Para ela, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no próximo dia 3 de dezembro, há muito a ser comemorado. Embora avalie que as dificuldades ainda existam, Ariani observa que as políticas públicas para inserção das pessoas com deficiência no ensino regular e no mercado de trabalho contribuíram, e muito, para que elas se sentissem parte da sociedade. “Antigamente, elas não saíam de casa, não se arriscavam, não se lançavam a desafios. O entendimento era de que aquela deficiência impunha obstáculos que não podiam ser transpostos”, pondera.

Diante do atual momento de transição, ela analisa que novos horizontes ainda estão para ser descortinados pelas próximas gerações.

Exigência legal abriu portas

Diante da exigência legal e da maior abertura das empresas para contratar pessoas com deficiência, é cada vez mais comum encontrar pessoas com este perfil no mercado de trabalho – ainda que faltem profissionais para completar todas as vagas disponíveis.

Um exemplo é a auxiliar administrativa Elisângela Cristina Poiato, 33 anos, que foi contratada há cerca de 20 dias para trabalhar no departamento pessoal de uma recuperadora de crédito da cidade.

Acometida por uma deficiência auditiva profunda, Elisângela usa um aparelho que lhe permite conversar e desempenhar suas funções normalmente dentro da empresa.

“Estou no mercado de trabalho há 16 anos e também vendo cosméticos para complementar a renda. Moro com minha mãe, mas consigo me sustentar sozinha. Tenho uma vida normal”, relata.

O novo emprego, aliás, inspirou Elisângela a voltar a estudar. A partir do ano que vem, ela pretende se matricular em uma faculdade para cursar recursos humanos.

A Lei de Cotas

A lei 8.213, de 24 de julho de 1991, conhecida como Lei de Cotas, define que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2% e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de deficiência.

As empresas que possuem de 100 a 200 funcionários devem reservar, obrigatoriamente, 2% de suas vagas para trabalhadores com este perfil. As organizações que possuem entre 201 e 500 funcionários, 3%; as que têm entre 501 e 1.000 funcionários, 4%; e as empresas com mais de 1.001 funcionários, 5% das suas vagas.

Surdo e deficiente visual, jovem cria sistema online para a Biblioteca Nacional

O próximo passo de Jandir é ingressar no curso de Análise de Desenvolvimento de Sistemas

A intérprete Eurípia Inês auxiliou Jandir durante as aulas e ensinou a língua de sinais para toda a turmaDivulgação/ Núcleo de Divulgação e Marketing Institucional da ETB

O aluno portador de surdez profunda e deficiência visual grave, Jandir Alves Guimarães, 22 anos, concluiu o curso técnico em Informática na ETB (Escola Técnica de Brasília) com duração dois anos sendo assistido durante o período de estudo pela professora intérprete, Eurípia Inês da Fonseca. No fim do curso, ele criou um sistema online de consulta para Biblioteca Nacional em parceria com três amigos.

Os colegas de classe também aprenderam a língua de sinais. Eurípia conta que a cada dia ensinava um pouco de sinais para a turma do Jandir. Hoje a turma que o acompanha desde o primeiro semestre conversa sobre tudo com ele, inclusive nas atividades fora da escola.

Jandir chegou a criar um dicionário de sinais com termos técnicos de informática para usar durante as aulas. A intérprete explica que Jandir tem complicações na visão, não possui visão periférica e tem dificuldades em enxergar a noite.

Além da professora responsável por traduzir as aulas em Libras, o aluno contou com aulas de reforço em horário contrário ao das aulas junto à professora técnica Marlete Maria. 

Natural de Rondônia, Jandir mora com a avó em Águas Claras e se esforça nas aulas do curso. Eurípia explica que ele passava por dois processos, um era o entendimento da língua portuguesa ou inglesa – por causa dos termos técnicos em informática – em língua de sinais e depois o entendimento do conteúdo em si. O aluno é constantemente lembrado pelos professores e colegas de classe pela dedicação e seriedade com o curso.  

