quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tecnologia para pessoas com deficiência

Tecnologia para pessoas com deficiência

02/05/2013

A tecnologia para pessoas com deficiência, conhecida como tecnologia assistiva, é uma área que merece grande importância, pois através desse tipo de tecnologia, os deficientes têm a chance de melhorarem as suas funcionalidades, conquistando assim maior qualidade de vida e a inclusão social.

Conheça mais sobre o assunto e saiba quais são as categorias de tecnologias para pessoas com deficiência.

Categorias:

Vida diária: Nesse campo, entram os produtos e materiais que ajudam as tarefas diárias, tais como tomar banho, escovar os dentes, se alimentar.

Comunicação aumentativa – suplementar e alternativa: Nesse campo, estão os recursos que podem ser ou não eletrônicos e que auxiliam a comunicação emitida e recebida entre pessoas que tem limitações ou não falem.

Acessibilidade ao computador: Equipamentos utilizados como alternativas para o uso do computador que contam com softwares especiais, braille, etc.

Controle ambiental: São ações direcionadas às pessoas que têm limitações moto-locomotoras e precisam de um auxiliar para controlar remotamente alguns aparelhos.

Acessibilidade: Correspondem projetos arquitetônicos que podem ser desde uma reforma em casa, até uma mudança empresarial que visa reduzir os obstáculos de locomoção que a pessoa com deficiência enfrenta.

Próteses e órteses:Troca ou melhoria de algumas partes do corpo ausentes, melhorando assim o funcionamento e também auxiliando em limitações cognitivas.

Adequação de postura: Adaptações para sistemas ou cadeiras de rodas que buscam o conforto e a posição correta para estabilidade do deficiente.

Auxílios para mobilidade: Andadores, cadeiras de rodas e outros tipos de veículos que contribuem para a mobilidade do indivíduo.

Auxílio para visão: Lentes, lupas, braille, sistema de TV e outros auxílios para quem é deficiente visual ou possui visão subnormal.

Auxílios para audição: Nessa categoria, estão os recursos que visam melhorar, substituir ou aumentar a funcionalidade da audição. Os auxílios mais famosos são telefones com teclados, aparelhos para surdez, teletipo, etc.

Veículos adaptados: Além das categorias que já citamos, também há uma categoria especialmente destinada para os acessórios e as diversas adaptações que podem ser feitas em um carro, visando a condução do veículo. Nessa categoria também estão os elevadores para cadeiras de rodas, veículos modificados, entre outros.

Fonte: http://mundoconectado.net/noticias/tecnologia-para-pessoas-com-deficiencia/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Alunos surdos podem cursar ensino regular na rede pública de Imperatriz

12/04/2013 15h26 - Atualizado em 12/04/2013 15h27

 

No município existem cerca de 500 surdos, de acordo com a associação.
Escola bilíngue oferece cursos profissionalizantes e apoio às famílias.

Alunos surdos de Imperatriz vão ter oportunidade de cursar o ensino regular nas escolas da rede publica. Segundo a Associação dos Surdos de Imperatriz, no município existem cerca de 500 surdos, mas esse número pode ser maior, já que muitos deficientes auditivos vivem praticamente isolados, apenas no convívio familiar.

“Nós sabemos que os surdos são minoria linguística dentro da própria família, e se a família não aprende a língua de sinais, pode criar uma barreira com essa pessoa. Isso é péssimo”, diz a vice-presidente da Associação dos Surdos de Imperatriz, Maria Ivanilde de Oliveira.

Durante mais de duas décadas de atuação a Associação conseguiu firmar parcerias importantes com outros setores da sociedade. Mesmo assim, algumas metas ainda precisam ser alcançadas. Uma delas é conseguir que todos os surdos assistidos pela associação sejam bilíngues. Isso ocorre quando a comunicação é feita com a língua de sinais, quanto na modalidade escrita ou oralizada.

Uma das parcerias da Associação dos Surdos é com a escola bilíngue. Por meio da associação, a escola oferece cursos profissionalizantes e apoio às famílias. O objetivo é contribuir com a inclusão dos surdos na sociedade e no mercado de trabalho.

Na escola bilíngue de Imperatriz existem alunos matriculados desde a Educação Infantil até o quinto ano do Ensino Fundamental. Na escola, os alunos aproveitam o contra turno para participar das atividades oferecidas na sala de recursos.

A associação dos Surdos de Imperatriz oferece gratuitamente o curso de libras para familiares dos surdos buscando com isso promover a comunicação necessária também no ambiente familiar o que muitas vezes não acontece.

Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/04/alunos-surdos-poderao-cursar-ensino-regular-na-rede-publica-de-imperatriz.html

terça-feira, 7 de maio de 2013

São Bernardo oferece escola para surdos

  segunda-feira, 15 de abril de 2013 18:45

A rede de ensino de São Bernardo inclui cada vez mais crianças, jovens e adultos com deficiência auditiva nas Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs) da rede. Desde 2011, a Secretaria conta com três escolas polos, sendo uma na educação infantil e duas no ensino fundamental, além dos alunos do Centro de Qualificação Profissional (CQP), atendidos pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Localizada na Vila Euro, a Emeb Professora Neusa Macellaro Moraes, é uma das unidades polo do ensino fundamental, com nove alunos surdos matriculados. Para a dirigente de ensino da unidade, Lucília Aparecida Rodrigues, a inclusão de crianças com deficiência auditiva no ensino regular transforma a vida de todos os envolvidos.

"Os ganhos são imensuráveis. Pais, professores e alunos convivem com uma constante troca de experiências. Desde cedo nossas crianças aprendem a viver com o diferente e multiplicam o conhecimento", explica a vice-diretora da Emeb.

Daniela Cezar de Oliveira, do 3º ano do ensino fundamental, é um exemplo dos benefícios dessa modalidade de educação. Foi graças a esse atendimento personalizado por parte de equipe da escola que a mãe da aluna, Marina Cezar de Oliveira, recebeu da professora um bilhete com o seguinte texto, "mãe, fala para Daniela parar de falar", um recado inusitado para uma menina surda.

De acordo com a mãe, foi um momento de grande alegria. "Não me contive de tanta felicidade e comecei a chorar. Graças ao ensino de Libras na escola e o esforço dos professores, tenho certeza que minha filha terá uma vida normal", ressalta dona Marina.

Já Fabiana Magalhães, de 31 anos e mãe da aluna Lohrana, lembra da resistência que tinha antes de conhecer o trabalho da escola Polo. Segundo ela, a convivência em sala de aula regular vem contribuindo para o desenvolvimento da filha. "Tive muita resistência em aceitar que minha filha estudasse nessa escola. Hoje, vejo o quanto a convivência com os alunos do ensino regular faz bem para minha filha", constata.

Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/395121/sao-bernardo-oferece-escolas-polos-para-surdos/

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Após ser barrada em parque, criança deficiente ganha brinquedo e fichas

16/04/2013 07h00 - Atualizado em 16/04/2013 07h00

 

Após ser impedido de brincar, shopping determinou adaptação de parque.
Legislação pede que 5% de brinquedos sejam adaptados para deficientes.

