terça-feira, 26 de novembro de 2013

'Sensação maravilhosa', diz deficiente visual após voo de parapente no RS

Três pessoas com problemas de visão saltaram de parapente na Serra.
Aventura emocionou os participantes de associação de deficientes visuais.

Após a iniciativa de uma professora, três deficientes visuais tiveram a chance de saltar de parapente de uma altura de mais de 700 metros do Ninho das Águas, em Nova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul. As explicações e orientações, que são essenciais para qualquer novato no parapente, foram ainda mais importantes para esses alunos, como mostrou a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja o vídeo).

A aventura emocionou os participantes da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais, que oferece reabilitação para cerca de duzentas pessoas em Caxias do Sul. “A sensação é maravilhosa de se sentir um pássaro. Não dá nem tempo de pensar as coisas, só sentir. Tinha mesmo que sentir o prazer de voar. Muito legal sentir o vento batendo no rosto”, diz Lauri aplaudindo o passeio.

Tudo começou quando a professora Quelen Biondo, que dá aulas de educação física na instituição escreveu para a escola de parapente perguntando o preço de um salto para os alunos. A resposta foi um presente: três voos de graça para sortear entre eles.

Quelen está acostumada a incentivar pessoas que precisam superar limites todos os dias. “Eu vim aqui em um dia normal fazer um passeio . Aí me deu aquela ideia: tentar fazer um voo para deficiente visual. Eu fiquei imaginando como seria a sensação deles, fiquei com esta curiosidade”, contou.

Um dos ganhadores foi a aposentada Angeliz dos Reis. “Depois que eu fiquei com problemas nos olhos, eu comecei a fazer coisas que eu jamais imaginei fazer na vida. Tudo o que eu faço é um desafio para os meus filhos. Eles sempre acham que eu não posso. Mas eu posso, posso fazer o que eu quero”, contou a aposentada chorando.

O equipamento completo foi revisado várias vezes antes da decolagem. Os cuidados são obrigatórios e trazem segurança para quem pratica o esporte. “Meus filhos lá em casa me chamaram de louca, meus irmãos disseram que era perigoso, que iria cair”, se diverte Juscelei Aparecida Pereira, que completa o trio de aventureiros.

“É muito legal, parece que está parado. Dá um friozinho na barriga”, completa Angeliz.

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