Projeto

Como requisito para obtenção do título de técnico em Informática, o aluno, juntamente com outros três colegas de classe criaram um sistema online de consulta, devolução e reserva de livros para a Biblioteca Nacional de Brasília, utilizando a linguagem Java.  

O sistema online foi projetado para ser usado de forma simples, sem grandes obstáculos. O aluno Lukas Oliveira, 19 anos, também participoiu do projeto conta que a participação de Jandir foi essencial para execução do projeto.  

— A parte de modelagem de dados e da interface foi pesquisada e formulada pelo Jandir, e ele levou em consideração justamente a simplicidade na hora de acessar o sistema. Eu e os demais componentes do grupo dividimos as outras tarefas para funcionar o programa. 

Assim como Jandir, Lucas também quer ingressar em uma faculdade que ofereça o curso de Análise de Desenvolvimento de Sistemas e prestar concurso público. Ele pretende seguir carreira na área da Ciência da Computação. 

O projeto final do grupo de Jandir sobre o sistema online para a Biblioteca Nacional foi apresentado no dia 19 de novembro, às 9h, no auditório da ETB, localizado na QS 07 lote 02/08 Avenida Águas Claras.

Viatura da EPTC é flagrada em vaga de deficiente

 

Empresa de trânsito diz que repudia o fato e abrirá processo administrativo para punir funcionário

Viatura da EPTC é flagrada em vaga de deficiente  Fabio Belloli/Arquivo pessoal

Internauta flagrou viatura de uso administrativo da EPTC em local indevidoFoto: Fabio Belloli / Arquivo pessoal

Um usuário da rede social Twitter publicou, na manhã desta quinta-feira, a foto de uma viatura da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estacionada sobre vaga de deficiente, no pátio da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre.

O post foi respondido pela EPTC, justificando que a direção da empresa repudia a atitude mostrada na imagem e que a viatura em questão não era de fiscalização de trânsito, e sim para serviços administrativos. A direção informou ainda que foi aberto um processo de penalização ao funcionário que estacionou em vaga para deficiente.

Deficiente visual é proibido de ficar em loja junto de cão-guia

Gabriel e Júlia: parceiros há pouco mais de um ano

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Deficiente visual desde o nascimento, o analista de sistemas Gabriel Vicalvi, de 28 anos, passou por apuros no último dia 20. Em uma loja de um shopping em São Caetano do Sul foi proibido de ficar no estabelecimento por estar com seu cão-guia, a golden retriever Júlia, de 4 anos. Entenda o ocorrido:

O que aconteceu?

Entrei em loja de artigos importados no ParkShopping São Caetano para comprar um presente para minha namorada. Minha prima de 11 anos foi comigo, enquanto minha namorada e meus tios esperavam no corredor. Fiquei aguardando que alguém me atendesse, mas não obtive resposta.

Pouco depois, um funcionário me abordou dizendo que eu não poderia entrar lá com meu cachorro. Expliquei que estava dentro da lei: os cães-guias podem circular por qualquer espaço público. Ele continuou sendo arrogante. Fiquei constrangido. Disse que se ele quisesse que eu saísse, teria que chamar a polícia. O rapaz me deixou lá sozinho, dei uma volta na loja para mostrar como a Júlia é tranquila e fui embora.

Gabriel em frente à loja onde teve problemas: repercussão na internet

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O que fez em seguida?

Pensei em ir na delegacia, mas como era feriado preferi evitar essa dor de cabeça. Publiquei a história no Facebook e milhares de pessoas compartilharam. A empresa escreveu um comunicado pedindo desculpas.

Isso já ocorreu antes?

Sim, mas em todas as vezes eu expliquei sobre a lei e a pessoa acabou compreendendo. Muita gente não sabe e acha que se trata de um cachorro comum.

Há quanto tempo está com a Júlia?