Uma criança de 11 anos com deficiência física, acompanhado da mãe, foi impedido de brincar em um parque de diversão montado em um shopping de Juazeiro do Norte, no Ceará. Segundo a mãe de Pedro Lucas, ele não pôde brincar em nenhum dos brinquedos do local. O fato aconteceu em 7 de abril. Após o episódio, Arlene fotografou a placa e resolveu postar a indignação em uma rede social. O que surpreendeu a mãe da criança foi que, depois da repercussão na internet, representantes do shopping e do parque a procuraram para pedir desculpas. O menino ganhou um urso de pelúcia de presente e fichas para voltar ao parque e utilizar os brinquedos.

“Eu perguntei: 'Moça, eu queria saber onde eu compro as fichas para o Lucas brincar?' Aí, a moça respondeu: 'Não, ele não pode brincar porque ele é deficiente'”, conta a atriz Arlete Almeida. Pedro Lucas tem mobilidade reduzida. Quando nasceu, uma falta de oxigênio atingiu o desempenho físico da criança, que se locomove com cadeira de rodas.

A mãe disse que ficou incomodada quando a atendente informou que o filho não podia ter acesso a nenhum dos brinquedos do parque. “Me mostraram a placa dizendo que presença de deficientes físicos não era recomendada em um dos brinquedos. Mas, aí a placa passou de recomendado para o proibido quando ele não pode frequentar nenhum. A inclusão a gente vê na teoria, mas não na prática”.

Arlene conversou com os donos de shopping e do parque, mas ainda está com medo de levar o filho para o parque. “Estou meio receosa porque acho que não adianta ir agora. Minha preocupação é com o shopping também. Acho que tem responsabilidade. Fazer rampas e banheiro, não é inclusão, não é acessabilidade”.

O dono do parque foi procurado pela TV Verdes Mares Cariri, mas não quis comentar o assunto. Em nota, a gerência do shopping lamentou o que aconteceu e disse que já determinou adequações no local.

De acordo com lei federal Nº 10.098/2000, os parques de diversões, públicos e privados, devem adaptar no mínimo 5% de cada brinquedo e equipamento e identificá-lo para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, desde que isso seja tecnicamente possível.

Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/04/apos-ser-barrada-em-parque-crianca-deficiente-ganha-brinquedo-e-fichas.html

domingo, 5 de maio de 2013

Surdo lembra obstáculos que enfrentou durante a vida acadêmica

30/04/2013 09h45 - Atualizado em 30/04/2013 11h04

 

Kléber Nascimento teve o primeiro intérprete na faculdade.
Hoje ele é pedagogo e professor de Libras.

Hoje como professor, Kléber é um exemplo para muitos (Foto: Hudson Pimentel/G1 RO)

“Na escola eu nunca tive intérprete e não conhecia nada de Libras”, diz Kléber Nascimento Santos sobre as dificuldades que passou na vida acadêmica por ser surdo. Hoje Kléber é pedagogo e professor de Língua Brasileira de Sinais em Ji-Paraná,RO.

Durante uma das aulas de Libras para mais de 20 alunos, Kleber Nascimento, de 33 anos contou ao G1 sua história de vida.

Segundo Kléber, os desafios começaram cedo pra ele. Logo depois do parto foi descoberto que o menino nasceu cego e surdo. A mãe dele, Ide Nascimento, atualmente com 63 anos, sofria de hipertensão arterial e o filho ficou com as sequelas de uma crise na hora do nascimento. A cegueira foi revertida e a criança recuperou a visão, mas a surdez permaneceria pela vida toda.

Hoje como professor, Kléber é um exemplo para muitos (Foto: Hudson Pimentel/G1 RO)

Aos sete anos Kléber teve que se adequar às aulas dadas pelos professores tradicionais da época. “A metodologia deles era dar aulas mais explicativas com texto no quadro. Eu tentava interagir com meus colegas observando como eles faziam os exercícios e assim fui aprendendo”, relembra.

Sofri muito porque eram 10 disciplinas, cada uma com um professor com um jeito diferente de lecionar, mas todos cobravam para estudar mais"

Kléber Nascimento Santos, pedagogo

Foi olhando e aprendendo que conseguiu chegar à quinta série. Kléber lembra que o desempenho escolar era cobrado pelos professores, mas ele não tinha possibilidade de um bom rendimento como as outras crianças. “Sofri muito porque eram 10 disciplinas, cada uma com um professor com um jeito diferente de lecionar, mas todos cobravam para estudar mais”, comenta.Olga, primeira intérprete de Kléber na faculdade (Foto: Hudson Pimentel/G1 RO)

A surdez na adolescência o fez deixar as brincadeiras com os amigos de lado e se aproximar mais dos familiares. Era em casa com a ajuda dos pais e dos irmãos que Kléber contava para rever o conteúdo das aulas. “Quando acabava a aula você acha que eu ia brincar com os amigos? Que nada, eu pedia aos meus pais e meus dois irmãos que me ajudassem, eram horas e horas de estudo”, diz.

O empenho do único garoto surdo da sala deu resultado. Com notas acima dos demais, o aluno se tornou referência e passou de ajudado para ajudante. “Acabei servindo de exemplo para os outros. Os professores me parabenizavam e perguntavam: vocês que são ouvintes estão perdendo para o Kléber que é surdo?”, comenta Kléber que completa: “eu questionava a mesma coisa, como posso estar melhor se eles ouvem?”.

Olga, primeira intérprete de Kléber na faculdade
(Foto: Hudson Pimentel/G1 RO)

Após dois vestibulares, sem intérpretes, ele ingressou em uma faculdade de pedagogia e passou o primeiro semestre como nas primeiras aulas quando era menino. “No primeiro dia de aula quando eu coloquei a mão na orelha pra demonstrar que era surdo, meu professor fez uma cara como quem dizia, e agora?”, brinca.

“No início do segundo semestre conheci a Olga, foi um alívio”, comenta Kléber se referindo à Olga Maria da Mota, professora de Libras que deixou de ensinar na rede pública para ajudá-lo. “Eu o acompanhei pelos três anos e meio da faculdade, eu meio que me formei novamente com ele”, diz Olga.

O começo, segundo a professora, não foi fácil porque a novidade acabava chamando mais a atenção do que as aulas. “No início era meio constrangedor porque era novidade ter um intérprete. Às vezes deixavam de ver o professor pra ficar me olhando”, lembra.

Segundo Olga, nas primeiras aulas os alunos duvidavam se aquilo que ela dizia era realmente o que Kléber expressava. “Quando tinha apresentação de algum trabalho é que a coisa ficava boa, ele me dizia por Libras e eu apresentava à classe que ficava boquiaberta”, explica.

Formado em pedagogia e professor na primeira escola bilíngue de Rondônia, Kléber dá aula de Libras para crianças surdas e para professores. “Hoje sou muito grato aos meus pais, irmão e aos meus professores que tiveram paciência e me ajudaram a ser o que sou hoje”, ressalta.

Kléber lembra que aula de Libras é muito importante e quem fizer poderá ajudar outras pessoas no futuro. “Da mesma forma que eu me esforcei pra ler e escrever gostaria que se esforçassem para aprender Libras, assim poderemos nos comunicar melhor”, finaliza.

Ao final da história interpretada por Olga, Kléber foi ovacionado sob os aplausos silenciosos da turma.

Fonte: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/04/surdo-fala-dos-obstaculos-que-enfrentou-durante-vida-academica.html

sábado, 4 de maio de 2013

CMJP instala frente parlamentar da pessoa com deficiência nesta sexta na Estação Ciência

02/05/2013 | 11h16min

O vereador Bira está convocando a sociedade para participar da instalação da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência, que acontecerá nesta sexta-feira (03), durante a realização da I Jornada Inclusiva da Pessoa com Deficiência, na Estação Ciência, às 10h30. Dentro da programação, o procurador federal da Fazenda, Genésio Fernandes Vieira, será homenageado com a Comenda Cidade de João Pessoa.

