quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Especialistas apontam necessidade de mais políticas públicas para a saúde mental

Reforma psiquiátrica, de 2010, estabeleceu novas diretrizes para o tratamento de doentes mentais, com maior inserção social

manicomio.jpgpor Redação RBA publicado 11/09/2013 14:01, última modificação 11/09/2013 14:27

Cidadãos de direitos, doentes mentais necessitam de políticas específicas para conquistar a devida inserção social

São Paulo – A reforma psiquiátrica, que ocorreu com a instituição da Lei 10.216, de 2010, estabeleceu um novo modelo para o tratamento de indivíduos doentes mentalmente, em que os serviços de atenção à saúde mental foram transferidos do hospital para uma rede de atenção psicossocial. Esta rede é estruturada em unidades de serviços comunitários, eliminando assim a internação como uma forma de exclusão social.

Ainda assim, especialistas apontam a necessidade de maior empenho na formulação de políticas públicas na saúde mental. “A saúde mental não está restrita às pessoas que têm patologia psíquica de fato, está intrinsecamente ligada a qualquer cidadão que adoece pela não garantia de seu direito, ou pela violência do estado, pela segregaçã

o, preconceito, racismo”, disse Fábio Belloni, da Associação Brasileira de Saúde mental, à TVT.

Daniela Arbex, escritora e jornalista, lamenta a disseminação da prática da internação involuntária e compulsória de dependentes de crack, que desde janeiro ocorre através do Centro de Referência de Álcool e Drogas (Cratod), projeto do governo do estado de São Paulo. “Houve um grande avanço no Brasil com a reforma psiquiátrica, não há dúvida disso, mas temos um desafio enorme ainda pela frente. E estamos à volta com a reinternação compulsória que pode ser uma reedição dos abusos do passado e que precisa ser rediscutida”, afirma.

A coordenadora do Ala Loucos pela X, Simone Ramalho, explica que a reinserção no mundo do trabalho é a maior dificuldades para pessoas com problemas na saúde mental. O projeto trabalha com a confecção de materiais carnavalescos. “A gente sabe que a inserção no mundo do trabalho é um problema pra essas pessoas, e a gente tem encontrado uma saída bacana para isso que é o trabalho no mundo do carnaval, o que mostra que há muitos espaços solidários na vida da cidade em que a diferença é bem vinda”, afirma.

Assista aqui à reportagem da TVT.

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2013/09/especialistas-apontam-necessidade-de-mais-politicas-publicas-para-a-saude-mental-5920.html

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