Há pouco mais de um ano. Ela me acompanha o dia inteiro, dentro de ônibus e metrô, quando vou para o trabalho e para a faculdade à noite. Andei mais de vinte anos com a bengala. Quando ela entrou em minha vida, precisei me entregar totalmente. É preciso ter plena confiança na condução dela.

Momento do chamego: Júlia tem uma página do Facebook com mais 2000 seguidores

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Por que criar uma página do Facebook para ela?

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Só há oitenta cães-guia no Brasil. Sinto-me privilegiado em ser uma das pessoas beneficiadas. O site é um modo de divulgar o trabalho dela e fazer com que as pessoas apoiem mais a causa. Ela faz bastante sucesso, tem mais de 2000 seguidores.

O que a Júlia gosta de fazer?

Ela não pode brincar com bolinha, pois há muita gente jogando bola na rua e isso pode distraí-la. Mas ela ama morder garrafas pet e ir na piscina.

Amiga de todas as horas: a cadela o acompanha no trabalho e na faculdade (Fotos:

Facebook Gabriel Vicalvi)

 

4ª Virada Inclusiva - Participação Plena!!!

4ª Virada Inclusiva - Participação Plena!!!

Site: http://viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br/

"Quebrem Barreiras, Abram Portas: Por uma Sociedade Inclusiva para Todos". Este é o tema instituído pela ONU para 2013. A recomendação é Organizar, Incluir e Celebrar. E nós atendemos a esta recomendação há 4 anos com grande satisfação!

Nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro acontece a 4ª edição da "Virada Inclusiva - Participação Plena", em comemoração ao dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O evento é coordenado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e organizado por parceiros entre órgãos públicos e instituições da sociedade civil.

A Virada Inclusiva promove atividades nas ruas, praças, parques, museus e teatros de todo o Estado e convidam pessoas com e sem deficiência a participarem juntas de todas as atrações. A programação é inclusiva, acessível e gratuita, e conta com atividades culturais, esportivas e de lazer.

A abertura do evento acontece no dia 30 de novembro, às 10h, na Praça Oswaldo Cruz, na capital paulista, com a já tradicional passeata até o Masp.

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Virada Inclusiva tem atividades em mais de 50 municípios de São Paulo

Terceira edição da Virada Inclusiva contou com atividades ao ar livre (Pedro Passos / CC)

São Paulo – A 4ª edição da Virada Inclusiva do estado de São Paulo oferece a partir de hoje (30) cerca de 800 atividades em mais de 50 municípios paulistas. As atrações – de cultura, esporte e lazer – terão acessibilidade física e de comunicação para que todas as pessoas possam participar em igualdade de condições. O evento, que ocorre até terça-feira (3), é realizado para marcar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado no dia 3.

Na capital paulista, um dos destaques é a Casa Sensorial, inspirada no presépio napolitano de São Paulo: uma instalação de uma casa napolitana na qual os participantes, ao entrar, terão estimulados os diferentes sentidos. Funcionará no Museu de Arte Sacra de São Paulo, das 10h às 16h de hoje e de amanhã, domingo. No Sesc Belenzinho haverá partidas de Golbol a partir das 11h de hoje, jogo praticado por atletas com deficiência visual, no qual o objetivo é arremessar a bola com as mãos e marcar o gol no adversário.

No Sesc Campinas haverá o Festival Inclusivo de Xadrez, uma parceria com a Federação Paulista de Desportos para Cegos. Serão realizados jogos a partir das 9h30 de hoje, na Rua Dom José I, 270, no Bonfim. No Sesc Rio Preto, ocorrerão partidas de basquete inclusivas, a partir das 19h do dia 3, na Avenida Francisco das Chagas Oliveira, 1.333, na Chácara Municipal.

A Virada Inclusiva é organizada em conjunto por órgãos públicos e instituições da sociedade civil, sob a coordenação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com a participação voluntária de pessoas e grupos do mundo artístico e esportivo. A programação completa pode ser conferida em http://viradainclusiva.sedpcd.sp.gov.br/

terça-feira, 26 de novembro de 2013

MP entra com ação pedindo vaga para deficiente em concurso da PM-PI

 

Concurso não prevê reserva de vagas nos cargos de oficial e soldado.
Promotora quer reabertura do prazo de inscrição no concurso.