“Genésio é um dos cidadãos mais lutadores que eu já conheci em minha vida. Veio do Rio de janeiro e conseguiu se submeter ao concurso de procurador federal da fazenda, sendo aprovado, mesmo com todas as dificuldades impostas por sua deficiência visual. Antes, inclusive, da legislação que estabeleceu cotas para as pessoas com deficiência. Além disso, Genésio sempre contribuiu na criação do Conselho Municipal da Pessoa com deficiência”, ressaltou Bira.

O parlamentar explica ainda que a frente parlamentar terá o objetivo de unificar todas as ações legislativas que diz respeito às pessoas com deficiência, desde o campo da saúde, mobilidade, educação inclusiva, esporte, lazer e cultura. E na reafirmação dos direitos que envolvem este segmento.

As entidades que compõem o Fórum de Luta da Pessoa com Deficiência, que será lançado durante a Jornada Inclusiva, consideram que, com o desenvolvimento de programas federais como o Viver Sem Limite, esse é o momento de ampliar ainda mais as discussões que vêm sendo desenvolvidas em nível municipal e estadual.

“De acordo com dados do IBGE, a Paraíba e o Rio Grande do Norte são os Estados que tem maior percentual de pessoas com deficiência, cada um com 27,7% da população com algum tipo de deficiência. Tantas pessoas com deficiência em um Estado tão pequeno precisam, urgentemente, de uma discussão pública ampla sobre políticas de acessibilidade e cidadania,” afirmou Douraci Vieira, assistente social da Asdef, entidade integrante do Fórum de Luta da Pessoa com Deficiência. 

O lançamento do Fórum de Luta da Pessoa com Deficiência e a instalação da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência são atividades gratuitas, abertas ao público, que acontecem no dia 3 de maio, pela manhã. O Seminário de Políticas Públicas, que ocorre na tarde do dia 3 e na manhã do dia 4 de maio, também é gratuito, mas os interessados devem inscrever-se pelo telefone (83) 3021-5094 (Asdef).

Fórum de Luta da Pessoa com Deficiência

Cerca de sessenta entidades de todo o Estado participam do Fórum de Luta da Pessoa com Deficiência, entre elas a Asdef, Apae, Adefe-SOL (Associação de Deficientes de Soledade), FDC (Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes), Acadef (Associação campinense de Deficientes), AMA (Associação de Pais e Amigos dos Autistas), ASAS (Associação de Pais, Amigos e Simpatizantes dos Autistas), ASJP (Associação dos Surdos de João Pessoa) e Instituto dos Cegos.

O Fórum pretende expandir as discussões sobre o direito da pessoa com deficiência e políticas públicas de tecnologia assistiva e acessibilidade junto à sociedade paraibana e ao poder público.

Seminário

O Seminário Inclusão das Pessoas com Deficiência, Avanços e Desafios na Luta por Cidadania ocorre na tarde do dia 3 de maio e na manhã do dia 4, com palestras com representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), do Governo do Estado e da Prefeitura de João Pessoa.

Haverá ainda debates e discussões em grupos de trabalho para deliberação em plenária no próprio evento. A programação cultural inclui apresentação da Banda Acredite, formada por integrantes de diversas entidades de pessoas com deficiência, no Anfiteatro da Estação, no final da tarde do dia 3. 

Redação com assessoria

Fonte: http://www.paraiba.com.br/2013/05/02/43115-cmjp-instala-frente-parlamentar-da-pessoa-com-deficiencia-nesta-sexta-na-estacao-ciencia

Alunos com surdez têm intérpretes em salas de aula na região

01/05/2013 16h58 - Atualizado em 01/05/2013 20h11

 

Profissionais traduzem as explicações didáticas para a língua de libras.
Número de profissionais licenciados para essa função ainda é insuficiente.

Na região de Itapetininga (SP), estudantes com surdez acompanham as aulas juntamente com os alunos sem deficiência. Para isso, um profissional em libras, a língua dos sinais para deficientes auditivos, também participa das aulas com o aluno especial para traduzir as explicações do professor.

Um dos estudantes beneficiados nesse programa de inclusão, desenvolvido em escolas estaduais, é Giovani Almeida Carriel, de 14 anos.  A surdez não o fez alguém diferente. O silêncio também não é mais considerado uma barreira. Na sala de aula, o estudante da Escola Estadual Fernando Prestes está entre os mais empenhados e comunicativos. Somente nesta unidade de ensino são cinco alunos com surdez. Já na região, são 15 estudantes da rede pública estadual de ensino com acompanhamento de intérpretes.

Há dois anos, Carriel conta com a ajuda do interlocutor. Com isso, consegue entender melhor o conteúdo das matérias, facilitando o trabalho do professor que não se especializou.

De acordo com o professor de Ciências e Biologia, Elizeu Monteiro de Souza, que não é especialista em libras, a presença do interprete é fundamental, pois permite que o aluno com deficiência tenha o mesmo desenvolvimento nos estudos do que os outros colegas de classe. “O intérprete aproxima bastante o aluno especial e consegue transmitir o que eu não consigo”, diz.

Os estudantes que convivem com Giovani afirma que não existe preconceito, mas eles também acabam aprendendo mais com o jovem. “A gente aprende com ele e com o professor de libras”, diz Bruno Alves Cavalcante, de 13 anos.

O professor que acompanha Giovani é Adelson Paulino da Silva que é pós-graduado em libras. Segundo ele, o trabalho voltado para este tipo de deficiência é essencial na rotina do estudante surdo. “A língua portuguesa entra como a segunda língua para ele. A primeira língua é a libras e a segunda língua é a língua portuguesa. Então, tudo o que envolve a língua portuguesa é uma dificuldade para esses alunos. Eu procuro justamente fazer o meio de campo entre locução ou a tradução do português para a libras”, diz.

De acordo com a diretoria regional de ensino, esse tipo de apoio profissional em sala de aula só não é mais frequente na rede pública porque Ao lado do professor, intérprete repassa as explicações ao aluno com surdez. (Foto: Reprodução TV TEM)faltam profissionais especializados. Em nove municípios da região são 17 professores, sendo que 12 deles estão em Itapetininga. De acordo com a coordenadora do núcleo pedagógico de educação especial, Gisele Terezinha Ramos Pinto, para atender a demanda nas escolas, seria necessário mais pessoas com formação para atuar. “Nós temos na cidade muitas pessoas que sabem libra, dominam a libra, mas não têm a licenciatura, então estão faltando profissionais habilitados para estarem ocupando esse espaço”, afirma.

Para alunos como Giovani, o interesse de profissionais em trabalhar na área é a garantia de um futuro melhor. Por meio do professor, em libras ele afirma que o português é difícil e para escrever e aprender precisa de ajuda. “O professor me ajuda muito”, afirma o jovem.

Ao lado do professor, intérprete repassa as explicações ao aluno com surdez. (Foto: Reprodução TV TEM)

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2013/05/alunos-com-surdez-tem-interpretes-em-salas-de-aula-na-regiao.html

quinta-feira, 2 de maio de 2013

MPF do Ceará quer reserva de vagas para pessoas com deficiência no Sisu

Com a ação, Oscar Costa Filho pretende alterar portaria do MEC.
Universidade Federal do Pará reserva vagas para pessoas com deficiência.

Do G1 CE

O Procurador da República, Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) ingressou, nesta quinta-feira (2), com uma ação civil pública na Justiça Federal para garantir a reserva de vagas para pessoas com deficiência nas instituições de ensino superior que utilizam o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A portaria do Ministério da Educação (MEC) que trata da reserva de vagas no Sisu para estudantes de escolas públicas e para pretos, pardos e indígenas não contempla as pessoas com deficiência.

Na ação, o procurador pede que a portaria do MEC seja alterada para a inclusão de um percentual mínimo que deve ser reservado para deficientes. A reserva de vagas para pessoas com deficiência já está garantida em concursos públicos, conforme dispõe a Constituição Federal. "O referido dispositivo deve ser aplicado, por analogia, ao ingresso nos cursos de graduação através do Sistema de Seleção Unificada pelos portadores de deficiência, como forma de promover a igualdade de oportunidade para todos", defende o procurador.

De acordo com o MPF-CE, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em 2007 e promulgada pelo Brasil em 2009, estabelece aos países signatários a obrigação de assegurarem sistema educacional inclusivo em todos os níveis, inclusive superior, para as pessoas com deficiência. "É uma forma de assegurar a essas pessoas o pleno exercício dos seus direitos individuais e sociais", ressalta Costa Filho.

Após recomendação do Ministério Público Federal, a Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiu destinar cota de vagas a pessoas com deficiência. Pelo menos outras três instituições dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sergipe também adotaram a mesma medida.

A ação civil pública proposta por Oscar Costa Filho está vinculada a procedimentos administrativos referentes ao Sisu que tramitam desde 2012 e que buscam a inclusão de pessoas com deficiência. Um deles foi instaurado após o recebimento de uma representação feita por um deficiente visual. Ele relatou que ao realizar inscrição no site do Sisu constatou que não havia a opção de vagas para pessoas portadoras de deficiência física.

Fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2013/05/mpf-do-ceara-quer-reserva-de-vagas-para-pessoas-com-deficiencia-no-sisu.html

Mulher rouba dinheiro de portador de deficiência e depois o beija na boca

TRIBUNA LIVRE ONLINE 18/04/2013 17h30

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Um homem de 41 anos, portador de necessidades especiais, foi vítima de roubo na avenida Quedu Leal, no Jardim América, em Paranaíba. Após pegar o dinheiro da vítima, a mulher o puxou e beijou-o na boca. O fato ocorreu ontem.

De acordo com informações da vítima à polícia, ele passava pela avenida quando, em dado momento, um carro que ele disse ser um Celta ou Corsa branco, duas porta, parou ao lado dele e a condutora, uma mulher de cor morena clara, cabelo liso e comprido, pediu que ele lhe desse a quantia de R$ 10.

Ele disse que não tinha, porém ela insistiu. Ele tornou a negar. Foi então que a mulher desceu do veículo, enfiou a mão no bolso da vítima, retirou a sua carteira e se apoderou de R$ 24.

Em seguida a mulher devolveu a carteira para o homem, o puxou pelo pescoço, deu-lhe um beijo na boca, entrou no carro e fugiu.
Foram realizadas diligências pelas proximidades, porém a mulher não foi localizada pela polícia.

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/mulher-rouba-dinheiro-de-portador-de-deficiencia-e-depois-o_179951/

Tecnologia aumenta inclusão de portadores de deficiência

Novidades que facilitam a vida e aumentam a independência foram apresentadas na segunda maior feira de acessibilidade do mundo

Elioenai Paes , iG São Paulo | 23/04/2013 06:00:00

Cadeira de rodas para terrenos acidentados, aparelho auditivo com bluetooth e um aplicativo que dá voz a quem perdeu essa habilidade por conta de um acidente ou já nasceu sem ela.

Estas são algumas das novidades apresentadas na 12ª edição da Reatech, a segunda maior feira de acessibilidade do mundo, encerrada no último fim de semana, em São Paulo. Com o lema “Desperte para a inclusão”, o evento mostrou a profissionais e gestores de saúde e ao público em geral, tecnologias e novas propostas para aumentar a inclusão de portadores das mais variadas deficiências.

Um dos principais destaques da feira foi a cadeira de rodas apresentada pela empresa brasileira Vemex. Batizada de Strix, ela foi projetada para diminuir a trepidação em terrenos acidentados – isso inclui as ruas esburacadas e as calçadas irregulares das grandes cidades brasileiras.

João Horta, 29, estudante de engenharia mecânica e um dos idealizadores do projeto, conta que o diferencial está no sistema de amortecimento da cadeira.

“O sistema funciona com um fluido e um software de leitura do terreno, ou seja, quando ele sente uma vibração que não era pra prevista, em milésimos de segundo o software lê o problema e manda um sinal pra bateria, que envia uma carga ao amortecedor aumentando a viscosidade do óleo dentro do sistema de amortecimento”, explica Horta. Isso faz com que o amortecedor se adapte à necessidade apresentada e trabalhe mais lento ou rapidamente, podendo até mesmo travar o amortecimento completamente.

Outra tecnologia que agradou aos visitantes foi um aparelho auditivo com conectividade bluetooth. Com ele, o usuário não precisa mais se preocupar com os ruídos externos ao atender ao celular ou assistir a um filme: ele se conecta diretamente a celular, TV e outros aparelhos e, caso solicitado, isola qualquer outro som ambiente, atendendo justamente a uma das maiores reclamações dos deficientes auditivos.

“Dependendo do tipo do aparelho usado, os pacientes tinham dificuldades para escutar a voz de alguém ao telefone e, muitas vezes, a proximidade do aparelho auditivo com o telefone gerava microfonia, como um apito forte no ouvido”, esclarece a fonoaudióloga e coordenadora do Departamento de Audição da Oto-Sonic, Elisabetta Radini.

Veja a seguir algumas das novidades apresentadas na feira:

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Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-04-23/tecnologia-aumenta-inclusao-de-portadores-de-deficiencia.html

Work Able abre 37 vagas para pessoas com deficiência

A Work Able, agência de marketing promocional, está com 37 vagas abertas para pessoas com deficiências. As oportunidades são para atuar em atividades administrativas nas áreas financeira, departamento pessoal, recepção, entre outras.

Os candidatos interessados serão alocados em São Paulo e nas demais filiais da empresa em Bauru (SP), Campinas (SP), Salvador, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.

Os interessados podem se inscrever pelo site www.workable.com.br.

Confira os endereços das unidades da empresa:

Matriz: Rua Major João Nunes, 78, Parada Inglesa. (11) 2281-3384

Rio de Janeiro: Av. Fleming 98 Barra da Tijuca (21) 2208-6332/2208-7512

Bauru: Rua Eduardo Vergueiro de Lorena 2-15 Jd. Aeroporto (14) 3214-3356/ 3223-1758

Campinas: Rua Frei Manoel da Ressurreição, 565, Jd Guanabara (19) 3212-0905/3212-1092

Curitiba: Rua Reinaldino S. de Quadros, 452, Alto da XV (41) 3362-0024

Belo Horizonte: Rua Cajarana, 50, Bairro Dom Cabral (31) 3375-7381

Salvador: Av Tancredo Neves, 3343 Edf. Cempre Salas 309/310 Torre B – Caminho das Árvores (71) 3013-3691/3013-1842

Porto Alegre: Av. São Pedro, 1705, São João, (51) 3072-1266

Recife: Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 4371 Sala 1003 – Ed. Bantu Center – Boa Viagem (81) 3031-8748

quarta-feira, 24 de abril de 2013

RJ: sem espaço e condições em calçada, cadeirante morre atropelado

Um cadeirante morreu após ser atropelado por um motociclista, nesta sexta-feira, em Rocha Miranda, subúrbio do Rio de Janeiro. José Henrique da Silveira Brun, 69 anos, era levado por um amigo pela rua, já que carros estacionados e buracos na calçada impossibilitavam o tráfego no local, e foi atingido pelo motociclista Jonathan da Rocha Silva. Ele morreu na hora, e seu amigo, José da Conceição Basílio, está internado no Hospital Salgado Filho. As informações são do RJTV.