Do G1 PI

A 28ª Promotoria de Justiça de Teresina ingressou com ação civil pública solicitando a retificação do concurso da Polícia Militar do Piauí para o direito de pessoas com deficiência nesta terça-feira (19). Segundo a Vara que é responsável pela defesa dos direitos da pessoa com deficiência e do idoso, o edital do concurso público para a PM no estado não prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cargos de oficial e soldado.

Em outubro, o Ministério Público havia expedido uma recomendação solicitando mudanças no edital com a retirada do item 1.8 por considerá-lo ilegal e inconstitucional, além do pedido de reserva de 10% das vagas para cargos de oficial e soldado. Contudo, os pedidos não foram atendidos pelo comando da PM e pelo Núcleo de Concursos Promoção de Evento (NUCEPE) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), responsável pela realização do processo seletivo.

De acordo com os órgãos, o item 1.8 do edital determina que eliminação sumária do candidato com deficiência, o que configura discriminação. “Conforme preceitua o art. 38 do Decreto nº 3298/99, de 20.12.1999, inciso II, não será reservado o percentual de vagas a pessoas com deficiência, visto que este concurso público destina-se à carreira que exige plena aptidão do candidato”, determina o edital.

A ação civil pública da 28ª Promotoria de Justiça determina que prova física e o curso de formação devem ser adaptados para o candidato com deficiência. Estabelecendo ainda que se for necessário, haja a presença de uma equipe multidisciplinar composta por médico especialista, educador físico e terapeuta ocupacional.

Para a promotora Marlúcia Evaristo o prazo para inscrição no concurso deve ser reaberto com o mesmo número de dias ao do primeiro edital, para viabilizar as inscrições dos candidatos de forma gratuita.

“Tem suporte no direito social a não discriminação no emprego, no tocante a salários e critérios de admissão do trabalhador com deficiência, assim como a garantia de reserva de vagas em cargos e empregos públicos”, afirma.

'Sensação maravilhosa', diz deficiente visual após voo de parapente no RS

Três pessoas com problemas de visão saltaram de parapente na Serra.
Aventura emocionou os participantes de associação de deficientes visuais.

Após a iniciativa de uma professora, três deficientes visuais tiveram a chance de saltar de parapente de uma altura de mais de 700 metros do Ninho das Águas, em Nova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul. As explicações e orientações, que são essenciais para qualquer novato no parapente, foram ainda mais importantes para esses alunos, como mostrou a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja o vídeo).

A aventura emocionou os participantes da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais, que oferece reabilitação para cerca de duzentas pessoas em Caxias do Sul. “A sensação é maravilhosa de se sentir um pássaro. Não dá nem tempo de pensar as coisas, só sentir. Tinha mesmo que sentir o prazer de voar. Muito legal sentir o vento batendo no rosto”, diz Lauri aplaudindo o passeio.

Tudo começou quando a professora Quelen Biondo, que dá aulas de educação física na instituição escreveu para a escola de parapente perguntando o preço de um salto para os alunos. A resposta foi um presente: três voos de graça para sortear entre eles.

Quelen está acostumada a incentivar pessoas que precisam superar limites todos os dias. “Eu vim aqui em um dia normal fazer um passeio . Aí me deu aquela ideia: tentar fazer um voo para deficiente visual. Eu fiquei imaginando como seria a sensação deles, fiquei com esta curiosidade”, contou.

Um dos ganhadores foi a aposentada Angeliz dos Reis. “Depois que eu fiquei com problemas nos olhos, eu comecei a fazer coisas que eu jamais imaginei fazer na vida. Tudo o que eu faço é um desafio para os meus filhos. Eles sempre acham que eu não posso. Mas eu posso, posso fazer o que eu quero”, contou a aposentada chorando.