O cadeirante ia para casa levado pelo amigo depois de deixar o local em que costumava jogar dominó, por volta de 20h30. O motociclista responderá por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/rj-sem-espaco-e-condicoes-em-calcada-cadeirante-morre-atropelado,f99a9f15cadbd310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

Em feira, tetraplégico escreve com os olhos e deficiente ouve via bluetooth

Empresas mostram tecnologias para melhorar a vida de deficientes.
Evento traz campainha para surdos e dispositivo que 'traduz' para o braille.

Helton Simões GomesDo G1, em São Paulo

Além de dar voz a multidões, a tecnologia também pode dar a chance de deficientes auditivos ouvirem melhor e tetraplégicos escreverem.

Algumas dessas inovações deram forma a produtos, que mostrados na Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), que começou na quinta-feira (18) e termina no sábado (20), em São Paulo.

“Em vez de usar a tecnologia para ficar falando mal dos outros no Facebook, a gente faz a vida das pessoas melhor”, disse Daniel Bronzeri, da empresa Métodos Soluções Inteligentes, um dos 300 expositores do evento. “A tecnologia tem esse poder", afirma.

Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto: Divulgação)

Computador desenvolvido para pessoas com deficiências motoras executa tarefas ao rastrear o olhar dos usuários (Foto: Divulgação)

Audiação via bluetooth
A companhia vai apresentar em primeira mão a campainha para surdos. Chamado de Vibra Bell, o aparelho acopla uma câmera instalada ao botão da campainha, funciona em conjunto com um aplicativo e é conectado à internet. Toda a estrutura foi desenvolvida sobre o sistema operacional Android, do
Google.

Quando tocado, o dispositivo dispara uma foto, que é enviada para o app do serviço instalado no smartphone do surdo. Com isso, diz Bronzeri, é possível saber não só que há alguém na porta, mas também identificar o indivíduo. Segundo ele, a empresa trabalha em uma nova função que abrirá a porta à distância. “O aplicativo tem maiores possibilidades, como para pessoas que têm mobilidade reduzida.”

Deficientes auditivos também são o foco da Oto-Sonic. A empresa é distribuidora da fabricante de aparelhos auditivos Bonafon, criadora de um dispositivo que daria inveja aos fãs dos fones mais modernos. É um aparelho auditivo que se conecta por bluetooth a aparelhos eletrônicos, como TVs, telefones fixo e móvel, tablets, computadores e GPS.

Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os caracteres de telas de computador, celula e tablets para o Braille. (Foto: Divulgação)Aparelho da Linha Braille Brailliant traduz os
caracteres de telas de computador, celula e tablets
para o Braille. (Foto: Divulgação)

Mesmo usando aparelhos, os deficientes auditivos possuem dificuldade para ouvir os sons emitidos pela televisão, computadores e GPS, conta Elizabetta Radini, fonoaudióloga responsável pelo Departamento de Audição da Oto-Sonic. “O som vai se propagando no ar e perdendo energia. Dependendo do tamanho da sala, o som chega baixo ou distorcido”, explica.

Já a complicação com celulares e telefones decorre porque o captador de áudio do aparelho auditivo fica em cima da orelha. “Não dá para ouvir e falar ao mesmo tempo.”

O aparelho funciona assim: um adaptador é ligado aos eletroeletrônicos que não possuem canal direto de bluetooth para conectá-los ao aparelho auditivo –celulares e tablets não precisam de intermediação. Por meio do bluetooth, o som vai direto ao ouvido. Para controlar o som e atender ligações, o usuário carrega uma espécie de controle, que também serve como microfone.

O aparelho começou a ser importado para o Brasil no ano passado e já é utilizado, conta Randini. “Temos um paciente que não atendia ligações. Hoje, ele brinca que é o telefonista da casa.” Outra paciente, uma médica, costumava assistir cirurgias no iPad, mas sem áudio. Agora, ela já pode ouvir os comentários dos cirurgiões durante o procedimento.

Homem utiliza aparelho auditivo com conexão via bluetooth a eletrônicos como TV e celular (Foto: Divulgação)

Outras tecnologias
A feira também apresenta produtos tecnológicos para tetraplégicos. A Civiam leva computadores e tablets para deficientes motores, que permitem digitar com os olhos. O sistema de rastreamento ocular identifica para qual tecla o usuário está olhando e a escreve na tela.

Deficientes visuais não foram esquecidos. Há aparelhos portáteis que leem textos por eles para depois lhes narrar o conteúdo e dispositivos traduzem os caracteres exibidos em telas de computador, celula e tablets para o Braille.

Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/04/em-feira-tetraplegico-escreve-com-os-olhos-e-deficiente-ouve-bluetooth.html

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cientistas buscam novo modelo para doenças mentais

31/03/2013 | 16h42min

A mesma revolução que vem acontecendo na oncologia, apoiada na genômica e no conhecimento da biologia do câncer, precisa acontecer agora na psiquiatria. O diagnóstico e o tratamento de doenças mentais - como bipolaridade, depressão maior, déficit de atenção (TDAH) e esquizofrenia - precisam se tornar mais personalizados, adaptados às características genéticas, biológicas e comportamentais de cada paciente.

É o que afirma o médico Bruce Cuthbert, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH), e outros pesquisadores que participaram do Y-Mind, um encontro de especialistas sobre o tema realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na semana passada. Eles defendem mudanças significativas na maneira de se lidar com as doenças psiquiátricas, tanto no âmbito da ciência quanto da medicina.

A principal limitação atual, segundo Cuthbert, é que os sistemas de diagnóstico são baseados na observação de sintomas, que só se manifestam quando a pessoa já está doente e que fornecem informações limitadas - e frequentemente confusas - sobre o que está acontecendo no cérebro do paciente. Ou seja, sobre as causas do problema.

"Se quisermos falar em prevenção, se quisermos falar em cura, precisamos entender muito melhor os mecanismos da doença, para que possamos tratar a patologia em si, e não apenas os seus sintomas", diz o cientista americano, que dirige a Divisão de Pesquisa Translacional e Desenvolvimento de Terapias para Adultos do NIMH.

Em primeiro lugar, segundo os pesquisadores, é preciso rever a maneira como as doenças psiquiátricas são classificadas. A ideia seria passar de um modelo compartimentado, mais parecido com um gaveteiro, em que cada transtorno é descrito separadamente do outro, para um modelo mais parecido com o de uma árvore evolutiva (ou até de uma floresta), cheia de ramificações, em que cada galho representa uma combinação individual de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

Hoje, pelo modelo compartimentado, pacientes com sintomas parecidos são diagnosticados como tendo a mesma doença - esquizofrenia, por exemplo - o que não é necessariamente verdade. Assim como duas mulheres com câncer de mama podem ter doenças bastante diferentes, envolvendo tipos de células, genes e mutações distintas, duas pessoas com sintomas semelhantes de esquizofrenia podem sofrer de transtornos diferentes, envolvendo células, moléculas, genes e circuitos neuronais distintos, que exigem tratamentos igualmente diferenciados. Por isso é comum uma droga funcionar para um paciente, porém ser inócua para outro.

Da mesma forma, é possível que dois casos classificados como transtornos distintos tenham raízes genéticas comuns, envolvendo um mesmo circuito neuronal, permitindo que eles sejam tratados de forma semelhante. Há uma grande área cinzenta entre a bipolaridade e a esquizofrenia, por exemplo - razão pela qual há gêmeos idênticos que manifestam transtornos diferentes, apesar de terem o mesmo genoma.

Paradigmas. Um grande estudo publicado há cerca de um mês na revista médica Lancet revelou que há várias semelhanças genéticas entre cinco doenças mentais de grande prevalência na população: autismo, déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), bipolaridade, depressão maior e esquizofrenia.

"Essas doenças não existem isoladamente como pensamos nelas atualmente. O que existem são modelos teóricos que foram desenvolvidos para organizar as pesquisas", diz o pesquisador Jair Mari, coordenador do Programa de Pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Unifesp. "Esse modelo foi importante para chegar onde estamos hoje, mas ele já se esgotou. Precisamos de um novo paradigma."

Para Cuthbert, falar que alguém tem esquizofrenia hoje é o mesmo que dizer que alguém tinha câncer 30 anos atrás: "Não nos diz nada sobre as características da doença ou como ela deve ser tratada".

O ideal seria que os diagnósticos, como já ocorre na oncologia, fossem baseados em uma descrição dos fatores genéticos, biológicos e químicos que estão alterados no cérebro de cada paciente - e que o tratamento fosse definido com base nessas características individuais. "Não precisamos encaixar o paciente numa doença específica; precisamos caracterizar a doença do paciente", afirma Mari.

Nessa "psiquiatria personalizada" do futuro, a entrevista com o psiquiatra seria apenas parte de um processo de análise clínica, envolvendo uma série de testes de referência, desde exames de sangue (para medir o nível de certas proteínas) até exames de DNA (para identificar perfis genéticos), ressonâncias magnéticas e testes cognitivos.

"Os sintomas devem ser o ponto de partida para o diagnóstico, não o seu fator determinante", afirma Cuthbert.

Para colocar esse novo paradigma em prática, serão necessários ainda muitos anos de pesquisa sobre a genética e a neurobiologia das doenças mentais, e sobre como esses fatores biológicos interagem com fatores ambientais e comportamentais do paciente (como uso de drogas, estresse ou exposição a eventos traumáticos).

"Estamos falando do início de um grande experimento. Os resultados vão levar anos para aparecer, mas não podemos perder tempo; precisamos começar agora", pondera Cuthbert, que coordena desde 2009 um programa do NIMH chamado RDoC, com o objetivo de financiar pesquisas voltadas para esse tema.

Estadão

Cerca de 90% dos brasileiros com autismo não recebem diagnóstico

Julliane Silveira
Do UOL, em São Paulo

02/04/201307h05 > Atualizada 02/04/201313h59

A terapia com animais pode ser útil para autistas, pois estimula a criação de vínculo

A terapia com animais pode ser útil para autistas, pois estimula a criação de vínculo

"Fique tranquila, cada criança tem um padrão de desenvolvimento." Essa é a resposta ouvida por quase todos os pais de autistas na primeira vez em que questionam o médico sobre os diferentes comportamentos de seus filhos. Obter o diagnóstico de autismo no Brasil é difícil e demorado, porque muitas famílias e especialistas não conhecem os sintomas ou menosprezam os sinais.

1 em cada 50

Crianças sofre de autismo, segundo dados divulgados há menos de um mês pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA

"Estima-se que 90% dos brasileiros com autismo não tenham sido diagnosticados. Falta informação: nunca foi feita campanha de conscientização no país", diz o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo.

Enquanto nos Estados Unidos pediatras são treinados para identificar os transtornos do espectro autista até os três anos, no Brasil, o diagnóstico é feito, em média, entre os cinco e os sete anos de idade. E não porque se trata de um distúrbio raro: dados divulgados há menos de um mês pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA mostram que uma em cada 50 crianças tem o transtorno. Não há estatística oficial entre os brasileiros, mas especialistas acreditam que a proporção seja semelhante à encontrada em outras partes do mundo.

As famílias que procuram a AMA (Associação do Amigo do Autista) – uma das principais entidades do país - relatam com frequência que foi difícil obter o diagnóstico. "Os pais sofrem, porque o autismo está sendo mais conhecido só agora. Ainda há grande dificuldade de encontrar um profissional que conheça a síndrome. Percebemos que há insegurança do próprio médico", relata Carolina Ramos, coordenadora pedagógica de algumas unidades da associação.

2 de Abril: Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo14 fotos

Monumento é iluminado de azul em Nova Délhi, na Índia, para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo AP/Altaf Qadri

A esteticista Michella Franca, 35, foi chamada de louca e preconceituosa por um psiquiatra infantil por suspeitar que seu filho era autista, já que ele manifestava atraso motor desde os primeiros meses de vida. Consultaram vários neurologistas em vão.  "Diziam que ele era mais atrasado por ter nascido prematuro. Mas, à medida que crescia, percebíamos que ele não atendia ao nome, não dava tchau, beijo, nem mesmo os bracinhos quando queria colo", conta. Só receberam o diagnóstico em um centro de apoio a autistas, depois de dois anos. "Eu e meu marido estudamos por conta própria e tínhamos certeza de que ele se encaixava nos transtornos do espectro autista", diz.

Sintomas

De fato, esses são os principais sintomas da síndrome em crianças com menos de três anos de idade.  Observa-se, ainda, um atraso na aquisição da linguagem ou uma grande dificuldade de se comunicar com palavras e por contato visual. Bebês com autismo, por exemplo, podem não olhar nos olhos da mãe quando são amamentados.   Espera-se que o bebê de um ano e meio consiga construir frases simples e pequenas – a maioria dos autistas não faz isso.

FILMES QUE ABORDAM O AUTISMO

A Mother"s Courage: Talking Back to Autism (Sólskinsdrengurinn) – 2009
Narrado por Kate Winslet, mostra a busca de uma mulher para desbloquear a mente de seu filho autista

Temple Grandin – 2010
Baseado no livro "Uma menina estranha", da própria Temple, uma mulher com autismo que acabou se tornando uma das maiores especialistas do mundo em manejo de gado e planejamento de currais e matadouros

Adam – 2009
Adam é um rapaz com Síndrome de Asperger apaixonado por astronomia, que passa a morar sozinho após a morte do pai

Loucos de Amor (Mozart and the Whale) – 2005
Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha Mitchell) sofrem da síndrome de Asperger

Mary e Max: Uma Amizade Diferente (Mary and Max) – 2009
Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York

Rain Man – 1988
O insensível Charlie Babbitt espera receber uma grande herança após a morte de seu pai, a quem ele não vê a anos. Mas Raymond (Dustin Hoffman), seu irmão mais velho, internado em uma instituição médica, alguém cuja existência Charlie ignorava até então, é quem recebe toda a fortuna

Muito Além do Jardim (Being There) – 1979
Chance (Peter Sellers), um homem ingênuo, passa toda a sua vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Ele nunca entrou em um carro, não sabe ler ou escrever, não tem carteira de identidade, resumindo: não existe oficialmente

"Num primeiro momento, a família acha que a criança é surda. Os pediatras pedem audiometria e outros exames", afirma Vadasz. Nessa fase, a criança também pode apresentar movimentos pendulares característicos: pessoa balança as mãos ou o tronco para frente e para trás.