O equipamento completo foi revisado várias vezes antes da decolagem. Os cuidados são obrigatórios e trazem segurança para quem pratica o esporte. “Meus filhos lá em casa me chamaram de louca, meus irmãos disseram que era perigoso, que iria cair”, se diverte Juscelei Aparecida Pereira, que completa o trio de aventureiros.

“É muito legal, parece que está parado. Dá um friozinho na barriga”, completa Angeliz.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Saiba como evitar afogamento infantil, a 2ª maior causa de morte de crianças

 

O verão está chegando e nada como uma piscina ou praia para se refrescar. Só que os adultos não podem descuidar nem por um segundo dos pequenos nesses momentos de lazer. O afogamento infantil é a segunda maior causa de morte de crianças de 1 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura  _a primeira é o trânsito.

“A principal dica de prevenção é a supervisão por parte do adulto de forma constante e atenta em todo lugar com água”, diz Lia Gonsales, coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura.

Engana-se quem pensa que o risco de afogamento existe apenas em piscina, praia, rio ou represa. Lia diz que crianças pequenas podem se afogar em baldes, bacias, banheiras e até mesmo no vaso sanitário.

“Bastam três dedos de água para uma criança pequena se afogar”, diz Lia. Entende-se por pequena as crianças de até 4 anos.

Segundo ela, as características físicas de crianças deixas faixa etária contribuem para afogamentos domésticos em lugares como balde ou banheira com água. “A cabeça é a parte mais pesada do corpo e elas ainda não têm muita habilidade motora para levantar com rapidez e sair dessa situação de perigo.

Mas as crianças maiores também devem ficar sob supervisão de um adulto enquanto estiverem na água _a ONG recomenda essa atenção até os 14 anos.

Lia diz que os mais velhos podem se submeter a situações de risco por terem a falsa ideia de independência, até mesmo aqueles que sabem nadar ou estão aprendendo. “Não é recomendável que a criança ou jovem fique sozinho na água. É preciso orientá-lo e alertá-lo sobre o risco de certas brincadeiras, pois ainda não tem noção do perigo.”

Levantamento da Criança Segura com base em números do SUS mostra que 103 crianças foram hospitalizadas por afogamento de janeiro a agosto de 2013. Desse total, quase metade (48) tinha de 1 a 4 anos. Por tipo, a maior ocorreu dentro de piscinas.

Apesar da maior parte das hospitalizações decorrerem de afogamento em piscinas, acidentes em águas naturais lideram os motivos de óbitos: 424 dos 1.115 casos registrados em 2011 _dados mais recentes.

Prevenção

Para evitar afogamento dentro de casa, Lia recomenda que crianças de até 4 anos não tenham acesso a baldes, bacias, banheiras, tanques ou vasos sanitários. Em relação a esse último caso, a orientação é que a porta do banheiro esteja sempre fechada e que o vaso sanitário tenha uma trava de fechamento _equipamento disponível em lojas de artigos infantis.

Para quem tem piscina em casa, a recomendação é que ela seja fechada, ou seja, não deve ter livre acesso para crianças.

Outra dica é matricular as crianças em escolas de natação. “É importante que a criança aprenda a nadar a partir de 4 anos. Alguns pediatras indicam que esse aprendizado comece até mais cedo”, afirma Lia.

Segundo ela, o único equipamento considerado preventivo são os coletes salva-vidas. As boias de braço ou de sentar não entram nessa categoria. “Esses outros são para diversão, mas não previnem afogamentos.”

Em relação à prevenção na praia, ela diz que o melhor é conhecer o local onde você está. “E nunca, de jeito nenhum, deixar a criança sem supervisão.”

Minha companheira de Maternar, a jornalista Giovanna Balogh, escreveu em 2011 sobre cursos de natação para crianças.

 

Pai participa de aula de natação com o pai em academia da Aclimação, em SP

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