Em crianças um pouco maiores, os sinais vão ficando mais evidentes: quadros mais graves levam a impulsividade, irritabilidade, intolerância à frustração, autoagressão. Elas também podem manifestar uma hiper-habilidade isolada, como ler precocemente, fazer cálculos em alta velocidade, decorar dados específicos. "Isso pode despistar o diagnóstico, porque os pais passam a achar que o filho é um gênio", pondera o psiquiatra Estevão Vadasz.

Esses sinais são cruciais para o diagnóstico do médico. Como complemento, alguns exames podem ser feitos para excluir a suspeita por outras doenças que causam sintomas parecidos. Se o médico da criança não parecer bem esclarecido e a família acreditar que há algo errado, o mais indicado é procurar grupos de apoio a crianças autistas para o diagnóstico e tratamento corretos.

Tratamento

Quanto antes os pais identificarem as características e buscarem ajuda, melhor. O tratamento precoce, iniciado antes dos três anos de idade, traz resultados mais expressivos no desenvolvimento da criança com autismo.

O transtorno se manifesta de diversas maneiras em cada criança e, por isso, a indicação de terapias pode variar. Em comum a todos os autistas está o fato de que alterações no crescimento, arquitetura, reações químicas e conexões dos neurônios em todas as áreas do cérebro levam à dificuldade de condução, transmissão e processamento de informações. Isso não tem cura, mas pode ser amenizado com métodos que envolvem as áreas de comunicação, comportamento e pedagogia.

A ABA (análise do comportamento aplicada, na sigla em inglês) é a terapia mais usada para ajudar a pessoa com autismo a driblar a dificuldade de se comunicar e a reduzir comportamentos indesejáveis. O método é baseado em ação e recompensa: a criança faz e ganha um mimo, que pode ser um brinquedo, o desenho na TV ou outro item que lhe interesse. "Algumas pessoas criticam a técnica, dizendo que se parece treino com animais. Mas o trabalho vai evoluindo, a criança aprende a fazer sem receber algo em troca, a esperar", explica Carolina Ramos, pedagoga da AMA.

Para trazer bons resultados, a terapia precisa ser aplicada todos os dias, por ao menos quatro horas. Como nem todas as famílias podem bancar o tratamento ou não têm acesso a centros especializados gratuitos, é comum (e indicado) que os pais aprendam as técnicas em cursos ministrados por associações de apoio e ONGs. "Dessa forma, é possível aplicar em casa e ajudar na estimulação", diz Vadasz.

Outro método bastante usado é o PEC (sistema de comunicação por figuras, na sigla em inglês). Como boa parte dos autistas tem muita dificuldade em se comunicar por palavras, imagens e frases são usadas por familiares e profissionais para entender e ensinar os pacientes a expressar vontades e sentimentos. Esse sistema serve de inspiração para diversos aplicativos usados em tablets, que vem servindo com ferramenta de comunicação para os autistas.

Fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta também auxiliam no processo de aquisição de linguagem e desenvolvimento motor. Cabe ao médico que acompanha a criança indicar outros tratamentos de acordo com as necessidades de cada uma.

O uso da pet-terapia também tem trazido bons resultados. O contato com cães de companhia treinados estimula a produção de ocitocina, hormônio responsável pela criação de vínculos. "Percebemos uma melhora na interação e socialização das crianças", diz Vadasz. Mas vale ressaltar que o cão precisa passar por treinamento antes de entrar em contato com a criança, para evitar ataques inesperados do animal.

Remédios são usados para tratar outros problemas que podem se manifestar e atrapalhar as atividades e o desenvolvimento da criança, como falta de concentração, insônia e hiperatividade.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/04/02/estima-se-que-90-dos-brasileiros-com-autismo-nao-tenham-sido-diagnosticados.htm

Aplicativo oferece gratuitamente um dicionário de português para libras.

 

Nesta primeira fase, a tecnologia está disponível somente para android.

Prodeaf Móvel foi um projeto desenvolvido por um grupo de ex-alunos da Universidade Federal de Pernambuco patrocinado pelo Grupo Bradesco Seguros.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.Proativa.ProDeafMovel

aplic

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Marcelo Serrado estreia peça Rain Man em São Paulo e revela o impacto do autismo em sua vida

Se tem uma coisa que o ator Marcelo Serrado não tem é medo do risco. Deixou a Globo depois de 15 anos para fazer uma série na TV fechada e, logo depois, fechou contrato com a Record. Em 2011, voltou para a emissora carioca em grande estilo para viver o impagável personagem gay Crô, na novela Fina Estampa. Poucos atores com perfil de galã como ele topariam o papel. Por isso não chega a ser surpresa Serrado se jogar no mar revolto mais uma vez, desta vez no teatro. A partir de 05 de abril, ele viverá um autista no palco do Teatro Vivo, em São Paulo. E não é qualquer autista. O ator interpreta Raymond, em Rain Man, personagem que no cinema deu o Oscar a Dustin Hoffmanem 1988.

418600-802x495José Wilker dirige adaptação do filme para o teatro, que tem ainda Fernanda Paes Leme, Rafael Infante, Roberto Lobo, Jaime Leibovitch e Sara Freitas no elenco.

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo - transtorno do desenvolvimento que afeta um em cada 50 seres humanos -, comemorado nesta terça-feira (02), Virgula Famosos conversou com Marcelo sobre o papel na peça e como o autismo impactou sua vida desde a infância.

Virgula Famosos - Como você recebeu o convite para o papel de Raymond?

Marcelo Serrado - O contato foi do produtor Sandro Chain. Quando me disse que seria esse papel, topei na hora. Adiei alguns projetos para poder fazer. Tenho uma ligação muito forte com esse tema.

Seu irmão mais velho é autista, você já falou dele em programas de TV recentemente. Isso influenciou?

Meu irmão tem um quadro de deficiência mais complexo do que o Raymond. Teve problemas no parto inclusive. Ele foi embora quando eu tinha 5 anos. Foi para uma clínica onde havia outros autistas. Eu visitava ele e então convivi com autismo durante muitos anos. É um assunto que me toca.

Você se inspirou no seu irmão de alguma forma para o papel?

Na verdade não. Eu e o preparador de elenco Sergio Penna visitamos várias entidades que tratam de autistas. Na Apae (Associação de Pais Amigos de Excepcionais), encontrei um cara que me inspirou muito. O que me interessava era saber o que o autista sente. Como ele se sente no mundo.

O que ele te contou?

Que balança o corpo, por exemplo, quando está nervoso, para se acalmar. Contou que não vai ao supermercado porque ouve todos os barulhos e é insuportável. Consegue ouvir o cara cortando a carne, uma mulher comendo biscoitos, todo mundo falando ao mesmo tempo. No dia em que estava falando com ele, tinha um ventilador de teto ligado e ele pediu para desligar. Disse que para ele aquilo para ele soava como uma hélice de avião. Me contou também o quanto um abraço era difícil para ele.

Você ficou inseguro de interpretar um papel que foi tão marcante com a atuação de Dustin Hoffman?

Eu não quis rever o filme, que tinha visto nos anos 80. Vi apenas algumas interpretações no Youtubede outros atores que estão vivendo o papel no teatro em outras partes do mundo (Rain Man está em cartaz em vários países). E vi que cada um tem a sua (maneira de interpretar). Eu usei o olhar de um menino que conheci, por exemplo.

Como a situação do seu irmão afetou você?

Eu era muito pequeno, não entendia aquilo direito. Mais tarde fui recuperar minha história com ele. Faço tudo o que posso para ajudar a divulgar o assunto, vou a programas, participo de campanhas.

Fonte: http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/famosos/2013/04/02/322815-marcelo-serrado-estreia-peca-rain-man-em-sao-paulo-e-revela-o-impacto-do-autismo-em-sua-vida#44

terça-feira, 2 de abril de 2013

Governo lança nesta 3ª política de atendimento a autista

370px-Autismo-fita3No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Ministério da Saúde lança nesta terça-feira a primeira política de saúde pública voltada especificamente para esse grupo, com diretrizes especiais. Estima-se que 1% da população tenha algum grau de autismo.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, o documento com as diretrizes demorou quase dois anos para ser elaborado. O objetivo do ministério é capacitar profissionais de saúde - especialmente os da rede básica - para focar no diagnóstico precoce e na reabilitação desses pacientes.

O documento inclui uma lista com vários indicadores de desenvolvimento para serem observados em crianças de até 3 anos: interação social, linguagem, brincadeiras e alimentação. O material mostra como ocorre o desenvolvimento esperado e apresenta os sinais de alerta. Por exemplo: após os 3 meses de idade, a criança já identifica a fala de seu cuidador, mostrando reações corporais e atenção. Já a criança com transtorno do espectro autista pode ignorar ou apresentar pouca resposta aos sons de fala, o que é um sinal.

“Esse documento será distribuído para todas as unidades de saúde do País para que os profissionais aprendam a identificar os sinais de alerta. Um próximo passo será ‘traduzir’ essas orientações de forma mais didática para as famílias”, diz.

Segundo Magalhães, os pacientes mais graves serão tratados em Centros Especializados de Reabilitação (CER). Hoje existem 22 CER em construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades que passarão a receber repasse do ministério para esse atendimento. Ao todo, serão investidos R$ 41,2 milhões ao ano para o custeio.

Marisa Fúrio Silva, presidente da Associação Brasileira de Autismo (Abra), diz que as entidades de pais de autistas esperaram por anos essa diretriz. “Até então, não havia uma política específica de atendimento no SUS para essas pessoas. Elas eram atendidas por ONGs ou serviços de saúde mental. Esse reconhecimento era nossa grande luta.”

Segundo Marisa, o diagnóstico precoce é fundamental para que essas crianças sejam incluídas no meio social com mais facilidade. “Um dos principais problemas dos autistas é a dificuldade de comunicação. E o tratamento era muito caro. Agora, com o governo reconhecendo, o SUS deve liberar verbas para isso.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/governo-lan%C3%A7a-nesta-3-pol%C3%ADtica-atendimento-autista-113000565.html

terça-feira, 19 de março de 2013

Dia da Pessoa com Deficiência discute mobilidade urbana, saúde e educação

terça, 19 de março de 2013 • 10:05

O Dia Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência será marcado por discussões, debates e reflexões em ato público que será realizado no dia 22 de março, às 8h, na Praça Rio Branco. A mobilização, que pretende levar mil pessoas à praça, é uma iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), que conta com o apoio da Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social e o Instituto Comradio do Brasil. A proposta do encontro é reunir representantes de 13 entidades envolvidas e comprometidas com as lutas e conquistas de pessoas com deficiência para fomentar ações efetivas de políticas públicas como mobilidade urbana, saúde e educação.

“O Piauí é o terceiro estado brasileiro com maior proporção de população de pessoas com deficiência”, ressalta o presidente do CONADE, Antenilton Marques. “Ao todo, 17,63% dos piauienses possuem algum tipo de deficiência. Este ranking nos alerta a uma mobilidade intensa que nos leve a conquistar nossos direitos e que sejam reconhecidos e respeitados pela sociedade em geral”.

O Instituto Comrádio do Brasil parceiro do evento fará intervenções durante toda a programação que encerra às 11h30. Os 16 alunos com deficiência visual que concluíram o curso em rádio e internet dentro do Um Olhar Para a Cidadania, projeto apoiado pelo Oi Futuro através do programa Oi Novos Brasis serão os comunicadores que produzirão podcasts e spots a partir de entrevistas com representantes das entidades e demais autoridades presentes.

Todo material coletado que terá o cunho de disseminar mensagens de defesa da cidadania dos cegos vai ser publicado na internet e na rádio Pioneira AM. O trabalho de divulgação também vai se estender por toda programação do encontro, que contará com a apresentação do Coral Nova Visão, manifestações públicas e apresentações artísticas.

Fonte: ASCOM

Encontro debate implantação de serviços para pessoas com deficiência

Instituições e setores que atuam na atendimento e na defesa de direitos das pessoas com deficiência pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas) conheceram nesta terça-feira, dia 19, os serviços sociosassistenciais, Centro-Dia de Referência e Residência Inclusiva, do Plano Viver Sem Limites do governo federal. O encontro foi realizado pela Prefeitura de Maceió - através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) - em parceria com parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A ação, realizada nesta terça-feira (19) e coordenada pela Semas, visa é discutir com as instituições e apresentar as características para uma possível realização de convênio para que os serviços sejam disponibilizados na capital alagoana.

Os serviços são voltados para o atendimento às pessoas com deficiência em situação de dependência, incluídos no eixo do “Plano Viver Sem Limites” – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Instituído por meio do Decreto da Presidência da República nº 7.612, de 17/11/2011, o plano tem como finalidade promover, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações, nos três níveis de governo, o exercício pleno e equitativo dos direitos das Pessoas com Deficiência.

No encontro, representantes do MDS conduziram a apresentação sobre o Plano Viver Sem Limites e os serviços Centro Dia e Residência Inclusiva. Elias Vieira, coordenador geral do Plano Viver sem Limites, junto com o consultor que presta acompanhamento desses serviços nos estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe, Anderson Dias, explicou detalhes dessa iniciativa voltada a acessibilidade e a efetivação de ações integradas nas áreas de educação, saúde e assistência, visando assegurar autonomia e inclusão social a pessoa com deficiência.

De acordo com Deusina Lopes, técnica do MDS, a previsão é que no segundo semestre deste ano, Centro-Dia de Referência e Residência Inclusiva sejam implantados em Maceió. O Centro-Dia promove o acesso da pessoa com deficiência a tratamento terapêutico, com o acompanhamento de fisioterapeutas, psicólogos, dentre profissionais. Já o Residência Viva é uma proteção em regime de acolhimento, para deficientes sem vínculos familiares.

Estiveram presentes no encontro a secretária de assistência social, Juliana Vergetti, a diretora de proteção especial, Vânia Barros, além de representantes dos Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), das diversas instituições que atendem pessoas com deficiência, do Governo do Estado, Conselhos Municipal e Estadual da Pessoa com Deficiência.

Fonte: http://primeiraedicao.com.br/noticia/2013/03/19/encontro-debate-implantacao-de-servicos-para-pessoas-com-deficiencia

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